quinta-feira, 29 de julho de 2010

Imaturidade, irresponsabilidade ou excesso de confiança?

O Santos derrotou o Vitória por 2 a 0, ontem, na Vila Belmiro, e ficou perto do título da Copa do Brasil. Porém, nesta quinta-feira só se fala no penalti desperdiçado por Neymar. Perder penalti é normal, quem se candidata e treina para bater está sujeito a isso. Mas a forma com que Neymar cobrou - com a "cavadinha", que ficou famosa com o uruguaio Loco Abreu na Copa - não pode ser encarada como normal. Não em uma final de um campeonato nacional, que o Santos nunca venceu. Não em uma primeira partida, na qual sua equipe ganhava por apenas 1 a 0 e jogava em casa, o que lhe obrigava a fazer saldo para jogar com mais tranquilidade no jogo seguinte, no campo do adversário.

Vejam bem, não quero condenar o garoto, que realmente joga muita bola. Mas enxergo em Neymar hoje uma atitude ruim, uma marra excessiva, talvez criada pelos inúmeros elogios e comparações com craques consagrados do futebol, o que, para alguém que acabou de completar 18 anos, facilita subir a cabeça. Reparem que em todas as jogadas agora é necessário passar o pé em cima da bola, fazer uma gracinha, quando, muitas vezes, o jogo simples seria muito mais objetivo e útil à equipe. Diga-se de passagem é um mal que todo o time do Santos vem sofrendo. Ontem mesmo o placar poderia ter sido bem mais elástico se os comandados de Dorival Junior não enfeitassem tanto.

O técnico, aliás, se irritou na coletiva e defendeu o jogador. Espero que tenha sido só uma defesa em público, mas que nos vestiários Dorival tenha chamado a atenção de Neymar. Para o seu próprio bem. Bater com a "cavadinha" é um jeito de cobrar penalti sim, mas é muito arriscado. Um risco desnecessário. E se a sabedoria popular definiu que o penalti é tão importante que deveria ser cobrado pelo presidente do clube, definitivamente não é um momento para se perder a seriedade.