terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sai Estevam, entra Joel

É muito difícil um técnico resistir a uma goleada de 6 a 0 diante de um rival, ainda mais dentro de casa. Mas o resultado catastrófico sofrido para o Vasco não foi o principal motivo da demissão de Estevam Soares do Botafogo. Foi apenas a gota d'água. Seu trabalho vinha sendo muito questionado pela torcida e dentro do próprio clube. E, convenhamos, o desempenho do agora ex-treinador alvinegro era pífio. Ele assumiu o Bota na rodada 19 do Brasileirão do ano passado e só conquistou sua primeira vitória no campeonato nacional 8 partidas depois. Pegou o clube em 15 lugar e terminou exatamente na mesma posição, livrando-se do rebaixamento apenas na última rodada numa vitória suada diante do Palmeiras. Ao todo foram 30 jogos, com 11 vitórias, 8 empates e 11 derrotas.

Além dos maus resultados em campo, suas escolhas e insistências com alguns jogadores também irritavam os torcedores. Como escrevi na análise da partida, atletas como Alessandro, Fahel e Lucio Flavio não têm mais condições de vestir a camisa alvinegra. Para mim são símbolos de épocas fracassadas do Botafogo, precisam sair. E tem gente no elenco para entrar na vaga destes. Weelington Junior foi um dos destaques da base, disputou o Mundial Sub-20 pela Seleção Brasileira e constantemente seu desempenho nos treinamentos como lateral-direito é elogiado. Por que então não tem uma oportunidade? Fahel é volante que não consegue acertar um passe de 2 metros. Mas permanece com vaga cativa no meio-campo. O recém-contratado Somália já mostrou que merece uma chance entre os titulares. E Renato Cajá, também recém-chegado, provou na Ponte Preta que é um meia de qualidade, que assim como Lucio Flavio, tem facilidade com as bolas paradas e poderia muito bem substituir o camisa 10.

Com os fatos apresentados acima, acho que a demissão de Estevam foi correta. O problema é que a comissão técnica será mudada logo no começo do ano. Melhor seria já iniciar 2010 com outro treinador, já que o antigo já não gozava de tanto prestígio assim. Perdeu-se tempo, que pode parecer pouco, mas num futebol onde o calendário é cada vez mais apertado, um mês signifca bastante.

Joel chega

Pelo menos a diretoria agiu rápido e anunciou Joel Santana como o novo comandante. Trata-se de um bom nome, experiente e muito acostumado ao futebol carioca e ao próprio Botafogo. Não podemos esquecer que o mercado também não apresenta tantas outras opções. Joel foi campeão estadual em 1997 e chega para tentar botar ordem na casa, mais ou menos como fez com o Flamengo em 2007. Ele tem um estilo agregador, de criar um sentimento de união entre todos. Prefiro esperar para ver os resultados e analisar se foi bom ou não. Mas só de haver mudanças já é um bom sinal.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Passeio vascaíno

Há muito tempo não via uma equipe ser tão superior a outra em um clássico regional. E, principalmente, transformar essa superioridade em gols, construindo um placar de 6 a 0, dentro da casa do rival. Foi assim a maiúscula vitória do Vasco sobre o Botafogo no Engenhão. Uma vitória para encher o time de Vágner Mancini de moral e para deixar a torcida cruzmaltina eufórica.

Tudo deu certo para o Vasco. Abriu o placar com Dodô logo aos 3 minutos e aos 11 ficou com um jogador a mais, quando Eduardo foi expulso em lance infantil. A partir daí a tarefa ficou fácil. O Botafogo, completamente perdido em campo, tinha somente em Herrera algum foco de lucidez. E com isso o time da Colina foi pra cima, marcando mais duas vezes antes do intervalo, novamente com Dodô. Muito legal ver o atacante de volta, marcando gols e mostrando toda a sua qualidade. Curioso é que esse real retorno, apoteótico, foi logo em cima do ex-clube, onde Dodô brilhou durante anos. O mundo dá voltas.

Na segunda etapa o baile vascaíno continuou. Magno entrou no lugar de Carlos Alberto, lesionado, e foi muito bem. Rápido, atrevido, partiu pra cima e buscou o jogo a todo momento, em parceria com Phillipe Coutinho. O menino, aliás, mostra a cada partida que tem muito valor. Marcou seus dois primeiros gols pelo time profissional, com muita tranquilidade. Pena que em julho irá embora para a Inter de Milão. Léo Gago marcou o outro gol do Vasco. Todo o time cruzmaltino foi bem. Mas destaco, além de Dodô e Phillipe Coutinho, Magno e Souza. Este último, aliás, acho um belíssimo jogador. Volante clássico, de porte, passadas largas, visão de jogo... Tem muito potencial realmente e com certeza se firmou entre os titulares após a partida de hoje.

Já no lado botafoguense o desastre foi completo. A começar pela camisa de péssimo gosto que que o clube estreou. Depois a expulsão de Eduardo, que desorganizou o já desorganizado time do Botafogo. Não consigo entender Estevam Soares. Ano passado ele mesmo havia afastado o atleta da equipe, mas resolveu dar uma nova chance (mais uma!) a ele e se deu mal. Até que não acho Eduardo mau jogador, mas ele já mostrou que não tem cabeça. É bobagem atrás de bobagem. Dessa vez acho difícil que ele tenha outra oportunidade. Outra coisa que acho inacreditável em relação ao técnico alvinegro é sua capacidade de fazer escolhas equivocadas. A escalação de alguns jogadores não tem fundamento. Fahel, Alessandro, Lucio Flavio são jogadores que, na minha opinião, não têm mais condições de jogar pelo clube. Os 3 volantes que Estevam insiste em escalar também me incomodam. Apenas destroem, criar que é bom, nada. Enquanto isso, Renato Cajá e Somália permanecem no banco. Entraram na segunda etapa e foram bem, mas com 4 a 0 contra fica complicado de arrumar alguma coisa. Vamos ver se no próximo jogo o treinador promove algumas mudanças. Ah, também teve a estreia de Loco Abreu, mas o uruguaio foi pouco notado. Ou seja, uma noite para os botafoguenses esquecerem.

