terça-feira, 2 de junho de 2009

Flamengo x Brasília II - A Revanche

Aconteceu o esperado na NBB. Flamengo e Brasília, as duas melhores equipes da fase de classificação, vão decidir o título da primeira edição do Novo Basquete Brasil. A final é uma repetição do último campeonato nacional. No ano passado, os rubro-negros levantaram o troféu. Quem sairá vencedor do tira-teima este ano?

Acredito que será um confronto equilibrado, já que os dois times são muito bons. O Flamengo, na minha opinião, tem um elenco melhor e dois jogadores que desequilibram: Marcelinho e Baby. Por outro lado, a equipe da capital conta com um excelente armador, Valtinho, e um melhor ainda ala-armador, Alex, que, se estiver em um bom dia, fica difícil segurá-lo. O Rubro-Negro vem embalado pelas 23 vitórias consecutivas na competição (recorde no Brasil) e tem um certo favoritismo, principalmente pelo apoio que sua torcida tem dado. Mas vale lembrar que na fase de classificação cada equipe ganhou uma partida. Curiosamente os visitantes se deram bem, com o Brasília vencendo no primeiro turno no Maracanãzinho e o Flamengo levando a melhor no ginásio Nilson Nélson.


Fazer qualquer tipo de previsão é complicado. Certo mesmo é que esta final dificilmente será igual a do ano passado, quando a equipe carioca ficou com o título ao vencer a série por 3 a 0.


Palpite: Fla 3 x 1 Brasília

Mexicanos nas oitavas? Isso não vai dar certo...

Nesta terça-feira a federação mexicana se reuniu com a Conmebol e reataram as relações que foram encerradas desde o caso da gripe suína, quando Chivas e São Luis foram desclassificados da Libertadores. O mais espantoso resultado da reunião foi a confirmação de que o México terá duas vagas a mais, além das três que já tem direito atualmente. Os times ainda serão ressarcidos com um valor não confirmado.

Mas um detalhe chama mais atenção ainda. Chivas e São Luis, que não aceitaram fazer apenas uma partida contra São Paulo e Nacional, terão direito a entrar na competição já na fase de oitava de final da Libertadores de 2010. Ou seja, se os outros três times conseguirem se classificar, o México, que nem sul-americano é, terá cinco, isto mesmo, CINCO times na primeira fase de mata-mata.

Para completar a incrível sequência de decisões, nenhum dos dois órgãos explicou como será feita a nova divisão de vagas. Atualmente o torneio tem 32 times e as vagas são disputadas à tapa todos os anos, mas sempre decidida a partir de um ranking com os países mais tradicionais, como é feito no mundo todo. Ou seja, para o México ganhar duas vagas, alguém tem que perder. E pior, pra dois times entrarem nas oitavas, como será feita a fase de grupos e definidos os confrontos? Apenas 14 clubes se classificarão? Então algum segundo colocado de um grupo não passará?

Preciso dizer que isso vai dar problema ou é suficientemente óbvio?

Eu acredito no Léo, mas a missão é difícil

Nesta segunda-feira, Leonardo, ex-jogador e dirigente do Milan, foi apresentado como novo comandante do Rubro-Negro de Milão. Estou postando esse comentário com atraso, já que estive envolvido com a produção e preparação da nossa primeira mesa redonda. Por sinal, muito obrigado a todos pelo carinho e pelos elogios em nome de todos que fazem parte do projeto.

Mas voltando ao Léo, ele é muito preparado e inteligente, mas nunca dirigiu um clube de futebol. A escolha do seu nome é uma aposta, uma boa aposta na minha opinião. Escolhas como essa vêm se tornando uma constante no futebol europeu (Jürgen Klinsmann na Alemanha, Marco van Basten na Holanda, Roberto Donadoni na Itália). Acredito que na cabeça do big boss Silvio Berlusconi o carisma e o entrosamento com os jogadores pesaram na escolha. Agora Leonardo terá uma difícil missão pela frente. Assume o gigante Milan precisando comandar uma reformulação profunda no elenco rossonero.

A média de idade do clube é de 30 anos e principalmente nesta temporada isso foi muito sentido. Além da reformulação, Léo tem que torcer para o craque do time, Kaká, continuar na Itália. Caso isso ocorra ele pode começar a montagem do “novo Milan”, com um craque como o pilar principal.

O novo técnico terá a responsabilidade de buscar novos jogadores no mercado. Vale lembrar que foi o Leonardo quem bancou o investimento no Kaká, quando ele amargava o banco no São Paulo. O técnico terá um problema sério com os goleiros da equipe. Os três arqueiros do elenco são velhos e uma reformulação por completo deve ocorrer. É sabido que Léo já pediu dois laterais mais modernos, estilo Marcelo e Daniel Alves, jogadores agudos para os lados de campo. Com isso, Zambrotta e Favalli podem deixar o clube.

Na zaga, Maldini já se aposentou, mas o setor não conta com jogadores de qualidade. O único zagueiro que está certo na próxima temporada é o brasileiro Thiago Silva. Senderos e Bonera não passam confiança e o experiente Nesta, que voltou na última rodada depois de dois anos parado, é uma dúvida. Pelo menos mais um zagueiro deve chegar a Milanello.

No meio-campo o Milan conta com jogadores como Gattuso, Ambrosini, Pirlo, Seedorf, Beckham e Kaká... Tirando o brasileiro, todos são veteranos. Jogadores mais novos e com outras características podem chegar.

