terça-feira, 30 de março de 2010

UN DIA DE PERROS

“Um dia de cão”. Foi assim que o Diário Olé descreveu o ataque sofrido por Maradona de um de seus cães de estimação. O treinador foi internado num hospital de Buenos Aires, onde faria uma micro-cirurgia nos lábios. Não há muitas informações, apenas o fato de que ele teria sido mordido no rosto.

Mas um dia de cão também viveram os jogadores do Boca, depois de sofrerem a humilhante goleada de 4 a 1 para o Chacarita Juniors. Uma derrota humilhante e histórica. Para culminar o show de horror, ainda houve uma discussão à beira do gramado entre o atacante Palermo e o técnico Abel Alves. O Otimista do Gol não gostou do fato de ser substituído aos 26 do segundo tempo, quando Boca perdia por 2 a 1.

O clima não anda bem. Curiosamente isso foi comprovado logo após uma vitória no Super Clássico da Bombonera. Na ocasião, o Boca venceu por 2 a 0 com autoridade, jogando bem. Dois gols de Gary Medel, um com assistência fenomenal de Riquelme. A defesa se portou bem, com Luis Alberto fazendo uma grande partida ao lado do colombiano Bonilla. Tudo parecia caminhar para uma recuperação dentro do Torneio Clausura. Só parecia. Veio o Chacarita e mostrou a realidade como ela é.

Com a derrota, o Boca caiu para 18°, sua pior colocação na História desde que os campeonatos passaram a ser disputados dessa maneira. Nesse ritmo, o Xeneize pode igualar o recorde negativo de seu rival, o River Plate, que chegou a ser último no Apertura 2008.

Mesmo com a péssima campanha, os dirigentes resolveram manter Abel Alves. Enquanto isso, Boca é uma bomba relógio, prestes a explodir a qualquer momento.

La B se acerca

O que parecia impossível de acontecer já é uma probabilidade. O River Plate já tem que se preocupar com sua média de pontos, muito ruim devido aos péssimos resultados nos últimos campeonatos. Nesta segunda-feira, jogando no Monumental, mais uma derrota. Desta vez o carrasco foi o Argentinos Juniors, que venceu por 1 a 0.

A torcida Millonária protestou mais uma vez. Mas nada parece mudar o panorama dessa equipe. Não é atitude o que falta, mas sim futebol. Os jogadores são limitados e o técnico Leonardo Astrada não pode fazer muita coisa.

Puntero Rojo

Quem não tem nada a ver com as crises de Boca e River é o Independiente. O time de Avellaneda empatou com o Colón, no último fim de semana, em 1 a 1, e soma 24 pontos, três a mais que o vice-líder, Godoy Cruz. Não creio no sucesso dos mendocinos. Vejo o Independiente com pinta de campeão, tendo como principais concorrentes o Estudiantes e o Vélez Sarsfield. Mas como esses dois estão com as atenções voltadas para a Libertadores, o Diablo passa a ser a minha aposta.

Resultados Fecha 11: Estudiantes 2 x 1 Godoy Cruz; Rosario Central 0 x 2 Huracán; Racing 1 x 0 Newell’s; Tigre 0 x 1 Lanús; Banfield 3 x 2 Gimnasia; Chacarita 4 x 1 Boca; Colón 1 x 1 Independiente; Vélez 1 x 0 Atlético Tucumán; Arsenal 1 x 0 San Lorenzo; River 0 x 1 Argentinos

Classificação: Independiente 24, Godoy Cruz 21; Estudiantes 20; Vélez 19; Argentinos 19; Banfield 18; Arsenal 17; Tigre 15; Huracán 15; Colón 15; Newell’s 14; Lanús 14; Chacarita 13; Gimnasia 13; Racing 13; River 12; San Lorenzo 11; Boca 11; Rosario Central 8; Atlético Tucumán 5.

Descenso: Rosario Central 1,132; Gimnasia 1,104; Chacarita 1,067; Atlético 0,900


Por Raphael Martins

sábado, 27 de março de 2010

CLÁSSICO DE IGUAIS

Olá blogueiros. Voltei! Nesse retorno ao blog gostaria de escrever um pouco sobre o Campeonato Paulista, mas especificamente, sobre o clássico deste domingo entre Corinthians e São Paulo, que acontece às 16h no Pacaembu. E que clássico esse entre dois grandes times da atualidade, mas que ainda não confirmaram as enormes expectativas de suas grandes torcidas. Ambas as equipes contrataram uma enormidade de jogadores renomados e rechearam seus elencos com estrelas e até agora fazem campanhas medianas na temporada. Grande momento para mostrar força e competitividade.

