segunda-feira, 13 de julho de 2009

PASSANDO A BOLA - MESA REDONDA

Está no ar a sétima edição do nosso programa. O Passando a Bola - Mesa Redonda chega para debater a difícil situação de alguns dos principais técnicos da Série A, a grande decisão do meio de semana, entre Cruzeiro e Estudiantes na Libertadores, e os destaques da décima rodada da Série A do Brasileirão. Lembrando que o programa foi gravado na manhã desta segunda-feira, portanto, antes das demissões de Parreira e Vágner Mancini dos comandos de Fluminense e Santos, respectivamente. Aproveitem!





RESULTADO DA PROMOÇÃO - KIT PETKOVIC

Olá blogueiros! Depois de uma semana de promoção, chegou o dia de anunciar o vencedor da camisa do Petkovic. Queria agradecer aos blogueiros que entraram no blog e deixaram seus comentários. Continuem ligados no Passando a Bola, porque outras promoções serão feitas. Um abraço em nome de todos que colocam esse projeto no ar.


O segredo do Vitória de Carpegiani

Além do empate entre São Paulo e Flamengo, a 10ª rodada do Brasileirão teve mais 6 partidas neste domingo, com destaque para o massacre do Vitória sobre o Santos, 6 a 2, no Barradão. A equipe de Paulo César Carpegiani segue realizando excelente campanha. Está na 3ª colocação, com 19 pontos, muito em função do excelente desempenho em casa. São 5 jogos e 5 vitória, 100% de aproveitamento! Se o Rubro-Negro fosse um pouquinho melhor longe de seus domínios, poderia estar até na liderança do campeonato. A campanha deste ano lembra muito a do ano passado, quando nas 10 primeiras rodadas o clube tinha somado 20 pontos. O placar ficou barato pro Santos, pois o Vitória teve inúmeras oportunidades de marcar, além dos 6 gols que fez. Com 27 minutos, o jogo já estava 4 a 0. Roger foi o grande nome da partida, com 2 gols e uma assistência. Ele se juntou a Felipe, do Goiás, na artilharia do campeonato, com 7 gols.

O segredo do trabalho de Carpegiani está na mescla entre experiência e juventude. A mistura de jogadores renegados em outros clubes com jovens formados na base vem dando resultado. Dos 31 atletas do elenco, 17 são formados no Vitória e dos 11 titulares no triunfo diante do Santos, 6 são da casa, incluindo o trio de zagueiros (Victor Ramos, Anderson Martins e Wallace), responsável pela segunda melhor defesa do campeonato, ao lado do Grêmio, com 10 gols sofridos. Wallace, inclusive, tem uma das menores médias de falta na competição. Cometeu apenas 6 em 10 partidas. O esquema 3-6-1 dá equilibro à equipe e o terceiro melhor ataque (atrás apenas de Atlético-MG e Barueri), com 20 gols, prova isso. O curioso é que três jogadores dispensados pelo Fluminense são titulares absolutos do time baiano: Leandro, Leandro Domingues e Roger.

Já o Santos segue em má fase. Venceu apenas uma nas últimas seis partidas e Vágner Mancini corre riscos de demissão. Gente ligada ao presidente Marcelo Teixeira garante que Muricy Ramalho já foi procurado. Vanderlei Luxemburgo corre por fora.

Rapidinhas de domingo:
- Assim como o Santos, o Fluminense também vive péssimo momento. O Tricolor não vence desde 7 de junho (1 a 0 no Botafogo) e entrou na zona de rebaixamento (18º, com 10 pontos) após perder para o Santo André, por 1 a 0, no Engenhão. A vitória do time do ABC foi justa e fez a torcida tricolor pedir a cabeça de Parreira. O treinador, aliás, não realiza um bom trabalho desde 2002, quando dirigiu o Corinthians campeão da Copa do Brasil. E deixa os torcedores ainda mais irados quando diz toda entrevista que a equipe está em formação, que perder é natural e tudo mais. Ora, estamos no segundo semestre e Parreira ainda não encontrou o jeito certo de se jogar? Só pode ser brincadeira. O Fluminense tem o pior ataque do campeonato, com apenas 8 gols marcados. Nos bastidores das Laranjeiras, o nome de Muricy Ramalho já está sendo especulado. Na próxima rodada encara o Internacional no Beira-Rio, numa partida em que o treinador perdedor deverá ficar desempregado.

- Isto porque o Colorado voltou a ser derrotado, desta vez para o Atlético-PR, por 3 a 2, na Arena da Baixada. Apesar da vice-liderança, o Inter não está num bom momento. Perdeu dois títulos nas duas últimas semanas e, nos meses de junho e julho, venceu apenas duas vezes em 10 jogos disputados. Tite está ameaçado de demissão e Muricy Ramalho (olha ele aí de novo!) é o principal nome para substituí-lo. Luxemburgo corre por fora. No Furacão, Waldemar Lemos fez o time melhorar bastante e deixar a zona do rebaixamento. O treinador assumiu o clube há 5 jogos e venceu três, com um empate e uma derrota. No entanto, o Atlético-PR tem a pior defesa do Brasileirão, com 21 gols sofridos, ao lado do Náutico.

