quinta-feira, 16 de julho de 2009

GALO FORTE ARRASADOR

Olá blogueiros! Estive ausente por alguns dias por conta de uma gripe, não era a palmeirense, mas estou de volta. Sem mais delongas...

Que vitória do Atlético-MG! O líder do Brasileirão jogou com tesão. Olha, há muito tempo eu não via uma vitória com essa estatura. O Galo começou com tudo. Diego Tardelli (foto) partiu para cima do zagueiro Miranda, que se atrapalhou, e perdeu a bola para o atacante estufar a rede. Sétimo gol de Tardelli que está na vice-artilharia. Um a zero com um minuto de jogo. O tricolor paulista jogava e marcava lentamente, além de oferecer muitos espaços para o Atlético. Com muita velocidade, o Galo dominou a primeira etapa e poderia ter saído para o segundo tempo com uma diferença bem maior.

O Atlético voltou com o mesmo apetite para o segundo tempo. E depois de criar duas chances em contra-ataques, aos sete minutos, Serginho marcou o segundo, depois de uma linda tabela por dentro da defesa do São Paulo. Senhor do jogo, o técnico Celso Roth fez duas substituições. O pentacampeão Junior, capitão do Galo, deu lugar ao meia Evandro. Éder Luis, com dores musculares, foi substituído pelo atacante Alessandro. Ricardo Gomes, técnico do Sampa, não foi ousado, e trocou seis por meia dúzia. Jorge Wagner foi trocado pelo jovem Oscar e lateral-direto Zé Luis deu lugar para o volante Richarlyson.

Se o São Paulo já estava perdido, depois das mudanças ficou pior. Sem saída de bola, o zagueiro Miranda era quem saia para o jogo. Em uma dessas saídas, o zagueiro lançou o jovem Oscar, que se jogou de forma patética dentro da área. O Atlético, embalado por mais de cinquenta mil atleticanos, marcava no campo adversário e sufocava os são-paulinos. Encurralado, o Tricolor Paulista só chegou com perigo aos 32 minutos do segundo tempo. Boa tabela pelo meio e Junior Cesar chegou ao fundo e centrou na pequena área. Richarlyson, com a braçadeira de capitão, testou por cima do travessão. O São Paulo chegaria mais uma vez com Dagoberto, mas o ótimo zagueiro Welton Felipe roubou a bola com categoria. O camisa três deu aula de cobertura pela esquerda e foi soberano na marcação.

Para fechar com chave de ouro, aos 45 minutos Gaciba sinaliza três minutos de acréscimo. O time do Atlético começa a tocar a bola e coloca o Tricolor paulista na roda. O bobinho, valendo três pontos, continua até o minuto 47. O árbitro observa a apatia dos são-paulinos e encerra o jogo com um minuto por jogar. Festa nas arquibancadas e liderança mais que merecida. O Atlético chegou aos 24 pontos. O Inter é o segundo com 23.

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Toque Final

- De longe foi a melhor atuação do Galo no campeonato.
- Vitória empata (1x1) com o Náutico nos Aflitos e Roger assume artilharia com 8 gols. No fim do jogo uma garrafa foi arremessada da arquibancada e atingiu um repórter.

- Corinthians vence (4x3) o Sport de virada e quase paga mico. Ronaldo marca dois e chega aos 5 gols. Roger que se cuide! Com a vitória o Timão já é o quinto e está a três pontos do G-4.

Mineirazo Pincharata‏

A América é Pincharata. Como quem não queria nada, o Estudiantes chegou sem alarde e conquistou o troféu mais cobiçado do continente. Assim como o time tricampeão em 68, 69 e 70, o time comandado por Alejandro Sabella foi inteligente dentro de campo, soube conduzir o jogo com frieza e tranquilidade, demonstrou bom toque de bola e foi senhor da partida. Outra característica marcante do Estudiantes, versão 2009, é jogar apenas na bola. Diferentemente do tricampeão do fim dos anos 60, que usava e abusava do anti-jogo.

Além disso, o passado e o presente se encontraram de maneira emocionada na noite do Mineirazo. O sobrenome Verón mais uma vez levantava a Copa Libertadores. Depois de Juan Ramon Verón, agora foi a vez do cracaço Juan Sebastián Verón se vestir de glória.

Sobre a partida, o mérito do time argentino foi não se perder após levar o primeiro gol. Já o defeito dos brasileiros foi achar que o título estava ganho após o 1 a 0. O Pincha não se descontrolou em momento algum, logo em seguida empatou com "La Gata" Fernández. Se compararmos com uma luta de boxe, esse golpe foi fatal para o Cruzeiro. Foi como um cruzado no rosto, daqueles que fazem quem o levou ficar desnorteado por alguns minutos. E foram esses minutos os fundamentais para o knockdown. O golpe decisivo foi dado por Boselli, o atacante preterido pelo Boca Juniors, e que agora terá seu nome escrito na História por ter feito o gol do título da 50ª edição da Libertadores.