O Corinthians vem de duas derrotas e com um futebolzinho acomodado e desorganizado. Tudo bem na Libertadores, competição mais importante do ano, a equipe está tranqüila com 7 pontos, mas ainda não mostrou futebol para chegar ao título depois da Copa do Mundo. Mano Menezes ainda não se definiu e nem sei se vai se definir pelo time ideal. Parece que ele já percebeu que no meio campo a melhor formação passa pela escalação de Ralf, Jucilei e Elias. Mas esse quarto homem de meio campo ou um terceiro atacante pelo lado esquerdo é a grande dúvida do técnico.
Tcheco e Defederico já foram testados, mas não agradaram. Amanhã, o comandante alvinegro vai escalar Danilo nessa posição. O camisa 10 pode jogar como esse armador e ainda gosta de cair pelo flanco esquerdo fazendo a função de Jorge Henrique. Dentinho completa o setor ofensivo ao lado de Ronaldo, vale lembrar que o goleiro Felipe está fora do clássico vetado pelo departamento médico do clube. Para encerrar o assunto Corinthians, Ronaldo tem a grande chance para se redimir das últimas polêmicas marcando gols no São Paulo.

Saindo da marginal e chegando ao Morumbi, os problemas são os mesmos. Muitas opções, rodízio de jogadores, muitos testes e nenhum padrão de jogo e nem equipe definida. Esse é o panorama do São Paulo que enfrenta o Corinthians no Pacaembu. Ricardo Gomes tem um elenco cheio de opções nas mãos, mas não se define pelo esquema tático preferido. O técnico são paulino poderia até mudar a equipe de acordo com o adversário ou competição, mas acho importante que se defina um esquema tático. No São Paulo a equipe joga com linha de quatro, depois volta com os três zagueiros. Assim fica difícil o time responder e os talentos mostrarem serviço.
Para o jogo desse domingo, o tricolor paulista vai ter que superar dois tabus de uma vez só. A equipe não vence o Corinthians desde 2007, são 3 anos de tabu contra o maior rival e nesse ano ainda não venceu nenhum clássico. Perdeu para o Santos e para o Palmeiras. Por outro lado, sempre que entrou em campo com a dupla de zaga formada por Alex Silva e Miranda(foto) a equipe não saiu derrotada. A dupla de zaga tricolor atuou em cinco partidas na temporada. E o desempenho é excelente. Foram quatro vitórias, um empate e apenas um gol sofrido, o que dá um aproveitamento de 86,6%. O desempenho é um dos fatores da equipe do Morumbi ter a defesa menos vazada do Campeonato Paulista, com 14 gols sofridos em 16 partidas disputadas. Se a defesa mantiver essa média e o Washington estiver em um dia bom dá para quebrar esse tabu. As equipes vão a campo com:

Corinthians: Rafael Santos (Julio Cesar), Moacir, Paulo André, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Danilo; Dentinho e Ronaldo.

São Paulo: Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva, Miranda e Júnior César; Richarlyson, Jean, Hernanes e Cléber Santana; Dagoberto e Washington.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Era hora de mudar

Antes de mais nada, quero deixar claro que sou contra a demissão de treinador, ainda mais em pouco mais de 3 meses de trabalho. Parece que é uma solução simplista para resolver todos os problemas de um time, colocando a culpa em apenas uma pessoa. Mas no caso do Vasco, que ontem demitiu Vágner Mancini, não parecia haver outra medida mais cabível do que esta. A equipe, desde a derrota para o Botafogo na final da Taça Guanabara, não vinha rendendo bem. A torcida já perdera a paciência há muito tempo e o presidente do clube, Roberto Dinamite, também já mostrara sinais de descontentamento, inclusive publicamente. Porém, os últimos resultados que foram determinantes para Mancini deixar o comando cruzmaltino. Ontem o Vasco completou 4 jogos sem vitória. A sequência começou com uma derrota para o Flamengo, quando a equipe nem jogou mal, mas caiu diante do maior rival. A tragédia, no entanto, veio depois. Primeiro um empate sofrido com o ASA, pela Copa do Brasil e, principalmente, as duas derrotas consecutivas para times pequenos no Carioca, algo que só o clube da Colina "conseguiu" no Estadual.

Se ser derrotado para o Olaria já era difícil de engolir, os 3 a 2 sofridos para o Americano, um dos piores times do campeonato, em São Januário, foram a gota d'água. Mais uma vez o Vasco jogou mal, foi envolvido e só ameaçou o gol adversário em jogadas esporádicas. Como desgraça pouca é bobagem, permanece em terceiro lugar no Grupo B da Taça Rio e tem sua classificação para as semifinais seriamente ameaçada, o que seria um desastre de proporções homéricas. O próximo jogo é contra o Fluminense, que vem em boa fase, e novo revés pode desencadear uma crise difícil de ser estancada na Colina.

Para o lugar de Mancini, os nomes de Tite e Celso Roth são os mais cotados. São bons treinadores, mas longe de serem milagreiros. Que a diretoria vascaína não se iluda. A troca no comando era necessária, pois o time não vinha rendendo. O problema, porém, é muito maior e envolve reforços para o elenco, que é bastante limitado. A Série B já passou, esse ano é Série A e o buraco é bem mais embaixo. Acorda, Vasco!

Quanto mais falam...

Não vou entrar numa discussão jornalística sobre o que deve ou não ser publicado sobre vida pessoal de atletas. Acho que muito coisa que saiu deveria ter saído, mas também vi muita palhaçada, com o perdão do termo, estampar capas e páginas de jornais e sites. Mas não deixa de ser curioso como Adriano, Vágner Love e o Flamengo não deixam instalar uma suposta crise que tentam implantar na Gávea.

