domingo, 5 de julho de 2009

Rapidinhas do Domingo - Inter é líder

Pessoal, a partir deste domingo as Rapidinhas do Domingo vão ser sempre separadas da crônica principal. Acho que facilita para ler. Aproveitem!

O Inter se recuperou da ressaca da perda da Copa do Brasil e reassumiu a liderança do Brasileirão. O Colorado foi até Recife e bateu o Náutico por 2 a 0, com justiça. Nilmar, mais uma vez, foi o destaque, marcando duas vezes - uma delas em impedimento. Com o empate do Atlético-MG diante do Botafogo, os gaúchos foram os únicos a chegar a 20 pontos. A liderança do Inter é ainda mais importante por um motivo: prova como é fundamental ter um bom elenco para conseguir fazer uma boa campanha na Série A. Das nove rodadas disputadas até agora, somente em três todos os titulares colorados disponíveis foram ao campo. Dos 20 pontos, 13 foram ganhos por times mistos. Ou seja, a equipe de Tite fez o dever de casa com louvor. Vamos ver se consegue se manter no topo, já que pode perder alguns nomes na janela. O Náutico corre riscos. Depois de um bom início, o Timbu acumula 5 derrotas consecutivas, sendo 4 delas com Márcio Bittencourt. Ele ainda não somou pontos no comando do Alvirrubro.

O Grêmio também venceu e mostrou que já nao sente a eliminação da Libertadores. Fez 4 a 1 no frágil Atlético-PR, com boas atuações da dupla de ataque argentina Maxi López e Herrera. Eles fizeram dois gols cada um. O Tricolor Gaúcho tem time para brigar na parte de cima da tabela. O Atlético, por sua vez, é o oposto. A equipe é fraca e precisa de reforços, senão vai ficar complicado escapar novamente do rebaixamento. Das nove rodadas, o Furacão esteve entre os quatro piores em oito.

O São Paulo segue com sua irregularidade, característica em 2009. Até ano passado, o Tricolor Paulista sempre teve o seguinte lema: "joga mal, mas vence". Este ano, porém, a máxima não pode ser aplicada. A equipe, agora comandada por Ricardo Gomes (que a mim não convence), voltou a perder, agora para o Coritiba, 2 a 0, na capital paranaense. Com 10 pontos em nove jogos, o São Paulo tem o seu pior começo de Brasileiro na Era dos pontos corridos. São apenas 2 vitórias, com 4 empates e 3 derrotas. O time não vence fora de casa há 9 jogos, desde 25/03, quando derrotou o Noroeste, por 2 a 1. É claro que o São Paulo pode reagir, tem até jogadores para isso. O problema é que este ano a equipe ainda não convenceu. Tem a seu favor o fato de que por vezes começou mal o campeonato e depois foi campeão. Veremos. O Coritiba, após péssimo começo, no qual foi lanterna, parece dar sinais de recuperação. Nas últimas quatro rodadas venceu três jogos. Tem bons jogadores, principalmente na frente, que podem fazer o time não brigar pelo rebaixamento. É um time que vai ser difícil de ser batido no Couto Pereira.

Obina dez dois gols e o Palmeiras derrotou o Avaí com autoridade, por 3 a 0, na Ressacada. O atacante chegou aos 5 no campeonato em 5 jogos, ou seja, média de 1 por jogo pro Anjo Negro, que reencontrou o bom futebol em outro clube. Vamos ver se é fase ou se Obina está de volta. O Palmeiras é o quarto, com 16 pontos. O Avaí até tentou, criou chances no segundo tempo, mas esbarrou no goleiro Marcos. A situação dos catarinenses é preocupante, pois eles terminam a rodada na lanterna, com 7 pontos, perdendo para o Botafogo no saldo de gols. Só venceu uma vez - o Fluminense, com gol aos 47 do segundo tempo. O elenco é fraco e vem perdendo peças. Para mim, é sério candidato ao rebaixamento.

Felipe voltou a marcar e deu a vitória ao Goiás diante dos reservas do Cruzeiro, por 1 a 0, no Serra Dourada. Com isso, chegou aos 7 gols e é o novo artilheiro do Brasileirão. O Esmeraldino faz boa campanha e é o sétimo, com 14 pontos. É um time difícil de ser derrotado, não perde há 6 jogos. Já o time mineiro está mal, mas tem a desculpa (bastante compreensível) de estar focado na final da Libertadores. Está na 13ª posição, com 10 pontos. O problema de ficar para trás vem se perder o título sul-americano. Mas o Cruzeiro tem time para se recuperar.