Em termos de classificação não acredito que vá influenciar alguma coisa na vida alvinegra, porque os times pequenos do Rio são fraquíssimos. Mas preocupa, já que este foi o primeiro teste verdadeiro da equipe em 2010. E o Botafogo foi reprovado. Acorda, Estevam!

Melhor impossível

Que ótima estreia de Vágner Love pelo Flamengo! Está certo de que o adversário era fraquíssimo, mas o atacante mostrou qualidade e oportunismo para marcar os dois gols da vitória por 2 a 1 sobre o Bangu. Mais do que isso, ficou claro de que a desconfiança em relação à sua parceria com Adriano não tem fundamento. Vágner voltou para buscar a bola, fez jogadas partindo da intermediária em direção ao gol e em vários momentos buscou o Imperador. Algumas tabelas deram certo (como no lance do segundo gol), outras não, mas o entrosamento virá com o tempo e só quem tem a ganhar é o Flamengo. Com essa dupla afiada em campo, as zagas adversárias terão bastante dor de cabeça.

Porém, Andrade ainda precisa ajustar o time. O jogo de ontem foi fraco tecnicamente e o segundo tempo terrível. O Bangu esteve perto do empate e o Rubro-Negro expôs algumas falhas defensivas. Aliás, nesses 3 primeiros jogos, foram 4 gols sofridos, um número alto se considerarmos que o Fla enfrentou equipes bem inferiores. O meio-campo também não está conseguindo produzir muito. Ontem o gramado do Engenhão atrapalhou bastante, mas mesmo assim os jogadores da meiúca não estavam em um bom dia. Vinícius Pacheco como homem de ligação não me convence. Ele até que não está jogando mal, contudo acho que o Flamengo precisa de um alguém mais regular e com mais qualidade para ser o substituto de Pet. Nas partidas mais complicadas tenho minhas dúvidas se Vinícius conseguirá render. Vamos ver.

Por enquanto o que fica mesmo é a esperança da torcida de que o time, quando completo e em forma física e técnica poderá dar muitas alegrias em 2010.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Acabou a palhaçada

Até que enfim os clubes do Rio e o governo do estado botaram a mão na consciência e viram que esta medida proibitiva de se comprar ingresso para o Maracanã nos dias das partidas era ridícula e descabível. Onde já se viu, do dia para a noite, tentar mudar algo que está enraizado na cultura do carioca desde que o Maraca foi construído. A tentativa de organizar o espetáculo é válida, não sou adepto da bagunça e acho que o Maior do Mundo tem um monte de defeitos. Mas não é proibindo o torcedor de comprar sua entrada no dia do jogo que isto vai mudar.

O resultado, é claro, foi desastroso. Flamengo x Duque de Caxias. Está certo de que o Rubro-Negro jogou com um time praticamente reserva, mas era a estreia do atual campeão brasileiro. Somente 16 mil pessoas compareceram e esse número não foi menor porque o Fla decidiu em cima da hora abrir as bilheterias. Ontem, Fluminense x Bangu, feriado, encontro da torcida tricolor com o time pela primeira vez no ano depois do épico final de 2009. 11 mil pagantes. Com certeza muito menos do que o esperado. Quem perdeu com isso? Todos. As equipes não tiveram tanto o apoio das arquibancadas, os clubes arrecadaram bem menos e, consequentemente, menos dinheiro foi para a Suderj.

Ainda bem que apenas esses dois exemplos foram o suficiente para perceberem que a ideia era pouco inteligente e voltarem ao normal. O torcedor carioca, o Maracanã e os clubes agradecem.

Estádio Olímpico, gramado de várzea

A vitória do Botafogo sobre o Friburguense ficou em segundo plano nesta quinta. O que chamou a atenção foi o péssimo estado do gramado do Engenhão. Uma vergonha. Ontem, no jogo do Vasco, já deu pra perceber que a situiação era ruim, mas como choveu bastante, fiquei com a impressão de que a quantidade de água atrapalhou. Mas não. Hoje, seco, a situação ficou pior ainda. Inúmeros buracos, campo irregular... Um estádio que custou milhões aos cofres públicos, inaugurado há menos de 3 anos, não ter um gramado no mínimo decente e em condições de proporcionar um bom espetáculo é ridículo.

Agora me pergunto. Se hoje o campo está assim, coitado dos jogadores de Botafogo e Vasco, que se enfrentam domingo. Isto porque sábado, Bangu e Flamengo também se enfrentam no Engenhão. O mais curioso é que nessa história toda, quem se prejudica, pelo menos nas partidas contra os clubes menores, é o próprio Alvinegro, com atletas mais técnicos, mas que não conseguem colocar em prática suas qualidades por causa do gramado. Assim fica difícil de acreditar que o Engenhão conseguirá suprir a falta do Maracanã durante os longos mais de 2 anos que o Maior do Mundo estará fechado para reformas. Acorda Botafogo!