A cada jogo os dois atacantes mostram que os "problemas" extracampo dizem respeito somente a eles e não influenciam seus desempenhos futebolísticos. A resposta vem em gols. Love tem 11 e Adriano tem 10 no Carioca, os dois artilheiros da competição. No ano são 24 gols da dupla dos 44 que o Rubro-Negro marcou. Parece que os dois ficam cada vez mais motivados com tantas coisas que saem na imprensa. Portanto, continuem criando factóides, que a torcida do Flamengo agradece.

domingo, 21 de março de 2010

O clássico do 2 a 2

É impressionante como Flamengo e Botafogo, quando se enfrentam ultimamente, fazem bons jogos. O deste domingo foi mais um deles. Apesar do público baixíssimo (menos de 10 mil presentes), as duas equipes jogaram bem, buscando o ataque e o 2 a 2 foi justo. E emocionante. Adriano empatou a partida aos 48 da segunda etapa, no último lance da partida.

Diferentemente da semifinal da Taça Guanabara, quando, mesmo vencendo, foi dominado pelo Flamengo, o Botafogo jogou de igual pra igual desde o início. Talvez pela ausência de Loco Abreu, que fez com que o time de Joel tivesse que mudar sua característica, passando a jogar mais com a bola no chão. O ataque Caio e Herrera foi bem, os dois muito rápidos e insistentes, deram trabalho à zaga rubro-negra, que por sua vez não teve bom desempenho, como vem acontecendo em 2010. O segundo gol botafoguense saiu em uma falha primária, com o argentino escorando cruzamento, livre, entre Álvaro e Fabrício. Andrade precisa corrigir isto antes que as competições cheguem às suas fases decisivas. A insegurança é constante.

Ainda sobre o Botafogo, é de se destacar a boa partida de Lucio Flavio, como há tempos eu não via. Acertou passes, criou jogadas e, inclusive, mandou uma bola na trave. O ataque rubro-negro também teve desempenho razoável. Vágner Love se movimentou bem, fazendo bem o pivô. Adriano não foi tão ativo durante o jogo, mas na hora que precisou ele foi mais uma vez decisivo, marcando duas vezes, uma delas aos 48 da segunda etapa. Mesmo com todas as polêmicas e os supostos problemas com o peso, são 9 jogos e 9 gols este ano, uma média excelente. Ainda sinto falta, no entanto, de uma maior interação no chamado Império do Amor. Faltam tabelas entre os dois. A maior dificuldade é que ambos têm como característica justamente atuar como pivô, perto do gol. E às vezes a falta de alguém caindo pelas pontas acaba prejudicando. Talvez por isso tanto Love quanto Adriano, especialmente o primeiro, tenham atuado melhor individualmente quando o outro não estava em campo.

No mais, fica como destaque a reclamação infundada de Joel Santana com a arbitragem. O gol de empate foi totalmente legítimo. Houve falta de Danny Morais em Everton Silva e o cronômetro ainda marcava 47 minutos, dentro, portanto, dos 3 minutos de acréscimo prometidos por Wágner do Nascimento.

DIA DE SUPER

Começou o dia do Superclássico. Hoje, Boca e River vão se enfrentar mais uma vez pelo Torneio Clausura. Será um clássico diferente dos anos anteriores. Antes as equipes que entravam em campo lutando pelo título, agora não passam de coadjuvantes de luxo do futebol argentino.


De um lado estará um Boca Juniors convulsionado, de moral baixo e em crise. Um clube que igualou no último fim de semana a sua pior marca em torneios locais, a do Metropolitano de 1984. A derrota por 3 a 0 para o Tigre, no domingo passado, foi a terceira neste campeonato. Em nove rodadas, o Boca venceu apenas um jogo e empatou outros cinco. Amarga apenas a 17ª colocação.


Na Casa Amarilla já se fala em demissão do treinador Abel Alves em caso derrota no domingo. É bem provável que isso ocorre. Existem insatisfações internas, e dois dos insatisfeitos são Riquelme e Palermo. Alves conseguiu um milagre. Fazerm com que palermistas e riquelmistas se unissem em torno de uma causa: A sua queda.


O nome do substituto já está definido nos bastidores xeneizes. Vai ser Guillermo Cagna, ex-jogador do Boca e que treinou com êxito o Tigre nas últimas temporadas, levando inclusive o time de Victória a um vice-campeonato.


No outro corner, um River Plate igualmente debilitado. Que ainda se recupera do fato de ter sido último no Apertura 2008, e segue fazendo campanhas modestas. Como alento, o Millonário está um pouco melhor, ou menos pior, que o seu eterno rival. Ocupa uma discreta 11ª posição. Ganhou três jogos, empatou três e perdeu três. Mas continua às voltas com os seus problemas internos. Ortega continua faltando aos treinos sem dar explicações, continua sofrendo com o alcoolismo e o técnico Leonardo Astrada já não pensa em contar mais com o camisa 10. Este será realmente o clássico do roto contra o esfarrapado.

