sábado, 30 de maio de 2009

Empate evidencia carências alvinegras

Como o nosso colaborador, Ricardo, escreveu num dos posts abaixo, o Botafogo tinha a obrigação de vencer o Sport neste sábado. Precisava conseguir a primeira vitória no Brasileiro e jogava em casa diante de um adversário que vive uma crise. Ou seja, um cenário teoricamente perfeito. Mas o Alvinegro, mais uma vez, esbarrou nas suas limitações e saiu de campo com um 2 a 2, que, nas circunstâncias da partida, até que não foi um mau resultado, haja visto que o time pernambucano foi para o intervalo com 2 a 0 no placar.


Confesso que tenho uma certa pena de Ney Franco. Ele é um bom treinador, mas tem um elenco muito fraco em suas mãos. Assim, tem que quebrar a cabeça para armar a equipe. No jogo deste sábado, testou o jovem Laio no ataque, junto com Victor Simões, e colocou Teco na zaga, passando Eduardo para a ala esquerda. Lucio Flavio reestreou no meio, dando esperança de um melhor toque de bola. O Botafogo começou o jogo pressionando, com mais posse de bola, mas muito improdutivo. O Sport marcava com todos os seus jogadores atrás da linha da bola e a falta de qualidade dos cariocas facilitava a tarefa. O Alvinegro tocava de um lado para o outro, sem objetividade. E esqueceu de marcar. Na primeira vez que o Rubro-Negro atacou, fez o gol. Weldon puxou contra-ataque pela esquerda e tocou para Wilson fazer o primeiro. O panorama do jogo não mudou, com o Bota sem saber o que fazer com a bola. Assim, levou mais um gol antes dos 20 minutos. Em outro contra-ataque, Moacir fez boa jogada pela direita e cruzou para Weldon completar livre.


Atrás no placar, o Botafogo, já vaiado pela torcida, não conseguia criar muito. Ameaçava apenas nas faltas cobradas por Juninho, o que já virou rotina em General Severiano. Numa delas, o camisa 3 acertou a trave. Antes do fim do primeiro tempo, o Sport quase fez mais um no contra-ataque, mas os times foram para o intervalo com os pernambucanos vencendo por 2 a 0.


Ney Franco resolveu mudar. Tirou Teco, fora de ritmo e pendurado, e Tulio Souza, muito mal, e colocou Léo Silva e Tony em campo. Mudou o esquema para o 4-3-3, abrindo Victor Simões e Tony nas pontas e deixando Laio como centroavante. Queria explorar as jogadas pelas laterais para furar a retranca do Sport. Mesmo assim, o Botafogo continuou errando muito. Lucio Flavio estava sumido e pouco fazia para ajudar. Mas Ney acabou mostrando que tinha razão. Em jogada pela esquerda, Eduardo, um dos melhores do jogo, chutou cruzado e Tony apareceu para diminuir. Logo depois Hamilton foi expulso e o Alvinegro passou a pressionar de vez. Magrão fez milagre em uma cabeçada de Victor Simões e depois defendeu com segurança chute de Juninho.


A esta altura o Sport já nao ameaçava nos contra-ataques e apenas dava chutões para frente. Não deu outra. Chamou o Botafogo para o seu campo e foi castigado com um gol de cabeça de Fahel. No final, Castillo ainda salvou com duas belas defesas e o empate acabou sendo o resultado mais justo. Apesar do esforço, o Alvinegro precisa melhorar muito. Ney precisa de reforços, sob o risco de ter que passar o campeonato fazendo figuração ou até lutando contra o rebaixamento. Abre o olho, Maurício Assumpção!

O que houve com Keirrison?