Vélez Sarsfield é campeão do Clausura em uma final tipicamente argentina

O Campeonato Argentino conheceu o seu campeão do Clausura 2009 neste domingo, quando o Vélez Sarsfield bateu por 1 a 0 o surpreendente Huracán, que chegou como líder na última rodada, precisando apenas de um empate. Jogando em casa, o Vélez teve que suar para conseguir o gol aos 38 minutos do segundo tempo, depois de um jogo cercado de muita confusão e polêmica, tipicamente argentino.

Com 38 pontos, o Huracán chegou para jogar a 19ª rodada justamente contra o vice, com 37, o que dava ao jogo ares de final de campeonato. Foram precisas exatas três horas de jogo para que fosse conhecido o campeão. Acreditem, aconteceu de tudo no estádio José Amalfitani.

Para o texto não ficar muito longo vou tentar resumir o primeiro tempo, que durou 71 minutos. O jogo começou morno e aparentemente tranquilo, até que começaram a surgir os gols anulados, três ao todo e um mal anulado do Huracán, já que Eduardo Dominguez, estava na mesma linha na hora do passe que originou a sua cabeçada para o gol.

Uma bola na trave para cada lado. Um pênalti perdido pelo Vélez e, na sequência, uma bola tirada em cima da linha pelo zagueiro do Huracan. E não podemos esquecer que, além disso tudo, o primeiro tempo ficou parado 26 minutos porque caiu granizo depois de um temporal. E não eram pedrinhas não, tinham bolinhas de golf caindo do céu.

Depois deste simples primeiro tempo, a etapa final começou com o Huracán um pouco mais recuado, depois de jogar de igual para igual e criar boas chances antes do intervalo. O jogo também ficava mais pegado, com entradas muito duras que, já que é na Argentina, o juiz ignorava. Aos 28 minutos, o atacante do Huracán teve a chance de matar o jogo quando entrou livre com a bola dominada na perna esquerda. Só que demorou tanto para concluir que chegaram dois marcadores para cortar a tempo.

Aos 38, começou toda a confusão. A bola foi lançada para dentro da área do Huracán, Larrivey chegou de carrinho para dividir com o goleiro Monzón e cometeu a falta, mas o árbitro mandou seguir. Então, Maximiliano Moralez pegou o rebote, com o goleiro caído, e tocou para o gol aberto. Torcida enlouquecida e muita comemoração, que durou longos três minutos, já que Moralez tirou a camisa na comemoração e seus companheiro sumiram com ele para evitar o segundo cartão amarelo. Depois de aparecer devidamente vestido o juiz o expulsou.

A bola voltou a rolar e, menos de um minuto depois, já que não conseguiram sumir com um jogador, os jogadores do banco do Velez sumiram com a bola que saiu pela lateral e caiu perto deles, assim como todas as outras do estádio, lógico. Depois de incríveis 13 minutos de jogo parado por causa da inaceitável atitude do Vélez, o juiz recomeçou a partida. O Huracán ainda perdeu uma chance inacreditável no último lance, em cima da linha, que Montoya defendeu com a ponta dos dedos.

Antes do apito final ainda deu tempo para a tradicional briga, que terminou com o zagueiro Sebá Domingues, aquele do Corinthians, sair de campo completamente ensanguentado depois de levar um soco. Até os 38 minutos do segundo tempo, o Huracán não esboçou nenhum sinal de cera e jogou limpo o tempo todo. Mesmo assim tiveram que sofrer com a falta de educação e de respeito dos jogadores adversários. O placar acabou mesmo em 1 a 0 para o Vélez, que conquistou o seu oitavo Campeonato Argentino e garante lugar na próxima Libertadores de 2010. Mas, diga-se de passagem, que conquista manchada. Ao Huracán não restou muita coisa, já que nem vaga no torneio continental vice lá tem direito.

Rapidinhas argentinas:

Que futebol confuso. Gosto do estilo de jogo dos argentinos, que, assim como nós, têm um jeito muito característico de jogar. Mas precisava a organização do futebol estar tão decadente. O jogo já começa com 16 minutos de atraso. As bolas somem por treze minutos! Sem falar do formato do Campeonato nacional, que na verdade são dois. Do Clausura, no primeiro semestre, sai um campeão. E do Apertura, na segunda metade do ano, sai outro. Ou seja, dois campeões por ano, que não se encontram para fazer um jogo extra. As vagas para a Libertadores e o rebaixamento são definidas através de um cálculo complicado que leva em consideração a campanha dos últimos anos de cada time. Pra fechar, a tradicional cena dos torcedores arrancando as roupas dos jogadores. Enfim, tudo muito confuso. Se estamos muito atrás dos europeus, estamos muito à frente dos argentinos em termos de organização.