Y em Avellaneda



Alheio às crises em La Boca e Núñez, a felicidade reside na outra margem do Riachuelo. Em Avellaneda, a metade Roja da localidade aproveita a liderança do Torneio Clausura. O Independiente não apresenta um grande futebol, mas está vencendo e somando pontos importantes. A última vítima foi o Chacarita Junior. O Diablo venceu por 1 a 0, fora de casa. Gol do zagueiro Tuzzio, que era muito contestado no River Plate e fez parte da péssima campanha do Apertura 2008. O Rojo aproveita o momento de entressafra no futebol argentino para conquistar um título que não vem desde 2002. O Independiente prova que, atualmente, com um pouco de organização, qualquer equipe pode ser campeão na Argentina. O Banfield já havia mostra isso no torneio passado.

Resultados da 9ª Fecha

Vélez 1 x 0 Lanús; Godoy Cruz 2 x 1 Atlético Tucumán; Chacarita 0 x 1 Independiente; Estudiantes 2 x 0 Newell’s; Colón 1 x 1 Gimnasia; Banfield 0 x 0 Arsenal; River 2 x 0 Huracán; Rosario Central 1 x 0 San Lorenzo; Tigre 3 x 0 Boca; Racing 0 x 1 Argentinos

Classificação

Independiente 20; Godoy Cruz 18; Vélez e Banfield 15; Estudiantes, Tigre e Argentinos 14; Gimnasia e Colón 13; Newell’s e River 12; Arsenal 11; Chacarita, Racing e San Lorenzo 10; Huracán 9; Boca, Rosario Central e Lanús 8; Atlético 5

Descenso

Racing 1,144; Gimnasia 1,125; Chacarita 1,036; Atlético 0,964




Por Raphael Martins

domingo, 14 de março de 2010

CLÁSSICO DAS DIFERENÇAS



Olá blogueiros. Hoje tem Flamengo e Vasco, às 19h30min, no Maracanã. Exatamente depois de um ano (último confronto foi na Taça Rio de 2009, com vitória de 2 a 0 para o Vasco), as duas equipes se enfrentam em momentos bem distintos.

De um lado o Flamengo, campeão brasileiro e com um elenco recheado de estrelas e jogadores de seleção brasileira. Do outro o Vasco, campeão da série B e com uma equipe em reforma e apostando em vários jogadores. Enquanto o Rubro-Negro possui jogadores no auge de sua forma técnica, o cruzmaltino conta com jovens promessas ou veteranos no aguardo do último suspiro de genialidade, o que justifica a irregularidade da equipe.

Outra diferença que separa ambas as equipes é a pressão vinda das arquibancadas. No Flamengo, a derrota na semifinal da Taça Guanabara para o Botafogo, não colocou em xeque o trabalho da comissão técnica e os resultados voltaram a aparecer principalmente no maior objetivo do clube no ano: a Taça Libertadores. Já no Vasco, o vice-campeonato da Taça GB caiu feito uma bomba no “arrumadinho” time de Vagner Mancini e o trabalho quase que começou do zero na Taça Rio.

Para o clássico de hoje há noite eu aposto minhas fichas no Flamengo. Por tudo que contei a cima e pelo maior poder de decisão da equipe da Gávea. Mas como de praxe, se trata de um clássico e por isso eu posso muito bem quebrar a cara. O Flamengo entra em campo com sua força máxima, comandado pelo “Império do Amor”. Por sua vez, a equipe do técnico Vagner Mancini tem dois desfalques certos (Niltão e Souza) e a possibilidade de perder o capitão Carlos Alberto, com um problema na panturrilha esquerda.

Confira a escalação das equipes:

Flamengo – Bruno; Léo Moura, Álvaro, Fabrício e Juan; Toró, Willians, Kleberson e Petkovic; Adriano e Vagner Love.

Vasco – Fernando Prass; Gustavo, Fernando e Titi; Elder Granja, Paulinho, Rafael Carioca, Carlos Alberto (Dodô) e Márcio Careca; Philippe Coutinho e Rafael Coelho.

Palpitão: Flamengo (3x0)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Convenceu

Foi uma boa vitória do Flamengo diante do Caracas. Não que o time tenha feito uma grande partida tecnicamente, mas a disposição tática e a raça demonstrada pelos jogadores deixaram uma boa impressão. Novamente o Rubro-Negro teve um a menos durante um bom período do jogo, porém soube controlar a situação e fazer os gols em contra-ataques. Houve uma certa pressão venezuelana, que acabou não dando resultado.

Com 6 pontos no grupo, a equipe de Andrade pode praticamente carimbar a passagem pra próxima fase se derrotar o Universidad do Chile, fora de casa. Isso porque o time chinelo tem 4 pontos e o seu rival, o Universidad Catolica, tem 1. Assim, o Flamengo abriria 5 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, ainda com duas partidas por fazer em casa.