A torcida do Palmeiras é, com certeza, uma das mais exigentes do país. Talvez pelo sangue italiano da maior parte de seus seguidores, a oscilação entre elogios e xingamentos é muito constante. E o alvo da fúria alviverde no momento é Keirrison. Isso mesmo. O jovem atacante, que chegou ao Palestra credenciado pela artilharia do Brasileirão do ano passado e apontado como uma das maiores revelações do Brasil, não vem jogando bem há algum tempo e já é bastante criticado pelos palmeirenses. Foi, inclusive, muito vaiado nos últimos jogos da equipe em casa. Mas o que será que aconteceu com Keirrison? Em 2 meses, o jovem de 20 anos passou de postulante a uma vaga na Seleção Brasileira a peça contestada no ataque da equipe de Luxemburgo. Perdeu o apelido de K9 e ganhou a alcunha de PipoKeirrison, sob a alegação de que se esconde em partidas decisivas.


Se olharmos os números absolutos do jogador com a camisa do Palmeiras, veremos que são muito bons. Ele fez 30 jogos e marcou 20 gols. Média de, aproximadamente, 0,7 gol por partida. Mas, se formos analisar seu desempenho por jogo, a queda de rendimento de Keirrison é flagrante. Ele estreou no clube paulista no dia 24/01, marcando duas vezes na vitória de 3 a 0 sobre o Mogi Mirim. Desta data até o confronto contra o Noroeste (vitória por 2 a 0, com dois gols do atacante), dia 17/03, foram 14 jogos e 16 gols! Impressionante. Números que o fizeram bater recordes dentro do clube.


Porém, de lá pra cá, parece que a fonte secou. Desde então, Keirrison entrou em campo 16 vezes e fez apenas 4 gols. Mesmo assim, neste período, ainda conseguiu marcar em três jogos consecutivos, duas vezes contra o Sport, ainda pela primeira fase da Libertadores, e uma contra o Santos, no jogo de ida da semifinal do Paulista. Se formos analisar os números do atacante após essa sequência, a queda é ainda maior. Desde então, foram 9 jogos e apenas 1 gol, de penalti, contra o Coritiba, na estreia do Brasileirão. Com bola rolando, a última vez que Keirrison balançou a rede adversária foi na partida citada acima, contra o Santos, dia 11/04. Há mais de um mês e meio!


Pois bem, os números comprovam: a fase não é nada boa. Mesmo assim acho natural que isto esteja ocorrendo, já que estamos falando de um menino de 20 anos. É normal esta irregularidade. Por outro lado, houve uma supervalorização de suas qualidades. Chegaram a compará-lo a Ronaldo, Romário e isto foi muito ruim para Keirrison, pois passaram a esperar muito de alguém que ainda (compreensivamente) não está totalmente pronto para assumir tamanha responsabilidade.


A boa notícia para os palmeirenses é que, neste período no Palestra, o máximo que o atacante ficou sem marcar foram 4 jogos, tempo que dura o jejum atual. Portanto, é bom a zaga do Barueri, adversário do Palmeiras neste domingo, abrir o olho.

CHELSEA É PENTA DA FA CUP



Olá amigos blogueiros!! Quando o sábado amanhece meio nublado, o futebol é o melhor remédio. Hoje eu acompanhei a final da FA Cup, competição mais antiga do mundo, com 128 anos de existência. O bilionário Chelsea encarou o modesto, mas tradicional, Everton, de Liverpool. Vitória do clube londrino por 2 a 1 de virada, com gols do atacante Drogba e Lampard. Luis Saha abriu o placar para o os azuis de Liverpool.

O jogo:

As duas equipes protagonizaram um ótimo jogo no gramado sagrado de Wembley. Antes de o técnico Gus Hiddink entender qual era a proposta do Everton, Luis Saha abriu o placar com 25 segundos do primeiro tempo. Os azuis de Londres não sentiram o gol e dominaram o jogo até chegar ao empate, aos 21 minutos, com Drogba de cabeça. No segundo tempo o Chelsea mostrou a sua força e controlou o jogo até chegar a virada com um chutaço do camisa 8 Lampard, 2 a 1 e título nas mãos. Foi só tocar a bola e esperar o apito final. Mesmo sem pressionar, o Chelsea teve algumas chances de ampliar o placar. Quinta FA Cup conquistada pelo clube londrino. O técnico Guus Hiddink comandou o Chelsea pela última vez, já que vai voltar para Seleção da Rússia. Hiddink teve um bota-fora fantástico saindo do comando dos Blues com apenas uma derrota em 20 jogos e, lógico, o título da Copa da Inglaterra. Vale lembrar que o holandês substituiu o brasileiro Luis Felipe Scolari, o Felipão, que foi demitido depois de várias derrotas nos clássicos.