Clássico alvinegro decepciona no Mineirão

Não foi um bom jogo no Mineirão. Diante de 48 mil pessoas, Atlético-MG e Botafogo até que começaram bem, mas depois o jogo ficou muito truncado (foram 59 faltas no total e o tempo de bola parada superou o de bola rolando) e as carências de ambas as equipes vieram à tona. No final, o empate em 1 a 1 foi justo, mas ruim para os dois. O Galo perde a liderança para o Inter e agora é o segundo, com 18 pontos. Já o Botafogo contou com a incompetência do Avaí, que foi goleado em casa pelo Palmeiras, e deixou a lanterna mesmo sem vencer. É o penultimo, com 7 pontos.

Ney Franco decidiu mudar o Botafogo depois de levar oito gols em dois jogos. Deixou de lado o 4-4-2 para escalar o time no 3-6-1. Aproveitou o fato de jogar fora de casa, contra o líder (e favorito) para povoar o meio-campo e tentar conter a velocidade do time mineiro. A ausência de Victor Simões também motivou o treinador alvinegro a escalar somente um atacante (Jean Coral). No Atlético, Celso Roth não contou com Werley, Thiago Feltri e Evandro, os três suspensos. Alex Bruno entrou na zaga, Junior voltou a jogar na lateral-esquerda e Renan Oliveira estreou com a camisa do Galo em 2009, depois de várias lesões.

A tática carioca deu certo nos primeiros 10 minutos. Os seis homens no meio faziam o time de Ney Franco ficar com a posse de bola, mas a falta de criatividade dos jogadores não ajudava e poucas chances foram criadas. Aos poucos o Atlético melhorou e começou a buscar o ataque, principalmente com os avanços de Carlos Alberto pelo lado direito. Aos 13, Welton Felipe, impedido, escorou falta cobrada por Junior e marcou, mas o árbitro Sálvio Spínola anulou corretamente. Um minuto depois, porém, o Galo abriu o placar. Carlos Alberto foi na linha de fundo e cruzou. Éder Luis, com 1,69m, subiu mais do que a zaga e fez 1 a 0.

Depois do gol, o time mineiro inexplicavelmente parou. O Botafogo cresceu na partida, mas só conseguia assustar a meta de Aranha em faltas cobradas de longa distância por Juninho - aliás, a única jogada que parece dar certo na equipe do Rio. E foi exatamente assim que o empate surgiu. O capitão alvinegro acertou um chute com perfeição, sem chances para o goleiro atleticano: 1 a 1. O gol fez os comandados de Ney gostarem da partida e Alessandro perdeu oportunidade incrível, de frente para Aranha. Se os jogadores responsáveis pela criação do Botafogo estivessem jogando bem, talvez a virada pudesse ter ocorrido. Mas Lucio Flavio, Renato e Batista estiveram sumidos, mais uma vez. E o primeiro tempo ficou nisso.

No intervalo, Roth tirou Renan Oliveira, fora de ritmo e mal no jogo, colocando Júlio César em seu lugar. Depois, Marcos Rocha entrou na vaga de Renan e foi jogar na lateral-esquerda, com Junior indo atuar no setor de armação. Ney também tentou deixar a equipe mais ofensiva, com Tony no lugar de Renato. Mas as alterações não surtiram tanto efeito e a partida ficou sem graça, com muitas faltas e passes errados. Nos acréscimos, o Atlético teve chance para marcar o gol da vitória com Tardelli, mas Castillo fechou bem o ângulo. No contra-ataque Alessandro recebeu livre, na marca do penalti, mas conseguiu chutar em cima da zaga.

Na próxima rodada o Atlético faz o clássico contra o Cruzeiro, provavelmente com os reservas, preocupado com a decisão da Libertadores. Já o Botafogo viaja até Florianópolis, onde encara o Avaí, no jogo dos lanternas.

SORIN DESEJA VOLTAR PARA O ARGENTINOS JRS.

Segundo o site Pasion Paternal, o lateral-esquerdo Juan Pablo Sorin, atualmente no Cruzeiro, pode deixar o clube brasileiro e ir defender as cores do Argentinos Juniors no próximo Torneio Apertura. Segundo o mesmo site, o jogador, de 33 anos, deseja encerrar a carreira no clube em que é torcedor. Sorín deixaria a Raposa após a final da Copa Libertadores e fecharia um contarto de seis meses com o Bicho, se apresentando ao clube argentino durante sua pré-temporada, no Chile.

O próprio Sorín teria ligado para um dirigente do Argentinos Juniors e propôs um acordo. Os dirigentes do clube de La Paternal viram com muito entusiasmo o desejo do lateral-esquerdo e o técnico Claudio Borghi aprovou sua chegada. Após temporada desastrosa, em que terminou como a pior equipe da primeira divisão do futebol argentino (somando-se as pontuações do Apertura e do Clausura) e último no Clausura, o Argentinos Juniors busca reforços. Na próxima temporada, o time de La Paternal vai ter que fazer uma boa campanha para evitar o rebaixamento.