Mas apesar da vitória, alguns problemas ainda persistem no time carioca. Em especial, o excessivo número de cartões vermelhos. Mais uma vez um volante foi expulso e alguns jogadores foram "sacrificados", caso de Vagner Love, que novamente teve que, além de marcar os gols, se desdobrar na marcação. O Artilheiro do Amor, aliás, continua muito bem. Já caiu nas graças da torcida rubro-negra. O Fla parece estar no caminho certo. Domingo tem clássico contra o Vasco e é mais um teste para provar que o momento é realmente bom.

terça-feira, 9 de março de 2010

FINALMENTE UN GRANDE

Apenas na oitava rodada do Clausura um dos cinco grandes alcançou a liderança do campeonato. Coube ao Independiente, o Rojo de Avellaneda, tal feito. No último domingo, o time comandado por Américo Gallego fez o River Plate comer literalmente o pão que o Diablo amassou. Jogando em seu estádio, o remodelado Libertadores da América, o Independiente apresentou bom futebol e jogou muito mais que o River. O que não vem sendo algo muito difícil nos últimos anos.

A vitória por 2 a 0, com gols de Darío Gandín e Silvera, foi mais do que justa. Mostrou um Independiente consciente durante os noventa minutos. Um time conhecedor de sua superioridade técnica em relação ao rival. Quanto ao River, fez uma partida mediana no primeiro tempo e foi um desastre no segundo. Falta qualidade técnica a essa equipe e o técnico Leonardo Astrada dificilmente conseguirá sequer uma classificação para a próxima Copa Sul-Americana.

O Independiente assumiu a ponta beneficiado também pelos tropeços de Godoy Cruz e Banfield, que estavam à sua frente antes da rodada começar. O time de Mendoza perdeu para o Newell’s Old Boys por 2 a 1, em Rosário. Já o atual campeão argentino ficou num 0 a 0 com o Atlético, em Tucumán. Empate que custou a cabeça do treinador do Decano, Chiche Sosa, substituído por Mario Gómez, ex-Belgrano de Córdoba. Com isso, o Rojo lidera com dois pontos de vantagem sobre o Tomba e a três do Taladro.


DTs en peligro


Outros técnicos também estão na corda bamba. Abel Alves, do Boca Juniors, é um deles. Após a derrota no clássico para o Racing por 2 a 1, na Bombonera, o nome de seu provável substituto veio à tona. Diego Cagna, ex-jogador do Boca e que levou o modesto Tigre a dois vice-campeonatos é o primeiro da lista. O próprio Riquelme seria partidário da chegada do ex-xeneize ao posto de técnico. E quando o camisa 10 de La Boca pede algo...

Em Boedo, Simeone respira aliviado. O Cholo viu seu cargo fora de perigo depois da vitória de 3 a 1 sobre o modesto Chacarita. Romeo, duas vezes, e Sebastián González anotaram os gols do San Lorenzo. O Ciclón é outro grande que vem fazendo campanha ruim. É apenas o décimo terceiro, com apenas 10 pontos somados.

No interior, em Santa Fé, Antonio Mohammed, o treinador há mais tempo no comando de uma equipe no futebol argentino, também padece. O Colón perdeu por 3 a 0 para o Arsenal, em Sarandí. O Sabalero não mostra mais o futebol consistente da última temporada, que o fez chegar à Pré-Libertadores, afunda na classificação e quem paga é o treinador.

Outros resultados: Lanús 0-0 Estudiantes; Huracán 2-3 Tigre; Argentinos 1-0 Vélez; Gimnasia 1-1 Rosario Central.

Classificação: Independiente 17; Godoy Cruz 15; Banfield 14; Vélez, Newell’s, Colón e Gimnasia 12; Estudiantes, Argentinos e Tigre 11; Chacarita, Racing, San Lorenzo e Arsenal 10; Huracán e River 9; Boca e Lanús 8; Rosario Central e Atlético Tucumán 5.

Descenso: Rosario Central 1,135; Gimnasia 1,125; Chacarita 1,074 e Atlético Tucumán 1,000


Oscar de Racing









E o Oscar foi para o Racing Club de Avellaneda. Isso mesmo senhores, para La Academia. O diretor de “O Segredo dos seus Olhos”, filme argentino que levou a estatueta de melhor película estrangeira, Juan José Campanella, é hincha do Racing. Outro motivo é que um dos personagens principais do filme, o assassino buscado pelo detetive protagonizado pelo ator Ricardo Darín, é um torcedor do Racing. Em uma das cenas do filme é mostrada uma perseguição, em pleno Estádio do Huracán, durante uma partida entre o Globo e o Racing.


Por Raphael Martins

domingo, 7 de março de 2010

Vitória merecida

Não foi um grande jogo no Maracanã. Mas a vitória do Fluminense sobre o Botafogo por 2 a 1 foi mais do que merecida. Novamente o time de Joel foi inferior, ficou atrás o tempo todo e só tentava chegar na sua única jogada que tem: a bola aérea. E foi assim que o Alvinegro fez 1 a 0. Depois de falta cobrada na área, Jéfferson defendeu e no rebote Maicon fez penalti em Wellington. Herrera bateu e fez.

Isso e mais uma cabeçada de Loco Abreu ainda na primeira etapa. Foi tudo que o Botafogo produziu durante os 90 minutos. Já o Flu foi melhor desde o primeiro minuto. Fred perdeu um gol inacreditável, debaixo da trave, mas se redimiu em grande estilo marcando um golaço de voleio na segunda etapa. O menino Wellington Silva entrou muito bem novamente e foi dele a jogada do gol da virada tricolor, marcado por Mariano. O garoto ainda quase deixou o dele logo depois, mas parou no goleiro botafoguense. Como hoje foi noticiado de que Maicon está quase acertado com o futebol russo, a titularidade de Wellington é iminente.