Ah, em relação ao jogo, o Alvinegro não jogou nada, mas venceu. Aliás, esta tem sido a lógica deste campeonato. Os clubes grandes, até por estarem em início de preparação, têm em sua maioria encontrado dificuldades para derrotar os adversários mais modestos, mas até agora os 4 têm 100%. Indício que o nível dos maiores subiu, mas principalmente de que essas equipes menores estão bem fraquinhas e são meras coadjuvantes. Os destaques da equipe de Estevam Soares foram o atacante Herrera e os reservas Renato Cajá e Caio. Este último mostrou muita habilidade nas jogadas pelo lado direito. Pode ser uma boa opção para este ano.

Muita chuva, pouco futebol

O Vasco voltou a encontrar dificuldades, mas derrotou o América por 2 a 1, no Engenhão. Além do péssimo estado do gramado, cheio de buracos e alagado pela forte chuva que caiu na noite desta quarta-feira, o time cruzmaltino não exibiu um bom futebol, errando muitos passes. Mesmo assim, pode-se destacar as atuações de Phillipe Coutinho, especialmente no primeiro tempo, Carlos Alberto, no segundo, e Nilton, no jogo todo. No mais, Wagner Mancini ainda terá muito trabalho para fazer com que esse time do Vasco renda o que a torcida espera.

A primeira etapa foi bem equilibrada, o que não é bom um sinal para o time de São Januário, pois o América é bem fraquinho. As duas equipes criaram chances de gols, mas esbarraram nas boas presenças dos goleiros Fernando Prass e Roberto. Após o intervalo, a entrada de Souza na vaga de Jumar deu outro ritmo ao Vasco, que passou a controlar a posse de bola e a criar boas oportunidades, especialmente pelo lado direito, onde o jovem meio-campo cruzmaltino passou a jogar. Assim, a vitória foi construída com gols de Nilton e Carlos Alberto, com Fágner marcando contra o tento americano.

Durante a transmissão da partida na Rede Globo, um internauta enviou uma questão interessante. Perguntou ele se Dodô estava em condições físicas de ser titular. Eu respondo. Não, falta ritmo, o que é normal para um jogador de 35 anos que ficou mais de 1 ano e meio parado. Mas Mancini não tem escolha. Tem que escalá-lo porque simplesmente não tem outras opções ofensivas. Robinho está machucado, Rafael Coelho não conseguiu entrar em forma e Élton ainda nem começou a treinar com o grupo. Ou seja, a torcida vascaína deve ter paciência com seus homens de frente neste começo de Estadual.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O craque resolve

Até Petkovic entrar em campo, o Flamengo encontrava enorme dificuldade para criar jogadas apesar de estar vencendo o Volta Redonda por 2 a 1. Pois bem. O gringo entrou e 5 minutos depois marcou um belo gol, praticamente decretando o resultado positivo para o Rubro-Negro. Isso sem contar na maneira que o jogo começou a fluir depois de sua entrada. A qualidade do passe melhorou bastante, a equipe passou a dominar a partida e só não aumentou a vantagem por falta de pontaria. É por isso que Andrade não hesitou ao deixar o sérvio no banco de reservas. Disse o treinador ontem: "O Pet é importante mesmo que por pouco tempo". O Tromba tinha razão. A torcida agradece.

No mais, não foi um bom jogo do Flamengo, mas foi melhor do que a estreia diante do Duque de Caxias. Destaque para Vinícius Pacheco e Bruno Mezenga, que já haviam entrado e mudado o jogo anterior, e, dessa vez como titulares, voltaram a atuar bem. Mezenga, aliás, finalmente marcou seus primeiros gols com a camisa rubro-negra. Parece ter amadurecido e, se não será o craque que pintava ser nas categorias de base, mostra que poderá ser bastante útil este ano.

Sábado, diante do Bangu, Andrade deve ter Pet mais inteiro, Léo Moura e talvez a dupla Vágner Love/Adriano. Motivos de sobra para o torcedor rubro-negro lotar o Engenhão.

Flu vence sem apresentar bom futebol

Apesar do placar de 3 a 0 diante da frágil equipe do Bangu, o Fluminense não exibiu o bom futebol mostrado na estreia diante do Americano. Talvez pelo forte calor que fazia no Maracanã neste Dia de São Sebastião (que inteligência colocar uma partida às 16 horas, não é?!), o time não mostrou muita empolgação em campo. Poucas jogadas fluíram e a dupla Fred/Conca não estava inspirada, mesmo com o camisa 9 marcando dois gols de penalti.

No primeiro tempo o Flu pouco chegou. O calor era intenso e a equipe optou por tocar mais a bola, rodando o jogo até achar espaço para criar jogadas. Quem se destacou foi Éwerton, que mostrou fôlego correndo bastante para ajudar Diguinho na marcação e ainda aparecendo na frente para buscar o gol. Foi assim que surgiu o lance que originou o primeiro. O ex-Barueri deu ótimo passe na medida para Maicon, que foi derrubado na área. Fred bateu e fez 1 a 0.

A partir daí até o intervalo, nada de muito importante aconteceu, a não ser duas boas defesas do goleiro Marcos Leandro, melhor jogador alvirrubro na partida. Na segunda etapa, o Flu voltou com menos disposição ainda. Parou em campo, deu espaço pro Bangu atacar e o time da Zona Oeste foi se aproximando perigosamente do gol de empate. Só não o fez por pura falta de qualidade de seus jogadores. Fosse uma equipe um pouco mais qualificada e a vitória tricolor poderia ser ameaçada.

