
E o caminho pode levar Gana até a semifinal, já que não vejo favoritos no confronto contra o Uruguai. Apesar de achar que os uruguaios têm jogado melhor, passado mais confiança, a equipe africana também tem suas armas. É um time muito rápido, forte fisicamente e bastante organizado. Não tem muitos talentos individuais, o melhor deles é Asamoah Gyan, único atacante do esquema 4-5-1 adotado pelo sérvio Milovan Rajevac. E conta ainda com essa áurea positiva do solo africano.
A chave para o Uruguai será partir pra cima e tomar conta do jogo, assim como fez no primeiro tempo diante da Coreia do Sul. Na partida contra os americanos, Gana mostrou deficiências defensivas quando atacada e os sul-americanos têm mais qualidade no ataque, especialmente com o trio Forlán/Cavani/Suárez. Se recuar e chamar o adversário, como também fez no início da segunda etapa nas oitavas, periga se complicar, já que os ganeses são mais capacitados do que os coreanos. A única certeza é que será um jogo disputado de forma intensa, já que as duas seleções demonstram muita disposição e estarão perto de fazer ainda mais história. Vale lembrar que Gana é apenas a segunda nação africana a chegar nas quartas de final da Copa do Mundo (a primeira foi Camarões, em 1990) e que o Uruguai não atingia fase tão aguda num Mundial há 40 anos.