A derrota mostra que o Botafogo tem uma equipe limitada sim e depende de lances esporádicos de seus atacantes. Nem sempre vai funcionar, como hoje não funcionou. Joel precisa promover logo a entrada dos novos contratados, especialmente Edno, que neste domingo foi ao campo somente aos 38 do segundo tempo. Lucio Flavio não dá mais. Sua presença quase não é notada, a não ser quando é substuído e vaiado pela torcida. O Fluminense, por sua vez, mostrou um bom futebol, especialmente os alas Julio Cesar e Mariano, além, é claro, de Fred, Maicon e Wellington Silva. Mas ainda precisa melhorar o setor defensivo e a saída de bola. Os erros de passe são demasiados, inclusive o gol alvinegro saiu assim.

O ponto negativo do clássico foi mais uma vez o público: 11 mil pagantes e 17 mil presentes. Infelizmente esta é a tônica deste Estadual. Abram os olhos, dirigentes!

Seriedade + qualidade técnica = goleada

Como o Passando a Bola é um blog de esportes e não de fofocas, deixarei de lado os problemas pessoais de Adriano e o tal episódio do baile funk dos jogadores do Flamengo. Falarei de algo muito mais importante, que foi a boa vitória do Rubro-Negro diante do frágil (e igual aos outros pequenos do Rio) Resende por 4 a 0.

Talvez tenha sido a melhor apresentação do Flamengo no ano durante os 90 minutos (no Fla-Flu a atuação de gala foi apenas na segunda etapa). Desde o início da partida os jogadores mostraram seriedade e disposição ofensiva para marcar gols, diferentemente daquele toque de bola lateral, típico do Fla quando tem o adversário sob controle. O primeiro tempo só não terminou com um placar maior do que o 1 a 0, gol de Mezenga, porque o goleiro Cléber fez ótimas defesas - uma delas incrível em uma cabeçada de Fernando. Porém, no segundo tempo, não teve jeito. Jogando de forma rápida e objetiva, o time de Andrade construiu a goleada com gols de Léo Moura (que está virando especialista em cobranças de falta na entrada da área), Vinícius Pacheco e Vagner Love.

A equipe toda foi bem, sem exceção, mas destaco Juan, que enfim mostrou bom futebol, Fernando, firme nos desarmes e com boa visão para sair jogando, e Vágner Love, que mais uma vez mostrou muita vontade, além de ter marcado gol (seu décimo no campeonato) e dado uma assistência. Outras boas notícias foram as entradas de Petkovic e Ramon. Pet conseguiu boas jogadas com Pacheco e é capaz que Andrade escale os dois desde o começo na partida de quarta, contra o Caracas. Já Ramon, novamente, deu mostras de que será bastante importante. Outra vez ele entrou, jogou pouco tempo, mas o suficiente para participar diretamente de um dos gols.

O Flamengo, pelo menos até quarta, deixa de lado o princípio de "crise" que alguns da imprensa insistem em criar para se preparar com mais tranquilidade para a sequência de partidas que terá agora. Fosse eu o Andrade e domingo, diante do Vasco, escalaria uma equipe reserva, já que o objetivo maior é a Libertadores e o elenco rubro-negro tem opções interessantes para formar o time para o clássico sem usar os titulares.

quinta-feira, 4 de março de 2010

NUNCA DUVIDEM DESSA CAMISA

Olá blogueiros. Venho repercutir a vitória da Argentina, por 1 a 0, em cima da Alemanha, em Munique. O caos que assombrou nossos hermanos parece ter acabado com a classificação sofrida para o Mundial. O técnico Maradona armou uma equipe mais equilibrada e com uma atenção especial para a defesa, com uma linha de quatro zagueiros na defesa (Otamendi, Demichelis, Samuel e Heinze), e com um ataque leve e habilidoso. Os argentinos colocaram os alemães na roda e venceram sem maiores problemas em pleno estádio Allianz-Arena. Confira a escalação: Romero, Otamendi, Demichelis (Nicolas Burdisso), Samuel e Heinze (Clemente Rodríguez); Jonás Gutiérrez, Mascherano, Verón (Bolatti) e Messi; Di María e Gonzalo Higuaín (Tevez).

Na minha visão, aquela Argentina desorganizada e mal escalada ficou no passado. Agora é Copa do Mundo e Maradona sabe disso. A escalação de ontem mostra bem essa mudança de filosofia. Dieguito vai apostar na posse de bola, na marcação pressão e no talento de seus homens de frente. Para meu gosto eu escalaria na vaga do “parrudo” Gutiérrez, o bravo Cambiasso da Inter de Milão. No comando de ataque eu prefiro à dupla Tevez e Higuaín, mas concordo que o habilidoso Di Maria merece lugar no time do El Pibe. De resto, concordo com a escalação de Mascherano, Verón e Messi no meio-campo argentino.