Foi preciso uma parada técnica aos 20 minutos da segunda etapa para que Cuca puxasse a orelha de seus comandados e o Fluminense pressionasse atrás de mais gols. E a bronca deu resultado logo depois, novamente em cobrança de penalti convertida por Fred. A partir daí o Bangu desanimou de vez e o Tricolor melhorou, criando algumas oportunidades. Mas a falta de pontaria prejudicou, principalmente Maicon, que perdeu duas chances incríveis. Até que no finalzinho, aos 47, Alan, que entrara exatamante na vaga de Maicon, recebeu na entrada da área e soltou uma bomba, fechando o placar em 3 a 0.

Vitória merecida e que dá ainda mais moral ao Fluminense. Mas que o torcedor e especialmente os jogadores não se iludam, pois a equipe ainda tem muito mais futebol para apresentar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Jobson precisa de ajuda, não de punição

O atacante Jobson, talvez o grande responsável pela manutenção do Botafogo na Primeira Divisão, foi julgado nesta terça e condenado a 2 anos de suspensão por ter sido flagrado duas vezes por uso de cocaína durante o Brasileirão. Se considerarmos que os dois casos foram julgados separadamente e que isso poderia acarretar no banimento do jogador do esporte, até que a punição foi lucro.

Mas um dado no depoimento de Jobson me assustou. Aliás, mais do que isso. Deu-me a certeza de que o atleta precisa de ajuda, mais do que punição. Aos auditores, o jovem de apenas 21 anos revelou que a substância que consumiu não foi cocaína e sim crack, uma droga feita a base de cocaína, mas que tem efeitos ainda mais devastadores. Pior. Jobson assumiu que usa a droga, esporadicamente, desde 2008. Ou seja, se ainda não pode ser considerado um viciado, deve ser tratado logo como um, antes que seja tarde.

Tenho a opinião de que as drogas que não dão aos atletas ganho esportivo em relação aos seus adversários devem ter tratamento diferente na hora dos julgamentos. São doping sim, mas doping social, algo que qualquer ser humano, de qualquer profissão, classe, raça está sujeito a vivenciar. Portanto, tratando-se de um rapaz de 21 anos, que teve uma infância pobre, não teve uma formação educacional decente, talvez não tenha tido acesso a informação relacionada a entorpecentes, acho que, mais do que punir o atleta, deve-se ajudar o homem. Ainda mais porque Jobson mostrou ter grande qualidade e um enorme futuro pela frente. Desde que seja devidamente tratado e acompanhado por profissionais, antes que vire apenas mais uma estatística.

domingo, 17 de janeiro de 2010

O entrosamento faz a diferença

Confesso que não me surpreendi com o Fluminense. Na análise que fiz do Tricolor esta semana, comentei que apostava na equipe de Cuca neste início de Carioca porque a base vitoriosa do final do ano passado foi mantida e reforçada justamente nas posições mais carentes. Além disso, o treinador não teve problemas com desfalques e pôde escalar sua força máxima. Não deu outra. O Flu não deu chances ao Americano e estreou no Estadual com uma bela vitória por 3 a 0, fora de casa. Está certo de que o adversário é dos mais fracos e tem um treinador que assumiu o time há apenas uma semana, mas o que fica é o domínio tricolor em campo. Dois dos estreantes, além de jogarem bem, também deixaram suas marcas: Éwerton e Júlio César. Maicon fez o outro gol. Mas o grande nome em campo foi Conca. É impressionante a qualidade do argentino. No Troca de Passes, do Sportv, o comentarista Renato Maurício Prado colocou uma questão interessante: será que Maradona tem algum meia hoje jogando tanta bola quanto ele? Será que Conca não merece ao menos uma oportunidade na seleção hermana?

Cuca, como esperado, optou por uma escalação mais cautelosa, no 3-5-2, com Leandro Euzébio na zaga e Willians no banco de reservas. Agradou-me também a opção por escalar apenas Diguinho como volante, deixando o time mais "leve". E o camisa 8 jogou muita bola, tanto na defesa quando no ataque, armando a jogada do terceiro gol. Não à toa saiu ovacionado pela torcida. Agora, o Fluminense recebe o Bangu, quarta-feira, no Maracanã e deve sair com mais uma vitória, pois o Alvirrubro é um dos mais fracos do campeonato.

Flamengo 3 x 2 Duque de Caxias

O Flamengo entrou em campo com apenas 3 titulares da equipe campeã brasileira em 2009: Bruno, Álvaro e Willians. O meio-campo, porém, só atuou por poucos minutos e deixou o gramado com uma torção no tornozelo. Na segunda etapa, o zagueiro foi expulso aos 15 minutos e o Rubro-Negro teve que se aguentar e achar forças para vencer um jogo com um gol no final, com um homem a menos e com um time completamente desfigurado. Diante das circunstâncias, o 3 a 2 tem que comemorado pela torcida, porque o risco de um resultado negativo foi grande.

Andrade tentou manter uma estrutura parecida com a do Brasileirão do ano passado. Deixou Obina isolado no ataque, com Kléberson aberto na esquerda, Fierro na direita e Erick Flores fazendo a função de Petkovic. Mas a opção não deu certo. O atacante pouco participou da primeira etapa, Kléberson e Fierro erraram alguns passes e Erick ficou sumido. Assim, o Duque de Caxias não teve muito trabalho para fazer 1 a 0, gol de Maurinho. No intervalo, o técnico rubro-negro percebeu que faltava mais gente na frente e alterou a equipe. Bruno Mezenga foi formar dupla de ataque com Obina, Vinícius Pacheco entrou na vaga de Erick Flores e Fierro foi recuado para a lateral-direita. Kléberson também passou a atuar numa posição mais parecida com a sua original e rapidamente notou-se a diferença. Em 3 minutos o Flamengo empatou e virou a partida, com gols justamente do pentacampeão e do chileno.

