quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vitória de líder

Confesso que subestimei o Palmeiras. Apesar do time de Muricy Ramalho ter entrado em campo no Mineirão ontem com 11 rodadas de liderança no cartel, acreditava que o Cruzeiro era favorito e que o time paulista poderia conseguir, no máximo (quanta pretensão!), um empate. Ledo engano. Diferentemente do Palmeiras que foi presa fácil para o Vitória na rodada anterior, desta vez o Alviverde jogou como verdadeiro líder e, mesmo sofrendo muita pressão e tendo que se segurar com um jogador a menos, venceu por 2 a 1, de virada, e se isolou na ponta do Brasileirão. A equipe tem 47 pontos e abriu três para o segundo colocado, São Paulo. É, depois dessa prometo não desrespeitar quem ocupa o primeiro lugar no campeonato. Se tivesse apostado dinheiro, provavelmente hoje estaria mais pobre e com uma "bela" ressaca.

Mas vamos ao que interessa. Foi um jogo bom de se ver, assim como era esperado. O Cruzeiro, por jogar em casa, tomou a iniciativa da partida desde o início e abriu o placar com Thiago Ribeiro logo aos 7 minutos. Porém, a alegria mineira não durou nem 2 minutos. Falta um pouco antes da meia-lua. Diego Souza toma pouca distância. Corre pra bola meio esquisito. Acerta um chute com uma curva impressionante e engana o goleiro Fábio: 1 a 1.

Depois disso a tônica do jogo não mudou muito. O Cruzeiro com mais posse, buscando mais o gol e o Palmeiras esperando um erro adversário para tentar encaixar o contra-ataque. Na primeira etapa não aconteceu nem uma, nem outra. E os times desceram para o vestiário na igualdade. Após o intervalo, no entanto, a estratégia alviverde deu certo e num erro de passe do time celeste, Cleiton Xavier deu sua 14ª assistência no campeonato (líder absoluto) para Vágner Love, em velocidade, driblar Fábio e virar o placar.

Perdendo, o Cruzeiro foi mais ainda para o ataque, com Guerrón entrando na vaga de Elicarlos. O equatoriano atuou quase como um ponta direito e criou boas jogadas por aquele lado. E a tarefa da equipe de Adilson Batista pareceu que ficaria facilitada quando Armero derrubou Jonathan e, como já tinha amarelo, foi expulso. Os mineiros foram pra cima, perderam várias chances e abusaram das bolas levantadas na área, a maioria delas sem efeito algum. Nada deu resultado e o Palmeiras saiu vencedor. Com justiça, diga-se. Apesar de achar que o árbitro Evandro Rogério Roman deixou de marcar penalti claro em Fabrício, ainda no primeiro tempo, a derrota foi mais por incompetência cruzeirense do que por erros da arbitragem.

Além da liderança, o Palmeiras acabou com um pequeno jejum de 4 jogos sem vencer fora de casa. O time tem a segunda melhor campanha como visitante (5 vitórias, 4 empates e 4 derrotas), só atrás do Goiás. Já o Cruzeiro, com o resultado negativo, dá adeus a briga por vaga na Libertadores do ano que vem. São 10 pontos para o quarto colocado, faltando 13 jogos. Só uma arrancada espetacular e um milagre para isso acontecer.