
Na partida contra os hondurenhos, Del Bosque promoveu modificações em relação ao time que foi derrotado pela Suíça. Iniesta saiu para a entrada de Fernando Torres e Jesus Navas, que entrara muito bem na estreia, roubou a vaga de David Silva. É difícil dizer se as alterações deram resultado, já que o adversário não ofereceu grande resistência. Mas alguns pontos valem ser ressaltados. Torres está sem ritmo de jogo, sem tempo de bola. Isso ficou claro nos gols que o atacante do Liverpool perdeu, vários deles feitos. Mas o Niño é titular da seleção e sua escalação, inclusive, facilitou o trabalho do companheiro de ataque David Villa, que jogou aberto pela esquerda, partindo pra cima dos defensores. O novo jogador do Barcelona marcou dois gols (o primeiro deles um golaço) e ainda perdeu um penalti.
Já a entrada de Jesus Navas aumentou a velocidade da Espanha. David Silva é mais meia, tem um toque refinado, mas prende mais a bola do que Navas, que atua como um autêntico ponta-direita. Diante de equipes mais fechadas, essa boa opção pelos lados do campo com certeza ajuda a furar a retranca adversária. Vamos ver se na partida contra o Chile, líder do Grupo H, Del Bosque mantém a mesma formação.
Esse confronto contra o Chile, aliás, é muito perigoso. Isso porque para aos chilenos basta o empate não só para se classificar, como para garantir o primeiro lugar da chave. Aos espanhois só a vitória interessa, já que na outra partida não acredito que a Suíça vá encontrar dificuldades para vencer Honduras. Claro que a Espanha tem um time superior à seleção chilena, mas numa Copa com tantas zebras, não vou me surpreender se a Fúria ficar mais uma vez pelo caminho. Mas espero que isso não aconteça, porque quero ver bons jogos nas fases finais.