Futuro:

O italiano Carlo Ancelotti, ex-Milan, vai assumir a equipe na próxima temporada. Uma grande reformulação deve ocorrer no grupo de jogadores do Chelsea. Segundo a mídia inglesa, 12 jogadores devem deixar o clube. A Inter de Milão pode retirar três atletas dos Blues: Deco, Ricardo Carvalho e Obi Mikel, como adiantamos ontem no blog. Ancelotti já teria indicado o meia Pennant, do Liverpool, e o meia-atacante Ashley Young, do Aston Villa. Yuri Zhirkov, do CSKA, também está na pauta de Abramovich.

No Engenhão, Botafogo tem a obrigação de ganhar do Sport

Acorda, Fogão. Já se passaram três rodadas e o Botafogo segue em stand by no Campeonato Brasileiro. Não dá para falar que os resultados nas três primeiras rodadas (empate fora com o Santo André e em casa com o Corinthians e derrota para o Grêmio) foram absurdos, mas dois pontos em nove disputados é preocupante. Agora, contra um baleado e desestruturado Sport, imerso em na primeira crise do ano, o time de Ney Franco tem a chance de se recuperar e começar uma arrancada, afinal, os próximos três jogos serão no Rio de Janeiro. O jogo será no Engenhão, nesse sábado, às 18h30.

É inegável a falta que tem feito Maicosuel na criação e na finalização das jogadas alvinegras. Apesar de esforçados, Fahel e Túlio Souza não criam. Já o jovem Rodrigo Dantas pode vir a ser um bom jogador, porém, não é craque a ponto de resolver logo de cara, pelo menos não mostrou esse potencial.

O alento do Glorioso será a volta do seu camisa 10 dos últimos três anos. A estada de Lucio Flavio em Santos não durou muito e ele acabou voltado para General Severiano, onde conhece o clube, os dirigentes, comissão técnica, elenco, torcida e ainda por cima, é compreendido por todos eles.

Já no gol, a volta com boa atuação de Castillo é uma boa notícia para Ney Franco, que também conta com o jovem e qualificado Renan. Com a camisa 1 em boas mãos, ele pode concentrar suas forças para montar a equipe mais consistente e ofensiva, afinal, um gol em três jogos não condiz com o melhor ataque isolado no Carioca.

Falando em gols, a também cria de Marechal Hermes, Laio, deverá aparecer no ataque ao lado de Victor Simões. Ele substitui Reinaldo. O camisa 7 segue lesionado. Que músculo difícil de recuperar...

Apesar de todo modificado, o setor defensivo é onde a confiança, por incrível que pareça, é maior. Com Juninho bem e Eduardo mostrando estar em nova fase e jogando melhor ainda, o setor não vem comprometendo, muito também graças às atuações seguras de Leandro Guerreiro.

No final, o calcanhar de Aquiles. O problema é crônico nas laterais. Alessandro até que defende minimamente bem, mas o único ataque que ele proporciona é o de coração na torcida. Já Thiaguinho, é inconstante e não inspira confiança. Na esquerda, Gabriel tem talento, mas precisa ser lapidado. O teste da vez será com Wellington Júnior. O garoto é destro e meio-campo, mas será o lateral esquerdo. O alento é que ele já exerceu esse papel na base algumas vezes.


Memória:

No Campeonato Brasileiro de 2008, o Botafogo ganhou do Sport duas vezes. Na primeira rodada, no Engenhão, Fogão passou pelo adversário por 2 a 0, com gols de Jorge Henrique e Diguinho.

No jogo de volta, Jorge Henrique marcou na Ilha do Retiro a selou a vitória que colocou o Alvinegro na terceira colocação. Um dos últimos suspiros de esperança em 2008.

Por Ricardo Azevedo