A expulsão de Álvaro, no entanto, deu ares dramáticos ao confronto, com a equipe da Baixada Fluminense partindo em busca do empate. Aí entrou em cena o estreante Fernando. O volante teve papel fundamental neste momento, pois recuou para a zaga e conseguiu dar conta do recado. O Duque de Caxias chegou ao segundo gol, mas o irmão de Carlos Alberto subiu mais que todo mundo em uma cobrança de escanteio e fez belo gol de cabeça, dando a vitória ao atual Tricampeão. Vale destacar também as atuações de Bruno Mezenga, Fierro e Kléberson.

É claro que o Fla ainda tem muito o que melhorar, mas a medida que os titulares forem jogando, esse aumento na qualidade será natural. E quarta-feira, diante do Volta Redonda, a dupla Adriano/Vágner Love pode estrear e aí a história tem tudo para ser diferente.

Sem surpresas

O Estadual do Rio de Janeiro começou neste sábado do jeito que todos esperavam. Com os times grandes vencendo, mas sofrendo com os menores. Tanto Vasco quanto Botafogo jogaram apenas o suficiente para bater Tigres e Macaé, adversários visivelmente mais preparados na parte física.

Vasco 1 x 0 Tigres

O Vasco recebeu o Tigres em São Januário e não jogou bem, especialmente na primeira etapa. Nos primeiros 30 minutos, o time não se encontrou e errou muitos passes, parando na marcação da equipe de Xerém. O Tigres teve até um gol, de Gilcimar, bem anulado. Para completar, Rodrigo Pimpão foi expulso de maneira infantil, após levar dois cartões amarelos desnecessários. Mas por incrível que pareça, foi com 10 em campo que o Cruzmaltino melhorou e tomou o controle da partida. Até que Fágner, em uma cobrança de falta despretenciosa e contando com grande colaboração do goleiro Marcos Paulo, fez 1 a 0.

Na segunda etapa o time de Vágner Mancini criou mais, teve inúmeras chances de ampliar, mas esbarrou na falta de pontaria de seus jogadores. E por isso quase foi penalizado. No final do jogo, o Tigres teve mais um gol anulado, novamente de forma correta. E ficou nisso. A torcida não gostou muito, mas o 1 a 0 foi justo. E é sempre bom estrear com uma vitória. Não custa nada lembrar que, dos 4 grandes do Rio, o Vasco foi o que mais contratou, então a falta de entrosamente entre alguns jogadores, sem contar o já citado preparo físico ainda longe dos 100%, aumentam a dificuldade. Com o tempo a tendência é melhorar.

Macaé 2 x 3 Botafogo

Já o Botafogo mostrou raça e disposição para virar e vencer o Macaé por 3 a 2. Os destaques foram Lucio Flavio, autor de belo gol de falta e de uma assistência para o gol de Marcelo Cordeiro, além do estreante atacante Herrera (foto), que também deixou o seu logo a dois minutos de jogo. O argentino, aliás, movimentou-se bastante, buscou o jogo e criou oportunidades, caindo nas graças do torcedor. Estevam Soares deve ter ficado feliz com o futebol do recém-chegado. Mas ainda quero ver Herrera ao lado de Loco Abreu. Ainda acho que são dois jogadores de estilo parecido, de área. Quero ver como o treinador vai fazer para acertar este ataque, que, se vingar, tem tudo para dar alegrias ao torcedor alvinegro.

O que precisa ser corrigido, e é um problema crônico do Botafogo há algum tempo, é a parte defensiva. Novamente a zaga marcou bobeira nos dois gols do Macaé. E Jéfferson teve trabalho, inclusive salvando a equipe com belas defesas. Mas assim como Vasco, o time de General Severiano ainda tem tempo para melhorar e essa vitória na estreia, contra um adversário que é dos mais fortes entre os clubes menores do estado, é importante para dar confiaça aos jogadores e à torcida.

sábado, 16 de janeiro de 2010

MENGÃO É SÓ LOVE... SÓ LOVE!!

Olá blogueiros. Até que enfim a novela Vagner Love acabou. O jogador foi apresentado nesta sexta-feira na Gávea e demonstrou um sentimento além do profissionalismo. O atacante de 26 anos tem tudo para recuperar a sua moral com o público brasileiro. Love surgiu muito bem na série B de 2003, ajudando o Palmeiras retornar para a série A. No ano seguinte o centroavante manteve a boa faze e acabou sendo vendido para Rússia como uma grande promessa. Resultado; seleção brasileira.

Mas na seleção, Vagner não correspondeu à expectativa. Foi convocando antes da Copa de 2006, foi campeão da Copa América de 2004, mas quem se destacou foi seu futuro companheiro, o Imperador Adriano. Dois anos depois perdeu a vaga na Alemanha para Fred. Na era Dunga, foi escolhido para herdar a camisa 9 de Ronaldo. Ganhou varias oportunidades e voltou a conquistar um título pela seleção, dessa vez titular, mas novamente ofuscado por um companheiro. Robinho fazia dupla com Love e foi o grande artilheiro da equipe na campanha do titulo da Copa América de 2007. Depois disso, Luis Fabiano foi testado e ganhou à vaga, a fila andou e Love ficou de fora da lista de 22 jogadores de Dunga.

