domingo, 6 de setembro de 2009

Dupla Fla-Flu proporciona show de horrores

Antes de mais nada, peço desculpas por não ter escrito nada sobre as partidas de sábado do Brasileirão, como sempre faço. Não foi desleixo e sim pura falta de tempo, já que meu ritmo no trabalho está bastante puxado. Por isso não pude acompanhar nenhum dos três jogos, o que me deixou "seco" por um futebolzinho no domingo. No próximo post eu falo um pouquinho sobre o dia de ontem.

Pois bem, como ia dizendo, estava doido para ver uns joguinhos e dei preferência aos times cariocas. Me enganei redondamente. Assisti a autênticas peladas! Repetindo o termo do título, dois verdadeiros shows de horrores! Tanto o Flamengo quanto o Fluminense não jogaram nada e os empates de ambos foram justos pelas regras do futebol. Porque se desse, o justo mesmo seria que Fla, Flu, Atlético-PR e Náutico saíssem derrotados. Vamos aos fatos.

Começando pela partida da Arena da Baixada, onde o Flamengo entrou em campo tentando acabar com um tabu histórico e outro mais recente. O Rubro-Negro só havia derrotado o Furacão fora de casa em Campeonatos Brasileiros uma vez, no longínquo ano de 1974. Desde então foram 14 jogos, com 11 derrotas e 3 empates. Na Arena da Baixada o time carioca nunca tinha vencido, desde a inauguração do estádio, em 1999. De lá pra cá foram nove confrontos, com oito vitórias atleticanas e uma igualdade.

Porém, não foi desta vez que o Flamengo conseguiu deixar a capital paranaense com os três pontos. Isto porque Andrade, a meu ver, escalou mal o time. Preocupou-se mais em não perder do que em ganhar, quando pôs em campo três volantes (Airton, Maldonado e Willians) e não deu liberdade para Léo Moura e Everton subirem. As esperanças caíram em cima de Petkovic, que não jogou nada, e Zé Roberto, que voltou a ser o jogador apagado de toda a temporada. Denis Marques, coitado, ficou isolado na frente e como a equipe não conseguiu trocar um passe sequer, correu de um lado para o outro sem objetividade. Antônio Lopes até que armou o Atlético de forma mais ofensiva, mas como o Furacão tem um time fraquíssimo, o jogo não poderia ter sido pior.

Uma pelada tão chata, que em certos momentos chegou a dar raiva. Só não troquei de canal porque não gosto de deixar de assistir a uma partida no meio. Azar o meu, pois a absoluta falta de qualidade e inspiração de ambos os times continuou durante os 90 minutos. A única chance foi no primeiro tempo, com Alex Mineiro batendo livre para boa defesa de Bruno. Nada mais. Sobraram passes errados, escorregões, chutões pra frente e lançamentos na área sem objetivo. Tanto é que as únicas coisas que chamaram a atenção foram as expulsões. Willians, sempre ele, recebeu vermelho após dar uma cotovelada em Márcio Azevedo. É impressionante o quanto este rapaz não tem cabeça. Sabe jogar, desarma bem, mas é inconsequente. Ás vezes parecer ter sérias dificuldades para pensar. E Antônio Lopes prestou papel de ridículo ao relembrar seus tempos de delegado tentando dar voz de prisão ao assistente Altemir Hausmann. Uma cena patética.

Patética como foi o jogo. O placar zerado foi injusto. O certo seria -5 a -5. E o tabus continuam...


No Maracanã o jogo foi tão ruim quanto, mas pelo menos tiveram dois gols. A torcida do Fluminense fez a sua parte e compareceu em bom número. Apoiou o time e os jogadores se esforçaram. Mas não é de apoio e disposição que o Tricolor precisa. Falta técnica, qualidade, organização dentro e fora de campo. Um exemplo na partida contra o Náutico mostrou isso claramente. Paulo César estreou na lateral esquerda, sendo que o jogador não atuava na posição há anos. Na França ele jogava no meio-campo e às vezes na lateral direita. Ficou evidente a sua dificuldade na hora de chegar na linha de fundo, sempre tendo que se entortar todo para fazer o cruzamento.

