segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Para a história

Depois de uma semana, estou de volta e logo com um baita jogão pra comentar. Que partidasso esse Fla x Flu! Aliás, ouso afirmar que todo clássico entre essas duas equipes é garantia de bom futebol e emoção. E neste domingo não foi diferente. Cada time jogou com perfeição durante 45 minutos. Nos iniciais, só deu Fluminense, com um toque de bola envolvente, rápido e uma marcação precisa. Vendo a partida, comentei com um amigo que parecia que o Tricolor tinha 20 jogadores em campo, tamanha a superioridade. Porém, a quantidade de gols perdida pelos jovens (e ótimos) atacantes das Laranjeiras, na minha visão, fez com que a vantagem de 3 a 1, que parecia praticamente consolidar a vitória do Flu, se transformasse em algo facilmente alcançado. Claro que não era pra ser, mas a exibição do Flamengo na segunda etapa passou a impressão de que foi tranquilo virar o jogo.

Andrade fez o que tinha que fazer. Tirou de campo dois jogadores que estavam muito mal, lentos e que por isso deixavam o time previsível. Em seus lugares colocou dois atletas que mudaram o rumo da partida. Willians, com seu pulmão de maratonista, é titular absoluto e sua presença é fundamental no equilibrio defensivo da equipe. Mas quem me chamou a atenção mesmo foi Vinícius Pacheco. Sempre fui descrente em relação a este jogador. Até me surpreendi quando no começo da temporada ele foi reaproveitado no elenco, ganhando, inclusive, oportunidades entre os 11 iniciais. Porém, Vinícius vem provando neste início de ano que tem o seu valor. No Fla x Flu ele fez sua melhor atuação com a camisa do Flamengo, desde quando subiu para os profissionais, lá em 2005, 2006. Criou inúmeras jogadas pelo lado direito e teve participação direta em 3 dos 4 gols que saíram depois que entrou em campo. E claro que não poderia deixar de falar da dupla de ataque rubro-negra. Vágner Love e Adriano deram um bico na desconfiança e a cada jogo estão se entrosando ainda mais. Nesse ritmo vai ficar difícil de segurar a artilharia da Gávea.

Apesar da épica vitória, os erros defensivos da equipe não podem ser mascarados. Os 9 gols sofridos em 5 partidas têm de servir para deixar Andrade preocupado. É inadmissível que uma defesa campeã brasileira seja vazada tantas vezes. Álvaro, expulso pela segunda vez no ano, e Angelim não estão bem e os volantes ainda encontram dificuldades na hora de fechar o meio-campo. Nada que alguns treinamentos não resolvam.

No entanto, quando tudo parecia flores, eis que surge um princípio de crise. Não adianta. Flamengo é e sempre será assim. Não vou puxar a sardinha nem para o lado do Pet nem para o do Marcos Braz. Os dois tiveram e têm fundamental importância. Mas essa história está muito esquisita. Prefiro esperar que ela se esclareça mais para poder tecer comentários mais consistentes, porém acredito que o melhor para todos seria um pedido de desculpas do sérvio, por seja lá o que ele tenha feito (e alguma coisa ele fez, porque o Love, em entrevista ao Sportv, criticou o comportamento do companheiro), e a sua imediata reintegração ao elenco. Quem perde com essa briga é só o clube, que vê um dos seus maiores ídolos ir embora pela porta dos fundos.