As chances de Copa do Mundo são quase zero. Na minha opinião, só uma contusão de um dos concorrentes, aliada a uma ótima campanha no primeiro semestre, para levar o artilheiro do amor há África do Sul. Fora a Copa do Mundo, Vagner Love tem tudo para se valorizar e fazer história com uma camisa super popular. Seria uma grande virada na carreira.

Na questão tática, Andrade já avisou que uma pequena mudança será necessária na forma do meio campo jogar. Neste início de temporada, com a ausência do meia Petkovic, uma formação mais “pegadora” será escalada nesse setor. Toró, Willians, Klebérson e Fierro são dinâmicos e velozes, perfeitos para dar maior liberdade para a dupla Love e Imperador. Se a parte física não atrapalhar, a equipe do Flamengo vai ser mais forte que na campanha do hexa. O poder de fogo da equipe será incrível, o ideal para uma competição de mata-mata. Quando Petkovic retornar, eu escalaria um trio de volantes (Maldonado, Willians e Klebérson) técnicos e marcadores para manter a bola no ataque e nos pés do trio (Pet, Love e Adriano). Se Andrade conseguir isso, essa equipe vai longe.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Dica Passando a Bola

Amigos do Passando a Bola. Este post é apenas para recomendar aos amigos um site que encontrei sobre futebol. Ou melhor. Vídeos sobre o futebol. É o Campo dos Sonhos. Lá você encontra milhares de partidas históricas de futebol para download. A maioria de jogos completos. Por exemplo, você pode baixar Brasil x Itália na Copa de 70, Hungria x Alemanha na Copa de 54, Inglaterra x Alemanha na Copa de 66, Flamengo x Atlético-MG em 1979, jogo em que Pelé vestiu a camisa rubro-negra... Enfim, são muitos jogos, filmes e documentários com o tema futebol. Um prato cheio para quem ama esse esporte a ponto de fazer as mulheres perderem a cabeça hehe.

Dica dada. Mais tarde volto para comentar sobre o Flamengo, que finalmente fechou com Vágner Love. Até.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

FIM DA NOVELA, LOVE É DO FLA

Olá blogueiros. A novela mais acompanhada dos últimos meses chegou ao fim. O atacante do Palmeiras, Vagner Love, é jogador do Flamengo até Julho de 2010. O CSKA pediu o envio de um pedido de empréstimo via fax para o clube carioca. A resposta foi positiva e o anúncio oficial será feito nesta quinta-feira.

Ano novo, time novo - Botafogo

Amigos do Passando a Bola, hoje é a vez de analisar o Botafogo. Mais uma vez a falta de dinheiro impediu que o Alvinegro fizesse contratações de peso, mas acredito que a diretoria fez um bom trabalho, na medida do possível. O clube ainda corre atrás de mais reforços, mais precisamente um meia e um atacante, mas a base já está montada. O que pode prejudicar neste início é a falta de entrosamento, já que a metade do time titular e dos principais reservas do ano passado foi embora. Vamos lá.

- Contratações: O Botafogo conseguiu encontrar bons jogadores a baixo custo. Fez algumas apostas, característica do clube nos últimos anos, e trouxe jogadores que se destacaram em equipes menores na temporada passada. Mas os grandes reforços alvinegros, na minha opinião, estão no ataque. Sebastián Abreu (foto) e Herrera são bons jogadores, que podem contribuir bastante para a equipe. Mais do que isso. A chegada de El Loco levou vários torcedores ao aeroporto e despertou nos alvinegros um sentimento de orgulho e confiança em um jogador que há muito tempo não se via no clube. Abreu é um bom jogador, especialmente nas bolas aéreas, mas a contribuição dele ao Bota pode ir muito além disso. Seu espírito de luta, típico de um uruguaio, pode fazer com que o clube perca a pecha carimbada dos últimos anos de time que amarela e, principalmente, leve de volta ao estádio a torcida, que pouco tem comparecido ao Engenhão.

Herrera também tem um estilo parecido com o de Abreu, mas é um pouco mais ágil e tem mais habilidade, até por ser mais baixo. Mas essa semelhança pode acabar atrapalhando, já que ainda não consigo enxergar os dois atuando juntos. Ambos são centroavantes de ofício e a movimentação da dupla terá que ser bastante treinada para que não acabem atrapalhando um ao outro. Até por isso Estevam Soares quer um atacante que caia pelos lados.

Nas outras posições, o clube repôs as peças que perdeu. Fábio Ferreira e Antônio Carlos (foto) chegam pra zaga e devem compor, com o tempo, a dupla titular. São bons jogadores e experientes, vão dar conta de substituir Juninho e Émerson. Também chegou Édson, do Figueirense, que é uma aposta. No Sul elogiam bastante o jogador, mas prefiro ver atuando em gramados cariocas para tirar uma conclusão. No meio-campo a aposta é em Somália, que fez ótima Série B pelo América-RN. É um jogador que marca e sabe sair bem para o jogo. Inclusive marca os golzinhos dele de vez em quando. O outro reforço para o setor é Renato Cajá, grande destaque da Ponte Preta no Paulista de 2008, quando o time de Campinas foi vice-campeão. Trata-se de um meia canhoto e habilidoso, que pode fazer boa dupla com Lucio Flavio no meio. O problema é que, a exemplo do que ocorre no ataque, os dois têm características parecidas. São meias de toque de bola, que cadenciam o jogo e, para completar, batem bem faltas e escanteios. Quero ver como Estevam fará para que os dois consigam render bem. Quem pode se dar bem nessa história é Diguinho, meia que se destacou no América, na Série B do Carioca. É mais uma aposta num garoto de 21 anos, revelado pelo Flamengo, mas que não foi aproveitado na Gávea. O lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, ex-Internacional, completa a lista de reforços e acaba com um problema crônico do Botafogo na posição. Bom nome.