Para a estreia na Copa, dia 12 de junho, contra a Nigéria, Maradona deve escalar a mesma equipe que venceu a Alemanha com apenas uma mudança: sai Otamendi e entra Angelere. O lateral-direito, campeão da Libertadores pelo Estudiantes, está se recuperando de contusão e tem a confiança do comandante. No restante, apenas algumas duvidas no grupo de jogadores. A principal duvida está na convocação ou não de Palermo, maior artilheiro da história do Boca Juniors. Para essa posição Maradona vem contando com Diego Milito (Inter de Milão) e Higuaín (Real Madrid). Acredito que essas duas opções são as melhores para a posição de centroavante, mas o coração xenense de Don Diego pode surpreender.

Para encerrar, acredito na boa campanha da Argentina na Copa do Mundo. Essa aposta na defesa aguerrida e na qualidade dos atacantes já deu certo com o Brasil em 94 e pode muito bem se repetir com nossos vizinhos.

OBS: Assim como o Brasil na conquista do tetra, os Argentinos estão 24 anos sem vencer uma Copa e se classificaram na última rodada das Eliminatórias contra o Uruguai. Olho neles!

Quarta-feira de cinzas

Que quarta-feira melancólica no futebol carioca. Tempo chuvoso, meio frio, trânsito, ingressos caros, jogos sem importância, adversários fracos... São muitos os motivos para a total ausência de torcida nos jogos de Flamengo e Vasco. No Engenhão, menos de mil pessoas pagaram pra ver o Cruzmaltino derrotar o Bangu por 2 a 0. No Maracanã, o jogo do atual campeão brasileiro foi visto por pouco mais de 5 mil pessoas.

Talvez por isso, as duas partidas tenham sido tão chatas. O jogo do Flamengo, então, deu sono. Aliás, os próprios jogadores pareciam estar com mais vontade de dormir. O fato de enfrentarem equipes muito inferiores deve contribuir pra isso, já que dá a sensação de que a qualquer momento você pode matar a partida. E foi isso que aconteceu diante do Madureira. Em duas oportunidades em que mostrou mais disposição, o Rubro-Negro fez 2 gols com Fernando e Vágner Love (este um belo gol, do artilheiro do campeonato com 9 gols). Boa notícia foi novamente o fato da defesa não ter sido vazada e a boa participação de Ramon na segunda etapa. Mais uma vez ele entrou, mostrou qualidade e fez a jogada do gol de Love. Sábado, contra o Resende, fosse eu o Andrade, colocaria em campo um time misto, dando oportunidade pra quem ainda não jogou muito (casos de Ramon, Pet, Rodrigo Alvim, Everton Silva, David...) e poupando os titulares, pois quarta tem confronto difícil contra o Caracas, na Venezuela, pela Libertadores.

Em relação ao Vasco, mais uma atuação apagada, que irritou os poucos torcedores que se aventuraram no Engenho de Dentro. Pelo menos Dodô voltou a marcar. Mesmo com o pouco futebol apresentado não consigo entender o comportamento dos vascaínos. O time de Vágner Mancini perdeu apenas uma vez no ano, numa final de turno, e mesmo assim é cobrada como se estivesse protagonizando fiasco atrás de fiasco. Vale lembrar que a união torcida/time foi fundamental no retorno do Vasco à Série A. Então seria mais inteligente continuar com esse apoio.

- Pra encerrar, uma nota curta sobre futebol paulista: que fase do Palmeiras hein? Pra quem achava que o problema era o Muricy, está cada vez mais provado que não. Derrota de 3 a 1 pro Santo André, em casa. Claro que o Time do ABC tem seus méritos, é, inclusive, o vice-líder do Paulistão, mas é inadmissível que o Palmeiras sucumba no Palestra Itália do jeito que o fez e vem fazendo. O time não é dos melhores, mas também não pode se dizer que é fraco. Não o suficiente pra ser o 10 colocado. Para completar Marcos disse que se aposenta no final do ano e a torcida xingou bastante Diego Souza, quando este foi expulso, além, é claro, da diretoria, presidente, jogadores, comissão técnica... Está feia a coisa por ali.

quarta-feira, 3 de março de 2010

OPTIMISTA DEL GOL

Finalmente o dia chegou. A noite de 1º de Março de 2010 entrou para a História do Boca Juniors. O Estádio José Amalfitani, do Vélez Sarsfield, foi palco do gol 218 de Martín Palermo com a camisa Xeneize. Assim, o “Otimista do Gol” iguala a marca de Roberto Cherro como maior artilheiro boquense de todos os tempos. Um mito, um fenômeno, um personagem este Martín.

Injustamente o atacante ficou marcado pelos três pênaltis perdidos contra a Colômbia na Copa América de 1999. Ficou afastado até mesmo da seleção argentina até as rodadas finais das Eliminatórias, em 2009. Dez anos de ausência. E neste período Palermo conquistou tudo o que podia com a camisa do Boca, tornando-se um dos ídolos máximos da 12. Para o imaginário do hincha comum, Palermo está no nível de Riquelme e Maradona.

Quando voltou a seleção, Palermo salvou a Argentina da eliminação. O gol contra o Peru, debaixo de um dilúvio, só poderia ter sido obra de um jogador com a vivência dele.

