quinta-feira, 19 de agosto de 2010

HISTÓRICO!


Uma tribo de pelo menos 100 mil pessoas – metade disso presente ao Estádio Beira-Rio -, foi dormir nesta quarta-feira, 18, com a alma lavada. Milhares de torcedores viram o Internacional bater o Chivas mexicano por 3 x 2 num jogo de Libertadores da América que teve tudo o que um espetáculo desse tamanho proporciona. O Inter terminou a caminhada da Libertadores bicampeão do torneio e agora vai disputar, no Mundial de Clubes, o maior sonho que um clube pode ter, o de campeão do mundo. Título que o time já tem, conquistado em 2006, quando derrotou o temido Barcelona.
A noite de quarta foi inesquecível para a massa colorada – mais de 100 mil sócios. O jogo teve tudo o que uma final desse maravilhoso campeonato de futebol pode ter. A pressão dos adversários, que lutavam fora de casa pela vitória e fizeram o primeiro gol, encurralou o clube brasileiro. O Inter não conseguiu fazer um primeiro tempo agressivo, como ocorreu na primeira partida, em Guadalajara, vencida por 2 x 1.

No Beira-Rio, o treinador Celso Roth colocou em campo um time ofensivo, mas a equipe ficou presa atrás – pelo nervosismo da equipe, pela atuação mais organizada do adversário. E tomou o gol antes de ir para o vestiário ao fim do primeiro tempo. O intervalo foi no silêncio da dúvida, repetindo Guadalajara.

Os 45 minutos restantes seriam de sofrimento para os 53 mil colorados que pintaram o Beira-Rio de vermelho – e de outros milhares que viram a batalha pela TV. Até que desencantaram os meninos do Inter, liderados pelo argentino D’Alessandro e pelo espírito lutador de Bolívar, jogador que tem até o nome de um dos reais libertadores do continente, o general venezuelano Simon Bolívar.

Com a massa cantando seus hinos, eles empataram o jogo, com gol do predestinado Rafael Sóbis. E passaram à frente com Leandro Damião. O sensacional Giuliano, pouco mais do que um garoto, fez o terceiro gol. Numa jogada genial, o menino do Inter encarou a zaga, passou pelos mexicanos na raça e, com um toquinho esperto, de quem conhece o jogo de bola, venceu o goleiro. No campo lotado, com a massa em delírio, a cor do sangue, feliz, se espalhou pela América.