- O xará mineiro do Furacão voltou à liderança depois de vencer o clássico diante do Cruzeiro por 3 a 0. De quebra, derrubou o tabu de 12 jogos sem derrotar seu maior rival, o que não acontecia desde 29/04/2007 (4 a 0 na final do Campeonato Mineiro). Está certo que o time celeste jogou com um time praticamente todo reserva, de olho na final da Libertadores, e que teve um jogador expulso com incríveis 7 segundos de partida - a expulsão mais rápida da história do futebol brasileiro-, mas o Galo mereceu vencer. Junior voltou ao meio-campo e deu mais qualidade no passe da equipe, que tem o melhor ataque, com 23 gols, além de dois vice-artilheiros, Diego Tardelli e Éder Luis, com 6 gols cada. O Cruzeiro é o 16º, com 10 pontos, mas tem a desculpa de estar concentrado em outra competição.

- O Grêmio conquistou excelente vitória por 3 a 0, diante do Corinthians, no Olímpico. O resultado é ainda mais expressivo pelo fato de que o time paulista não perdia com o que tinha de melhor para pôr em campo desde 29 de abril (3 a 2 para o Atlético-PR, pelas quartas de final da Copa do Brasil). Aliás, foi a primeira derrota por mais de 2 gols de diferença de Mano Menezes no comando do Timão. O curioso é que os três gols gremistas foram anotados por jogadores que foram titulares apenas porque os verdadeiros donos da posição não puderam jogar: Rafael Marques, Jonas e Alex Mineiro, este que não marcava há 3 meses.

EMPATE COM GOSTO DE DERROTA

A missão do Flamengo neste domingo na capital paulista não era das mais fáceis. O time carioca tinha pela frente um São Paulo que atuava no Morumbi e tinha a obrigação de vencer, já que se encontrava do lado de baixo da tabela. Para completar, o Rubro-Negro chegou para o confronto com cinco desfalques (Juan, Kleberson, Emerson, Toró e Airton), sem contar na ausência de Ibson, que voltou ao Porto. Por isso, Cuca teve que fazer algumas improvisações. Mas o que parecia anunciar uma tarde de derrota garantida, mostrou-se uma partida totalmente a favor do Flamengo.

Logo no início do jogo, um erro bisonho do goleiro Denis colocou os cariocas na frente. O arqueiro chutou errado, a bola sobrou para Adriano, que rolou para Fierro marcar sem goleiro. Um a zero no placar e jogo na mão do Flamengo. Nos minutos seguintes, o Imperador perdeu um gol feito, na marca do pênalti. Mesmo jogando mal, o São Paulo achava alguns espaços na defesa do Flamengo. E em um desses, o meia Marlos recebeu na ponta-esquerda e centrou na área. Welinton não acompanhou e Borges, oportunista, chegou batendo sem chances para Bruno. Empate e promessa de jogão. Ao invés de perder o controle, o Fla continuou marcando em cima e roubando muitas bolas. Depois de retomar a posse de bola, Everton lançou Adriano, que foi com tudo para cima da defesa são-paulina e sofreu pênalti do zagueiro Renato Silva. O próprio Imperador bateu e converteu, mas não comemorou em homenagem ao clube onde jogou no ano passado.

A partida que parecia ser um bicho de sete cabeças, pela força e necessidade de recuperação do adversário e pelos desfalques da equipe carioca, se mostrava totalmente a favor no fim do primeiro tempo. Renato Silva levou seu segundo cartão amarelo e foi expulso ainda antes do intervalo. Porém, no lugar de pressionar o adversário em menor número, o Flamengo se acomodou e perdeu a pegada da primeira etapa. Mesmo assim o Tricolor Paulista não ameaçava. O jogo foi ficando chato e a queda física de alguns jogadores do Flamengo ficou clara. O técnico Cuca se movimentou no fim do segundo tempo e colocou Erick Flores, Jorbison e Petkovic.

As mudanças até deram um gás no Fla, mas a equipe falhou na finalização. No lado paulista, Ricardo Gomes colocou Eduardo Costa e Jorge Wagner e sinalizou um jogo duro no meio e a aposta na bola parada. E essa aposta foi bem recompensada. No fim da partida, o zagueiro Miranda foi levando a bola e só foi parado na entrada da grande área. O lance foi muito questionado pelo Flamengo, que reclamou que a falta ocorreu fora da área. Jorge Wagner não quis nem saber e converteu a penalidade. O novo empate deixou um gostinho de derrota para o Rubro-Negro, que quase voltou a ficar na frente nos acréscimos, com o jovem lateral-esquerdo Jorbison, que perdeu um gol sem goleiro. Depois ainda teve um pênalti não marcado pelo árbitro Ricardo Marques em cima de Washington, que revoltou o atacante e o técnico Ricardo Gomes.

Para o Flamengo fica o conforto de saber que mesmo sem seis titulares, o grupo deu conta do trabalho. Para o São Paulo fica o alerta! O time está sem a competitividade dos outros anos e sem ela ficará difícil chegar ao título novamente. Porém, a reação com um jogador a menos e a disposição apresentada no segundo tempo servem de alento para os torcedores.