Enquanto em Belo Horizonte foi assistido ao maior velório já realizado em Minas Gerais, em La Plata foi noite de Carnaval. Um verdadeiro Carnaval Platense, como jamais fora visto em terras argentinas. La América é Pincharata!!!!

Tristeza não tem fim

Inegavelmente o futebol brasileiro é o mais virtuoso do continente. Mas isso não é suficiente para ter sucesso na Copa Libertadores. Afinal, desde 1999 que os clubes do Brasil não vencem o torneio derrotando uma equipe de outro país. Os dois últimos e únicos títulos verde-amarelos nesta década foram ganhos em finais brasileiras. Contra os argentinos, então, o jejum dura desde 1992, quando o São Paulo bateu o Newell's Old Boys. Depois disso, outras cinco finais, todas com vitórias argentinas. Mera coincidência ou realmente os brasileiros têm dificuldades contra as demais escolas futebolísticas do continente?

Por Raphael Martins

Ernani comemora "melhor" aniversário no Vasco

Completando 25 anos nesta quinta-feira, o polivalente Ernani do Vasco tem muitos motivos para comemorar. Sendo bem aproveitado pelo técnico Dorival Júnior, o jogador é só alegria com o momento no Gigante da Colina.

"Esse é o meu momento mais feliz na carreira. Estou num clube que me dá total estrutura. Estou aprendendo a cada dia e me dedicando ao máximo", disse.

Ernani também está satisfeito pelo fato de o time ter deixado para trás o momento turbulento na Série B. Depois de uma série de empates, o Vasco venceu as duas últimas partidas e vai com moral para cima do ABC, nesta sexta-feira, em São Januário.

"O peso em razão dos empates passou, estamos focados numa boa sequência de vitórias para chegarmos ao topo da tabela", explica.

Como nem tudo são flores, Ernani já vai se preparando para levar a tradicional ovada no treino da tarde no Vasco.

"Ainda não recebi ovada. O treino é à tarde e eu já estou preparado para o pior", brincou.

Por Leandro Amaral

A América é argentina

Nós avisamos na Mesa Redonda de segunda: o Estudiantes não estava morto e a partida no Mineirão seria muito difícil, afinal os argentinos nunca podem ser desprezados na Libertadores. Não deu outra. Os hermanos vieram aqui e abocanharam mais um título, o 22º do país na competição, contra 13 dos brasileiros. Para comprovar nossa sina diante de nossos vizinhos, nas últimas cinco vezes que o título foi decidido entre brasileiros e argentinos, eles levaram a melhor em TODAS. E as equipes do Brasil ainda ostentam um triste jejum: foram vice nas últimas 6 decisões que disputaram contra times de outro país.

Na partida de ontem ficou claro desde os primeiros minutos que o Cruzeiro não estava bem. O time celeste fugiu de suas características (toque de bola e rapidez nos contra-ataques), assim como aconteceu no primeiro jogo, e o Estudiantes foi mais perigoso. Somente quando Henrique abriu o placar, no começo do segundo tempo, que foi possível vislumbrar o caneco indo para a equipe mineira. Porém, a alegria não durou muito, aliás, seis minutos, quando Gastón Fernandez empatou. A partir daí o jogo ficou ainda mais dramático e para desespero dos 65 mil cruzeirenses que lotaram o Mineirão, Boselli subiu livre para escorar escanteio de Verón e virar o marcador. Depois o time de Adílson Batista até que teve chances de empatar, mas o travessão e a falta de pontaria não contribuíram.

Foi o quarto título da Libertadores do Estudiantes e a consagração de Verón, que repetiu o feito do pai, Juan Ramón Verón, tricampeão pelo clube em 1968, 1969 e 1970. Conquista merecida de uma equipe que não sofreu gols quando atuou em casa na competição e soube se impor jogando da maneira que o argentino mais gosta fora de casa: com calma, explorando os erros do adversário para ficar em vantagem.

Ao Cruzeiro resta levantar a cabeça porque ainda tem o Brasileirão e o time tem condições de fazer um bom papel. Mas precisa melhorar bastante sua situação, já que poupou a equipe em inúmeras partidas neste início de campeonato e ficou lá pra trás na tabela (é o 16º, com 10 pontos). A diretoria promete reforços, mas Adílson já tem uma importante perda no elenco: Ramires, que foi vendido ao Benfica e fez sua última partida ontem.

Inter bate Flu e é o novo líder

O Internacional entrou em campo pressionado pela vitória, que, além de dar moral para o Grenal de domingo, daria mais tranquilidade a Tite para seguir no comando da equipe. E o Colorado fez bem o seu dever de casa, ao vencer o Fluminense por 4 a 2, em noite chuvosa num vazio Beira-Rio. Se bem que o time gaúcho quase pôs tudo a perder, quando vencia por 2 a 0 e deixou o Tricolor empatar. Mas Taison, que começou na reserva, entrou e marcou duas vezes, garantindo o triunfo dos donos da casa e a liderança (pelo menos até amanhã) do campeonato, com 23 pontos. Sorondo e Andrezinho marcaram os outros gols do Inter, enquanto Ruy e Conca descontaram para o Flu.