No ataque, Shevchenko vai voltar para o Chelsea, já que seu empréstimo se encerrou no fim da temporada. O ídolo Inzaghi já passou dos 30 anos e também não deve se muito aproveitado na equipe titular, mas, por ter muita moral, não deve sair do grupo. Emmanuel Adebayor, do Arsenal, é um alvo dos dirigentes milaneses. Acredito que Leonardo vai tentar escalar Ronaldinho Gaúcho e Alexandre Pato (que marcou 15 gols na série A) no comando de ataque. Nos próximos meses, pelo menos até agosto, veremos como o brasileiro vai se sair nessa primeira etapa do trabalho. Eu acredito e confio nele.


Leonardo é o quinto técnico brasileiro na série A italiana:

Anos 30: Amílcar Barbuy dirigiu o time da Lazio.
1963: Paulo Amaral dirigiu a Juventus.

Anos 70/80: Luís Vinício trabalhou no Napoli e na Lazio.

1990/91: Sebastião Lazaroni dirigiu a Fiorentina.

2009: Leonardo é apresentado no Milan.

SEU JACKSON: JOÃO SALDANHA NÃO ALIVIAVA PARA VAGABUNDO!

Amigos do Passando a Bola. Voltei para comentar aquela palhaçada que ocorreu na sede das Laranjeiras. Os jogadores, técnicos e dirigentes de hoje em dia são uma cambada de frouxos! Não podem aliviar para vagabundo não. Ah, se fosse na época do Saldanha... o João colocava esses desocupados para correr em um piscar de olhos. E o Diguinho, meu Deus! Levou um murro na boca do estômago e depois saiu correndo que nem um moleque. Lamentável. Bengala neles!!! Mas, já que citei o gênio forte do João Saldanha, vamos relembrar uma deliciosa passagem desse grande jornalista e técnico do futebol brasileiro.


No dia 20 de dezembro de 1967, na sede do Mourisco Pasteur, no Rio de Janeiro, houve um jantar de confraternização em homenagem aos campeões do Campeonato Carioca daquele ano, presidido por Althemar Dutra de Castilho, que acabara de derrotar Ney Cidade Palmeiro nas eleições do Botafogo. Quando a festa já começara, João Saldanha (foto) chegou acompanhado de Luiz Mendes e Bebeto de Freitas (ex-presidente do Botafogo e sobrinho de Saldanha). Nesse exato instante, Manga (foto) levantou-se da mesa e caminhou decidido em direção a Saldanha. João, que sempre andava armado, sacou seu revólver e deu dois tiros em Manga, que só não acertaram o alvo porque Bebeto e Mendes seguraram seu braço de maneira mais do que providencial. Um terceiro tiro ainda foi disparado a esmo.


Manga, dotado de um porte físico extraordinário, fugiu em disparada e pulou, de uma só vez, o muro que cercava o Mourisco e desapareceu na noite. Sandro Moreyra, sempre galhofeiro, garantiu que Manga, naquela noite, batera o recorde mundial do salto em altura, pois os muros do Mourisco mediam cerca de três metros.

Mas toda essa história tem uma razão de ser. No dia 19 de setembro daquele ano, a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) teve a infeliz idéia de nomear Castor de Andrade, bicheiro e presidente do Bangu, para chefiar uma delegação brasileira que foi enfrentar o Chile no Estádio Nacional de Santiago. O Brasil, dirigido por Zagallo, venceu o Chile por 1 a 0, gol de Roberto, contando no seu time com vários jogadores do Botafogo, como Manga, Moreira, Zé Carlos, Leônidas, Gérson e Roberto, o autor do gol. Daí surgiram os boatos de que Castor teria aliciado Manga caso Botafogo e Bangu fossem para a final do campeonato, como aconteceu.


O fato é que Manga teve, como Saldanha disse, uma atuação suspeita no jogo contra o Alvirrubro. Num determinado lance, ao saltar com Del Vecchio, do Bangu, o goleiro alvinegro socou a bola contra as próprias redes, quando o placar (que seria o final) já era de 2 a 1 para o Botafogo. O árbitro deu falta de Del Vecchio, mas a partir desse momento, Gérson passou a jogar de líbero, entre Zé Carlos e Leônidas. Aí não passou mais nada. Até hoje o Canhotinha de Ouro silencia sobre o assunto. Mas Manga foi embora do Botafogo em 69, dez anos depois de chegar de Pernambuco. Hoje, 40 anos depois, o mistério permanece. Manga estava ou não vendido a Castor de Andrade?


Mudando de assunto, eu não poderia ir embora sem falar do meu São Cristovão, o maior time do mundo. Essa semana todo o Brasil pode acompanhar a história do jovem suíço, Léo Sebastian (foto), que saiu do Velho Mundo para ganhar a ginga e a malandragem no Brasil. É, meus jovens, ele não desembarcou aqui na Cidade Maravilhosa para jogar no Vasco, que se encontra aqui no bairro. Nem nos outros três clubes ditos grandes do Rio. Ele veio atrás da magia, do gramado mágico da Figueira de Melo. Léo pesquisou na internet e achou o clube que revelou o Fenômeno do futebol, Ronaldo Nazário. Amigos, ele tinha o sonho de vestir a camisa do Esquadrão Branco! Momento histórico para o futebol brasileiro. Em tempos em que nossos jovens são seduzidos pela Europa, um europeu de 17 anos vem para o Brasil e para jogar no meu São Cricri. Parabéns jóia do subúrbio!