Um homem de bom coração, simples, que tenta, a todo momento, ser uma pessoa comum, que faz o seu trabalho com prazer. E acaba levando alegria a milhões. Este é Palermo. O super-herói que superou lesões, a morte de um filho recém-nascido, questionamentos quanto a seu rendimento, marcando gols. Os gritando como se quisesse exortar da alma as suas angústias.

Além dos 218 gols, Palermo é o maior artilheiro do Boca Juniors em partidas internacionais. Ninguém marcou mais do que ele também na Bombonera. Parabéns Palermo, nós o saudamos!

Só para registrar, Vélez Sarsfield e Boca Juniors empataram em 4 a 4. O gol histórico foi o terceiro e nasceu numa jogada genial, mais uma, de Riquelme. Palermo completou de cabeça para as redes. Para tornar o feito mais folclórico, o atacante ainda perdeu um pênalti, defendido por Montoya. Quem importa? Palermo é Palermo.
Por Raphael Martins

Sede por polêmica

Chega a ser cruel toda essa polêmica criada em torno da foto em que o menino Wellington Silva, do Fluminense, veste a camisa do Flamengo. Cruel porque após estrear pela equipe profissional do Flu, no Maracanã, com a camisa 10, jogar bem e marcar um gol, Wellington deixou no vestiário as frases feitas e a falsa emoção para ser o que ele realmente é: um menino de 17 anos. E como tal, chorou. Um choro sincero, emocionado, de alguém que teve que batalhar muito na vida para conseguir chegar ali, naquele momento especial.

Pois bem. Há prova maior de amor a um clube do que o choro de alegria ao realizar o sonho de entrar em campo trajando a camisa que defende desde criança? Será que o simples fato de vestir uma camisa de um rival é o suficiente para tentar se criar uma polêmica às custas da ingenuidade de um adoslescente? Por que, ao invés de insistir em algo tão superficial, os jornais não vão investigar e buscar as razões para um número cada vez maior de jovens cada vez menores estarem sendo negociados para o exterior?

Não sejamos hipócritas. TODOS os jogadores de futebol têm um time de coração, é natural. Assim como todo jornalista o tem também. É impossível gostar de futebol e não ter uma paixão clubística, pois uma está intimamente ligada a outra. E se Wellington Silva realmente fosse rubro-negro quando mais novo? Isso faz dele um traidor do Tricolor? Junior e Andrade, ídolos eternos do Flamengo, admitiram que, quando crianças, torciam para Fluminense e Botafogo, respectivamente. E isso não os impediu (pelo contrário) de fazer história por um rival. Portanto, deixem o Wellington Silva em paz, fazendo o que sabe e vamos apreciar seu futebol, até porque teremos pouco tempo para isso, já que em 2011 seu destino será a Inglaterra.

terça-feira, 2 de março de 2010

Poucas ideias, poucas conclusões

Faz tempo que não me empolgo com amistosos da Seleção. Assisto-os somente porque são jogos da Seleção Brasileira e preciso saber como anda o time, ainda mais neste, que foi o último encontro antes da Copa do Mundo. Pois bem. A partida contra a Irlanda foi igualzinha a todos as outras do Brasil em amistosos nos últimos anos: a equipe de Dunga joga mal na primeira etapa, movimentando-se pouco, parecendo estar desisteressada no jogo, faz um gol e vai para o intervalo com uma vantagem mínima. No segundo tempo melhora um pouco e cria chances até fazer o segundo. Ai para e começa a tocar a bola querendo que o árbitro encerre o confronto.

O jogo de hoje acrescentou pouco às convicções de Dunga. O time titular da estreia diante da Coreia do Norte deve ser o mesmo que iniciou hoje, só que com Luis Fabiano com a 9, na vaga de Adriano (que, aliás, não foi muito bem). Outra mudança pode ser a entrada de Daniel Alves no lugar de Ramires, na meia direita. Seria minha escolha, já que a fase do jogador do Barcelona é excelente e hoje foi novamente comprovada. Depois que Dani entrou, o time ganhou muito mais disposição, criou mais chances. Essa dupla Daniel Alves/Maicon tem tudo para dar certo. Vamos ver como fica.

No mais, acho que o único que estava ali para carimbar o passaporte era Michel Bastos e ele foi bem. Não foi uma maravilha de lateral, mas não comprometeu na defesa e se fez presente em alguns lances ofensivos. Pela falta de opções, deve ser o titular na Copa. O outro da posição eu não sei. Pode ser Kléber, pode ser André Santos. Gilberto não acredito. Ele estava no banco hoje, mas não entrou. Não consigo ver o Dunga, sempre tã0 "coerente", colocando o cruzeirense no grupo sem ter atuado ao menos um jogo na posição. Mas ao mesmo tempo, trata-se de alguém experiente, que inclusive disputou a Copa de 2006.

Ou seja, resumindo o jogo de hoje, poucas conclusões, mas uma importante. O grupo da Copa é esse, com pouquíssimas, talvez uma ou duas, alterações. E outra, Daniel Alves tem que ser o titular na direita. Pelo bem do Brasil e do treinador.