O time carioca, aliás, provou que seu problema não era apenas o treinador. Sob o comando de Vinícius Eutrópio, o Tricolor exibiu as mesmas falhas de partidas anteriores e pouco ameaçou ao adversário. Falta criatividade. Na verdade, o Flu só teve o domínio do jogo durante cerca de 15 minutos na segunda etapa, quando empatou e teve até chances de virar o placar. Mas sua incapacidade falou mais alto. Convenhamos que um time que tem Ruy como o camisa 10, responsável pela criação no meio-campo, não pode dar certo. Por mais que o Cabeção tenha feito um bonito gol e seja esforçado, acho que o novo técnico foi infeliz nesta escolha, até porque Mariano - que vem mal desde que chegou e, justamente por isso, o clube foi em busca de um reforço para a lateral-direita - manteve a média de atuações abaixo da crítica, para desespero da torcida tricolor.

A dupla de ataque não funcionou novamente e Fred, mais uma vez, foi expulso, após se desentender com Magrão. É o segundo cartão vermelho consecutivo do atacante, que anda muito nervoso, reclamando até de perguntas de jornalistas. Leandro Amaral também não foi bem e saiu bastante irritado no segundo tempo. O ataque tricolor fez apenas 10 gols em 11 jogos e tem o segundo pior desempenho na Série A, superando o Cruzeiro, que fez 9, mas tem um jogo a menos e atuou em várias partidas com uma equipe reserva. O time é o vice-lanterna, com 10 pontos, e o sinal de alerta tem que ser ligado nas Laranjeiras. A pergunta é: quanto tempo dura Vinícius Eutrópio no comando do Fluminense? A minha opinião é que não muito.

Rapidinhas de quarta:

- Se a diretoria do Palmeiras precisava de mais uma prova de que Jorginho deve ser efetivado como treinador do time esta foi dada no Maracanã, na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo. O Alviverde atuou sem sua dupla de ataque titular (Obina e Willians) e foi superior ao Rubro-Negro durante quase todo o jogo. Com o resultado, chegou aos 22 pontos e está na 2ª colocação, pelo menos até esta quinta. E Jorginho segue invicto: são 3 vitórias e 1 empate. Já o time carioca foi muito mal, errou passes em demasia e falhou bastante no sistema defensivo. Terminou o jogo sob intensas vaias e o plano de Cuca de aproveitar ao máximo as partidas em casa para pontuar começou da pior forma possível. O clássico de domingo, contra o Botafogo, será importante e uma nova derrota pode complicar a situação do treinador.

- O Santos chegou na Vila Belmiro sob uma chuva de ovos e pipocas atiradas por seus próprios torcedores em protesto contra os 6 a 2 que o time levou do Vitória no final de semana. E o primeiro tempo diante do Barueri pareceu que deixaria a situação dos jogadores ainda mais complicada. Porém, o Peixe teve força para buscar o resultado e conseguiu arrancar um empate em 3 a 3, que, pelas circunstâncias, até que não foi ruim. Já o caçula na Série A segue surpreendendo. Tem um time arrumadinho, difícil de ser batido e que ainda vai incomodar muito no campeonato. Destaque para Fernandinho, um autêntico ponta esquerda, muito rápido e habilidoso e que marcou um belo gol, e Val Baiano, que supre com muita eficiência a saída de Pedrão.

- Assim como o Barueri, o Santo André também vem fazendo bonito. A vítima da vez foi o Atlético-PR, batido por 1 a 0, no Bruno José Daniel, com gol contra de Valencia. O time do ABC é o 6º, com 17 pontos.

- O Coritiba aproveitou o fato de jogar em casa para conseguir mais uma vitória. Bateu o Grêmio por 2 a 1, de virada, e segue se afastando da zona de rebaixamento. Marcelinho Paraíba marcou um golaço e Ariel fez o segundo. No Tricolor Gaúcho, Jonas abriu o placar. Destaque negativo para Thiego, que acertou um pontapé totalmente desnecessário em Douglas Silva no início do segundo tempo e prejudicou sua equipe. Vai ouvir bastante de Autuori!

- Silas também respirou mais aliviado após a 11ª rodada. O seu Avaí conseguiu o primeiro triunfo fora de casa no Brasileirão ao bater o Goiás, no Serra Dourada, por 2 a 0. Muriqui e Roberto fizeram os gols da equipe catarinense, que deixou a lanterna nas mãos do Náutico. O Avaí soma agora 10 pontos e está na 18ª posição. Ainda tem muito o que melhorar, mas pode comemorar o ótimo resultado. O Esmeraldino segue com campanha muito irregular. Um jogo vai bem, no seguinte vai mal. Felipe, artilheiro do campeonato com 7 gols, voltou a passar em branco.