O 1 a 1 com o Náutico deixou o Flu cada vez mais perto da Série B. O Tricolor tem apenas 17 pontos, na última colocação, e o Sport, vice-lanterna, já abriu três pontos (tem 20). A distância para o primeiro time fora da zona de rebaixamento - o próprio Timbu - continua sendo de 8 pontos. O estrago só não foi maior, porque o Santo André levou uma virada do Atlético-MG e permaneceu com 24 pontos. O time carioca está entre os quatro últimos desde a décima rodada e sua campanha é a segunda pior da Era dos Pontos Corridos (desde 2003) . É a pior campanha da história do clube em Campeonatos Brasileiros; nem nos anos de 1996 e 1997, quando foi rebaixado, o aproveitamento foi tão baixo. Segundo o site Infobola, o Fluminense tem 95% de chances de disputar a Segunda Divisão em 2010. Na próxima rodada encara o Botafogo, num clássico que mais do que nunca deve ser considerado como "dos desesperados". Que fase!

Se o empate foi péssimo para o Tricolor, o Náutico tem o que comemorar. O pontinho fez com a equipe chegasse aos 25 pontos e deixasse a zona de rebaixamento depois de 15 rodadas. A equipe de Geninho é limitada, mas vai brigar para não cair. E eu, sinceramente, torço para que o Timbu permaneça, pois é um clube simpático e de muita tradição, que merece estar na Série A.

PASSEIO EM ROSÁRIO

Olá blogueiros! Que vitória foi essa do Brasil em cima da Argentina? E não foi uma vitória qualquer. A seleção venceu por 3 a 1, e, com sobras, garantiu a primeira vaga da América do Sul para a Copa de 2010. O time do técnico Dunga passeou em Rosário e deu aula de objetividade. Luis Fabiano e Kaká jogaram demais e já fazem parte das grandes duplas da história da Seleção. O camisa 10 nem preciso comentar. Já o camisa 9 foi muito questionado quando recebeu essa nova oportunidade com a amarelinha. Todos na época, sem exceção, afirmavam que ele estava esquentando a vaga para Ronaldo e Adriano. Dela pra cá, o Fabuloso conquistou uma regularidade impressionante. Com os dois gols de hoje ele assumiu a ponta da artilharia das Eliminatórias (9 gols em 10 jogos). E não para por aí! Na era Dunga, marcou 19 gols em 21 jogos (média de 0,9 por partida).

Mais uma vez o goleiro Julio César foi perfeito. Evitou pelo menos uns dois gols feitos na pequena área. O camisa 1 vive fase tão favorável, que até nas vitórias fácies, como a de hoje, ele se destaca com grandes defesas. No geral todo o grupo esteve muito bem, principalmente o comandante Dunga. Como tem estrela esse gaúcho! O cara foi o símbolo da derrota na Copa de 90 e na Copa seguinte (94), foi o capitão do Tetra nos Estados Unidos. Agora como treinador, assumiu o cargo mais cobiçado no mundo do futebol sem nunca ter dirigido nem time de pelada. As críticas chegavam como uma avalanche depois de cada empate com seleções medíocres e das poucas derrotas durante a campanha. No fim do ano passado, mesmo depois da conquista da Copa América – 07, a cabeça do técnico era servida em praticamente todas as mesas dos bares do Brasil. Mas nesta temporada, a estrela do capitão do Tetra começou a brilhar. Dunga assumiu a liderança das Eliminatórias, se classificando com três partidas de antecedência e conquistando a Copa das Confederações (dando um baile na Itália).

Além da eficiência na execução de todas as missões até hoje, essa seleção fica marcada como uma destruidora de tabus. Em junho, a seleção brasileira quebrou o tabu de 33 anos sem vitória sobre o Uruguai em Montevidéu ao golear os uruguaios por 4 a 0 (dois de Luis Fabiano - foto) no Estádio Centenário. Neste sábado, foi a vez de Dunga acabar com outra marca idêntica: após 33 anos sem vitórias em jogos oficiais na Argentina, o Brasil bateu o time de Diego Maradona (novamente com dois do Fabuloso) e garantiu a classificação para a Copa do Mundo de 2010. A última vez que a seleção havia derrotado a Argentina em uma partida oficial no país foi em 27 de junho de 76: 2 a 1, com gols de Lula, Zico e Mário Kempes, no estádio Monumental de Nuñez, pela Taça do Atlântico. Depois disso, o Brasil venceu um amistoso em 95 por 1 a 0, com gol de Donizete.

O Brasil é a oitava seleção que garante presença na Copa da África do Sul. As outras são: África do Sul (país-sede), Coreia do Sul, Coreia do Norte, Austrália, Japão e Gana, além da Holanda, único país europeu garantido no Mundial.

Os melhores momentos do grande clássico:


Fonte: Globoesporte.com