terça-feira, 16 de junho de 2009

Afinal, qual a tendência do mercado europeu?

Que o mundo está em crise já não é mais novidade para ninguém. E foi exatamente por causa dela que a maioria dos clubes europeus deixou claro que não faria loucuras nesta janela de transferência.

Antes da contratação de Kaká, muitos jornalistas e economistas do mundo da bola já diziam que a transferência recorde de Zidane, de 80 milhões de euros, dificilmente seria superada já que o futebol não se daria mais ao luxo de fazer tamanha extravagância e que aprendeu a trabalhar com números mais baixos.

Mas todas essas verdades foram por água abaixo em menos de uma semana, quando o Real Madrid gastou incríveis 160 milhões de euros para fazer a terceira e a primeira contratação mais cara da história.

Enquanto outros gigantes como Milan, Manchester, Liverpool e Barcelona querem mais é vender para equilibrar as finanças, o Real modifica a tendência do mercado injetando valores exorbitantes nele.

O diretor do clube merengue Jorge Valdano defendeu as contratações com uma lógica bastante interessante, mas ousada. Segundo ele, os economistas estão pedindo para que o mundo gaste mais, para reaquecer o mercado, e é exatamente isso que o time está fazendo, mesmo que mais ninguém faça. Mas a verdade é que nenhum clube, além do Real, teve essa coragem. O Manchester City bem que tenta, mas esbarra na falta de tradição.

Além disso, quando contrataram o Zidane, o jogador “se pagou” em menos de um mês, somente em venda de camisas com seu nome. Mas os tempos eram outros. Será que os torcedores querem e podem comprar as camisas dos novos craques, e logo duas ao mesmo tempo?

A boa notícia é que essas negociações milionárias devem esquentar o mercado, já que, tanto Milan quanto Manchester, não devem ficar parados. Além disso, o Real está fazendo uma verdadeira liquidação em seu estoque de atacantes e já enviou uma lista para clubes ingleses com nomes como Heinze, Sneijder, Drenthe, Robben, Diarra, Van Nistelrooy, e Saviola, além dos bons jogadores e recém-contratados Huntelaar e Van der Vaart.

EXCLUSIVO: PAULO CHUPETA - TÉCNICO DO TIME DE BASQUETE DO FLAMENGO


Domingo tem o quarto jogo da série melhor de cinco das finais do Novo Basquete Brasil (NBB). Flamengo e Brasília se enfrentam no ginásio Nilson Nelson na capital brasileira. O Rubro-Negro está na frente com 2-1 na série e precisa apenas de mais uma vitória em dois jogos para conquistar o bicampeonato brasileiro. O Blog Passando a Bola bateu um papo com o comandante do Flamengo, Paulo Chupeta. No clube desde 2005, Chupeta coleciona títulos (4 estaduais, 1 brasileiro e 1 sul americano). Confiram:

PASSANDO A BOLA: Esses sete dias de pausa na série podem fazer bem para o Flamengo ou acabar esfriando a equipe?

PAULO CHUPETA: Acho que vai ajudar, porque após cada vitória a empolgação domina o ser humano e com isso você perde um pouco o foco. Por isso que veio a calhar. Já treinamos hoje e queremos chegar com tudo em Brasília.

PB: Você está preocupado com o baixo rendimento do pivô Baby nas duas últimas partidas?

PC: São momentos. No primeiro jogo no Rio ninguém foi bem e no segundo jogo o Baby estava muito bem, mas levou uma técnica e esfriou. Acabou voltando bem na marcação no terceiro quarto.

PB: O que aconteceu com o time do Flamengo no início das duas partidas no Rio de Janeiro?

PC: Nossos arremessos não estavam felizes, a bola não entrava, mas a equipe ficou em cima o tempo todo. Acredito que foi um mau momento do jogo.

PB: Eu estive na Arena HSBC no domingo e fiquei muito admirado com o ambiente formado para o jogo. Você imaginava participar de um jogo com aquele cenário aqui no Brasil?

PC: Olha, não... Porque no Brasil não temos essa estrutura. O show foi bem promovido e isso chama a torcida que gosta desse entretenimento. Isso faz a diferença. O Maracanãzinho também tem uma boa estrutura. Seria ótimo que todos os clubes tivessem essa estrutura.

PB: Eu fiquei muito impressionado com a química entre o Duda e a torcida do Flamengo. Mesmo com toda importância do Marcelinho é o Duda que tem uma música especial, cantada durante os jogos. Como você pode definir essa relação?

PC: O Duda é uma pimenta! Ele joga com felicidade, ele contagia o grupo todo, ele joga focado. Desde pequeno ele é assim. Eu vi esse menino crescer, o acompanho desde pequeno no Fluminense. A química com a torcida se transfere para o grupo todo.

PB: Qual a melhor tática para vencer o quarto jogo da série no estádio Nilson Nelson?

PC: Vamos entrar com a mesma atitude do terceiro quarto de domingo. Temos que jogar com a segurança de ter duas chances para ser campeão, mas com a atitude para vencer já neste domingo em Brasília.

PB: Pensando no futuro, o Flamengo vai buscar reforços para o banco da equipe? Já que a média de pontos vindos do banco não é boa.