Enquanto Sorin não chega ao Argentinos, a equipe jogou neste sábado contra o San Lorenzo, no Nuevo Gasómetro, e perdeu. O Cuervo aplicou 3 a 0, dois gols de Lavandina e um de Torres.


Por Raphael Martins

O que vale são os três pontos

Não foi uma boa atuação do Flamengo, mas a vitória por 2 a 1 sobre o Vitória, no Engenhão, foi de extrema importância pro clube por dois motivos: o primeiro foi o fato do time carioca figurar entre os 4 melhores do campeonato (4º, com 14 pontos), mesmo que neste domingo possa ser ultrapassado, dependendo dos resultados da rodada. Em segundo lugar porque o Rubro-Negro Baiano é adversário direto na parte de cima da tabela (é o 3º colocado com 16 pontos). Juan e Emerson marcaram para o Flamengo, enquanto Roger descontou para o Vitória.

A grande novidade no time de Cuca era a volta de Kléberson, depois de mais de um mês longe servindo a Seleção. E o jogador mostrou porque é titular no meio-campo. Sua presença dá outra dinâmica ao time. O volante tem muita qualidade no passe, visão de jogo, usa bem as duas pernas, ou seja, com ele em campo, o Flamengo cria muito mais. Tá certo que nos primeiros 10 minutos os visitantes dominaram as ações, com os cariocas "presos", sem movimentação. A tônica do jogo só começou a mudar depois que Toró sentiu problema na coxa e foi substituído por Éverton. Com o camisa 22, o Rubro-Negro do Rio passou a jogar mais no ataque, ficou com a posse de bola e foi atrás do gol. Juan era a principal opção pela esquerda, mas, mesmo assim, era perseguido injustamente pela torcida, em função de alguns erros que cometeu. E foi o lateral-esquerdo que acabou abrindo o placar, após concluir de primeira lindo lançamento de Kléberson. Juan, em protesto, não comemorou. Já está na hora dos torcedores pararem de pegar no pé dele! Claro que Juan não está na sua melhor fase, mas continua tendo inegável importância na equipe.

A segunda etapa começou igual à primeira. Só que desta vez o Vitória chegou ao gol. Apodi (um dos melhores do time baiano) cruzou e Roger subiu mais que Angelim e Williams para empatar. O time continuava a errar muito, irritando a torcida. Então Cuca resolveu deixar a equipe ainda mais ofensiva. Tirou Juan, passou Éverton para a ala-esquerda e lançou Zé Roberto. E ele não decepcionou. Visivelmente mais magro, buscou o jogo o tempo todo e alterou o ritmo do ataque. Com isso, o Flamengo não demorou a retomar a vantagem. Depois de passe de Adriano, a zaga se atrapalhou e a bola sobrou limpa para Emerson marcar o quarto gol dele no Brasileirão. Zé Roberto ainda fez bela jogada pela esquerda e sofreu penalti. Ibson pediu para bater, mas cobrou mal e Viáfara pegou. No rebote, Léo Moura acertou o travessão. Daí até o final, foram poucas as oportunidades, tirando uma falta cobrada por Leandro Domingues nos acréscimos que tirou tinta da trave de Bruno.

Resultado importante pelos três pontos, mas o Flamengo precisa melhorar. Na próxima rodada encara o São Paulo, no Morumbi, com 3 desfalques que farão falta. Ibson, Kleberson e Emerson não jogam. O primeiro, inclusive, pode ter feito sua última partida pelo clube, já que seu contrato se encerra neste domingo e o Porto não parece propenso a aceitar a proposta rubro-negra pelo jogador. Já os outros dois estão suspensos. Fierro, Zé Roberto e Éverton são os prováveis substitutos.

Rapidinhas do sábado:
- Sem Pedrão, que foi para os Emirados Árabes, o Barueri cansou de perder gols e sofreu o empate do Santo André, em 1 a 1. Com isso, deixou de ganhar sua quarta partida consecutiva e saiu do G4. Mas o time do ABC foi prejudicado com um gol mal anulado no primeiro tempo.
- Emerson Leão reclama das arbitragens, mas deveria mesmo é arrumar o Sport, que voltou a perder, desta vez para o Santos. O time pernambucano é o 15º, com 8 pontos, mas pode terminar a rodada na zona de rebaixamento. Decepcionante, principalmente depois do belo início de ano que o Sport teve. Já o Santos segue sem convencer e precisa agradecer aos garotos Neymar e Paulo Henrique, responsáveis diretos pelo gol da vitória.