Injustamente o atacante ficou marcado pelos três pênaltis perdidos contra a Colômbia na Copa América de 1999. Ficou afastado até mesmo da seleção argentina até as rodadas finais das Eliminatórias, em 2009. Dez anos de ausência. E neste período Palermo conquistou tudo o que podia com a camisa do Boca, tornando-se um dos ídolos máximos da 12. Para o imaginário do hincha comum, Palermo está no nível de Riquelme e Maradona.
Quando voltou a seleção, Palermo salvou a Argentina da eliminação. O gol contra o Peru, debaixo de um dilúvio, só poderia ter sido obra de um jogador com a vivência dele.

Um homem de bom coração, simples, que tenta, a todo momento, ser uma pessoa comum, que faz o seu trabalho com prazer. E acaba levando alegria a milhões. Este é Palermo. O super-herói que superou lesões, a morte de um filho recém-nascido, questionamentos quanto a seu rendimento, marcando gols. Os gritando como se quisesse exortar da alma as suas angústias.
Além dos 218 gols, Palermo é o maior artilheiro do Boca Juniors em partidas internacionais. Ninguém marcou mais do que ele também na Bombonera. Parabéns Palermo, nós o saudamos!
Só para registrar, Vélez Sarsfield e Boca Juniors empataram em 4 a 4. O gol histórico foi o terceiro e nasceu numa jogada genial, mais uma, de Riquelme. Palermo completou de cabeça para as redes. Para tornar o feito mais folclórico, o atacante ainda perdeu um pênalti, defendido por Montoya. Quem importa? Palermo é Palermo.
Por Raphael Martins