- Perdas: Vários jogadores titulares saíram, mas desses, somente o capitão Juninho (foto/mais pela liderança e pelos potentes chutes de fora da área), o lateral/zagueiro Diego e o meia Renato farão alguma falta. Mesmo assim nada que preocupe. Outros nomes badalados que não continuam são os atacantes Reinaldo, André Lima e Victor Simões. Talvez somente o segundo faça alguma falta para a torcida, pois era um jogador identificado com o clube.

- O Time: Estevam Soares já avisou que gosta de jogar num 4-4-2, estilo europeu, no qual os laterais atacam somente quando estão devidamente cobertos. Dessa forma, o time titular deve ser: Jéfferson, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira (Wellington) e Marcelo Cordeiro; Leandro Guerreiro, Somália, Lucio Flavio e Renato Cajá; Herrera e Loco Abreu.

Pus Fábio Ferreira brigando por posição com Wellington (foto), pois o garoto se destacou no time do Botafogo no final do Brasileirão e a diretoria e o treinador trataram como prioridade sua renovação junto ao Cruzeiro. Também acredito que, se outro atacante mais veloz for contratado, este deve "roubar" a posição de Herrera (já que o Abreu já é o queridinho da torcida). Vamos ver se vai vir mesmo.

- Opinião: o Botafogo formou uma equipe na média dos anos anteriores. No Estadual acho que dá pra tentar alguma coisa, mas no Brasileiro e na Copa do Brasil não acredito muito. Reforços precisarão chegar se o clube quiser voltar a brigar na parte de cima da tabela. Está na hora também da torcida comparecer e empurrar os jogadores às vitórias, pois ultimamente a participação alvinegra nas arquibancadas tem sido ridícula.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ano novo, time novo - Fluminense

Amigos do Passando a Bola, estou de volta depois de uns dias de férias. Não tivemos tantas novidades no futebol brasileiro, mas há algumas coisas para se analisar e comentar. Os Estaduais, pelo menos os mais importantes, começam no próximo final de semana. Então, a partir de hoje, vou escrever todos os dias uma resenha sobre os principais clubes brasileiros. Contratações, perdas, time-base, opções de elenco, enfim, um pequeno raio-X de cada um. Vou começar privilegiando os clubes que praticamente têm seus elencos formados.

FLUMINENSE

Parece que o Flu caiu na real. Deixou de lado a megalomania das últimas temporadas e resolveu apostar no "time de guerreiros" que teve desempenho heroico ano passado. Manteve a comissão técnica e não perdeu nenhuma peça importante, pelo contrário. Livrou-se de alguns medalhões e com isso conseguiu dinheiro para contratar, desta vez com critério.

- Contratações: 6 jogadores chegaram, sendo que um deles, Matheus Paraná, será apenas testado, pelo menos a princípio. O grande nome é Júlio César (foto), eleito o melhor lateral-esquerdo do Brasileirão pelo Goiás. Vem para uma posição na qual o Flu tinha dois garotos com qualidade, mas ainda imaturos. João Paulo deve ser emprestado e Dieguinho vira opção. Outro que deve ser titular é Leandro Euzébio, zagueiro que também veio do Goiás. Assim como Julio César, Leandro foi contratado pela falta de experiência dos zagueiros do clube, a exceção de Gum. Cássio, Dalton e Digão têm qualidade, mas ainda são novos. Deve jogar pelo lado esquerdo da defesa.


O meia Éwerton foi alvo de disputa entre o Tricolor e o Botafogo. Confesso que não lembro muito do futebol dele, vi apenas alguns jogos do Barueri. É uma aposta de Cuca, conhecido justamente por "descobrir" jogadores que poucos conhecem. Vai brigar por uma vaga no meio-campo, dependendo do esquema utilizado. Willians (foto) é outra aposta. Brilhou no Vitória no Brasileiro de 2008, mas ano passado não teve desempenho semelhante no Palmeiras. Está certo de que foi muito prejudicado pelas lesões, até chegou a ser titular no início do ano, mas ainda não dá para considerarmos Willians uma grande contratação. Pode jogar no meio-campo ou no ataque. O polivalente Thiaguinho, ex-Botafogo, também contratado, mas começa amargando o banco de reservas.

- Saídas: Como escrevi antes, o Fluminense não perdeu jogador importante. Os que saíram não estavam nos planos e vão diminuir o orçamento do clube. Urrutia, Ruy, Edcarlos, Fabinho, Wellington Monteiro, Luiz Alberto, Paulo César... Todos esses ou já foram embora ou irão em breve.

- O Time: Cuca deve manter o esquema que mais gosta e que deu certo na arrancada do Brasileiro e no vice-campeonato da Sul-Americana. Nesses primeiros treinamentos na pré-temporada, o treinador continuou com o 3-5-2. O time base é: Rafael; Gum, Dalton e Leandro Euzébio; Mariano, Diguinho, Éwerton (ou Diogo), Conca e Júlio César; Maicon e Fred.

A dúvida permanece apenas em uma posição. Por enquanto o meia ex-Barueri leva vantagem sobre o volante, mas a opção por Diogo me parece mais cautelosa e segura, pelo menos nesse primeiro momento, já que os alas Júlio César e Mariano sobem constantemente e têm pouco costume de marcar. Na zaga, Leandro Euzébio assume o lado esquerdo e no miolo Dalton deve brigar com Digão pela vaga. O primeiro leva vantagem.

- Opinião: Acredito que esse time do Fluminense, se mantiver a pegada e, especialmente, a sintonia com a torcida, pode ir muito bem no primeiro semestre. Fred (foto) e Conca fazem a diferença e para mim o Tricolor briga pelo título carioca e da Copa do Brasil. Mas sem favoritismo. Há outros melhores.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

FELIZ 2010!! TOP 5 DAS AMÉRICAS

Olá blogueiros! Passado as festas e todo resguardo, volto para começar a tirar as teias do meu teclado e opinar sobre a movimentada pré-temporada. A primeira semana de 2010 foi movimentada, Roberto Carlos foi apresentado com pompas e circunstancias no Parque São Jorge (sede do Corinthians). Além do pentacampeão, Danilo, Iarley, Tcheco, Ralf e Moacir também chegam ao elenco corintiano. O grupo que está sendo formado é muito experiente e qualificado, mas Libertador não tem receita. O técnico Mano Menezes terá que mostrar resultado rapidamente, devido à qualidade do grupo de jogadores. Como montar um time com 16 titulares? Essa será a missão do Mano.

Time base: Felipe; Alessandro, Willam, Chicão e Roberto Carlos; Elias, Tcheco e Danilo; Iarley, Ronaldo e Jorge Henrique.

No São Paulo as contratações também chegaram em grande quantidade. Seis novos jogadores foram apresentados nesta quinta-feira no CT da Barra Funda, são eles: André Luiz (zagueiro ex-Barueri), Xandão (zagueiro ex-Barueri), Fernandinho (atacante ex-Barueri), Carlinhos Paraíba (meia ex-Coritiba), Marcelinho Paraíba (meia ex-Coritiba) e Léo Lima (meia ex-Goiás). Destaque para Fernandinho, revelação do último campeonato brasileiro e Marcelinho Paraíba (14 gols na Série A). Sinceramente, eu não me empolgo com essa lista de contratações. Como escrevi, gosto da contratação do Fernandinho e do Marcelinho Paraíba (foto). Acho que o veterano meia-atacante pode se dá muito bem nesse retorno ao Morumbi. Paraíba sabe bater na bola, fazer gols e tem ótimo passe. De resto, acho que são apostas que contam com a estrutura e organização do clube para quem sabe tirar o máximo do atleta. Uma incógnita!

Time base: Rogério Ceni; Jean, André Dias , Miranda e Jorge Wagner; Richarlyson, Hernanes, Léo Lima e Marcelinho Paráiba; Dagoberto e Washington.

O campeão brasileiro é o mais comedido no momento. A equipe se reapresentou com perdas (Airton – Benfica, Everton – TigresMex e Zé Roberto – Schalke 04), e sem reforços para a temporada. A diretoria do clube está com uma política bem rígida em relação ao orçamento de 2010. Concordo com a estratégia do vice Marcos Braz e acredito que a equipe continuará forte para a disputa da Libertadores e demais competições. Acho que a chegada do Vagner Love será boa para esse time. O artilheiro das trancinhas, jogando bem, forma com o Imperador uma dupla mortal. Somado ao ataque, uma espinha dorsal experiente, vencedora e qualificada, temos um forte candidato ao título sul-americano. Além da contratação do Love ou de qualquer outro atacante de alto nível, acredito que algumas aquisições para reserva do Pet e do Juan, cairiam bem.

Time base: Bruno; Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Willians, Klebérson e Petkovic; Adriano e Vagner Love.

Vida nova para o Internacional. Com comandante novo, o uruguaio Jorge Fossati, o colorado entra com a missão de deixar de ser o time do quase. Depois da gloriosa temporada de 2006, o time se notabilizou por jogar o melhor futebol, ser mais regular e não levar a taça para o Beira-Rio. Fossatti terá um elenco jovem e qualificado para trabalhar, tem tudo para montar um belo time. O meio campo dessa equipe pode ser formado por Guiñazu, Sandro, Giuliano e D´Alessandro, um dos mais talentosos do Brasil. O ponto chave para essa equipe é encontrar um segundo atacante de impacto. Alecsandro sabe fazer gols, mas precisa de um companheiro veloz e de maior qualidade. Rafael Sobis seria perfeito. O mercado não está farto, acho difícil encontrar um jogador desse nível. O plano B seria fazer o jovem Taison jogar seu melhor futebol novamente. Acredito que essa equipe terá sucesso nas mãos do Fossati. O Inter é candidato as quartas de final da Libertadores.

Time base: Lauro; Bruno Silva, Fabiano Eller, Índio e Kleber; Guiñazu, Sandro, Giuliano e D´Alessandro; Taison e Alecsandro.

Termino essa análise dos brasileiros que vão disputar a Libertadores, com o Cruzeiro do técnico Adílson Batista. A Raposa manteve a base vice-campeã da competição passada e ainda conta com reforços como Gilberto e Guerrón. Os mineiros também são fortes candidatos para chegar as quartas de final. Se as equipes brasileiras não perderem o foco, a disposição e a luta em campo podem chegar juntas as quartas de final. Das oito finalistas, cinco do Brasil. Essa é minha expectativa.

Time base: Fábio; Jonathan, Caçapa, Leonardo Silva e Diego Renan; Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Kleber e Thiago Ribeiro