PC: O primeiro pensamento é ganhar a final. Depois vamos avaliar os pontos técnico, clínicos e físicos. O banco é importante e eu me preocupo com isso desde que assumi em 2005. Tivemos problemas de contusão, mas o Fred entrou bem e ajudou. O banco faz o papel dele sim, mas às vezes a bola não cai.

Desfalques colorados dão leve favoritismo ao Corinthians

A primeira partida da final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, no Pacaembu, tem tudo para ser um confronto muito equilibrado, em função da qualidade das duas equipes. Claro que o jogo vai ser disputado, mas o favoritismo, que seria difícil de apontar para qualquer uma das equipes quando o confronto foi definido, agora pende para o lado corintiano, mesmo que de maneira tímida, em função dos sérios desfalques do Inter.

Do trio colorado que vinha encantando o Brasil durante o ano, somente Taison (artilheiro da competição com 7 gols) atuará. Nilmar já era ausência certa, pois está com a Seleção disputando a Copa das Confederações. O problema da vez é o argentino D'Alessandro, que se recuperou de uma lesão na coxa direita, mas foi vetado para aprimorar a parte física visando o segundo jogo, semana que vem. Além deles, o Inter não terá seus dois laterais titulares. Kléber não joga pelo mesmo motivo que Nilmar, enquanto Bolívar está suspenso.

A sorte do time gaúcho é que seu elenco tem peças que podem suprir ausências com qualidade. Mas é difícil encontrar substitutos à altura, principalmente para Nilmar e D'Alessandro. Tite ainda não definiu quem vai para o jogo, mas acredito que não vá inventar, apesar dos inúmeros boatos que correm por aí. No lugar do atacante entra Alecssandro, que tem um estilo diferente, mais fixo na área. Com isso, Taison deve atuar mais solto, buscando as jogadas pelos flancos. Andrezinho entra na vaga do argentino e, dos substitutos, é quem deve fazer a torcida colorada sentir menos a diferença entre titular e reserva, já que atravessa grande fase. Na lateral-esquerda, Marcelo Cordeiro deve ser efetivado, assim como Danilo Silva na direita. Neste lado, no entanto, Tite pode optar por improvisar um zagueiro (assim como faz com Bolívar). Neste caso, Índio seria deslocado, com Danny Moraes entrando no miolo de zaga. Mas não acredito muito nessa possibilidade.

O Corinthians também tem os seus problemas. André Santos está com a Seleção e não joga. Seu substituto natural é Wellington Saci, porém o atleta vem sendo mais aproveitado no meio-campo. Mano também pode improvisar o zagueiro Diego ou o volante Marcelo Oliveira na posição. No ataque, Ronaldo está muito gripado e com certeza não estará 100% em campo. O atacante, aliás, vive um jejum de gols que já incomoda. Ele não marca desde 6 de maio, contra o Atlético-PR pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Mas costuma aparecer em momentos decisivos como este.

Apesar dos desfalques do Timão, creio que os problemas do Inter são maiores. Por isso, e pelo fato de atuar em casa, com amplo apoio da Fiel, aponto o time paulista como favorito, mas acho difícil um placar elástico. A decisão será mesmo no Beira-Rio. O que é ótimo para quem gosta de futebol, já que teremos dois belos jogos assistir.

CÓDIGOS DEL FÚTBOL

Aconteceu sexta-feira, em Banfield. O time local venceu o Independiente por 5 a 0. O detalhe é que o quinto gol do Taladro saiu aos 30 minutos do segundo tempo. Depois disso o time parou e seus jogadores reconheceram que não fizeram mais por conta de um código existente no futebol.

Até o craque do jogo, o uruguaio Santiago Silva (foto), que marcou dois, foi interpelado por seus companheiros quando chegou cara a cara com o goleiro Assman e desperdiçou a chance de meter seu terceiro gol. Segundo ele, os seus companheiros de equipe lhe disseram que cinco já estava de bom tamanho.

Sinceramente, isso é de um desrespeito incrível com o torcedor que paga ingresso e quer ver sempre seu time partindo pra cima, independente de placar e adversário. E mais, a meu ver esse tal de “código do futebol” é uma grande falácia. Os jogadores do Banfield, tendo visto tamanha facilidade para penetrar na defesa do Independiente, deveriam ter feito mais gols. Era a chance de entrar para a história. Afinal, a última vez que o Taladro havia vencido o Rojo por esse mesmo placar havia sido em 1951.

Será que o tal “código do futebol” não tolera o jogo bonito, o futebol ofensivo? Sim, porque em nome deste tal código jogadores habilidosos são caçados por fazerem jogadas de extrema habilidade. Os defensores do “código” dizem que eles estão tripudiando dos rivais. Fico me perguntando o que Garrincha diria hoje se fosse confrontado com esse tal “código do futebol”?

Só para completar sobre essa partida: o presidente do Independiente, Julio Comparada, abandonou o estádio Florencio Sola no intervalo. Viu, portanto, apenas três gols do Banfield. Em Avellaneda se fala em limpeza do plantel. Oito jogadores estariam na mira do técnico Américo Gallego, que também está na corda bamba.

Esta foi a terceira vez que o Independiente perde de cinco neste Torneio Clausura. Antes os algozes foram San Lorenzo e Estudiantes.

Capítulo 17
Cada vez mais o campeonato fica polarizado. Depois da décima sétima rodada o que ficou é a disputa entre Vélez e Huracán pelo título. O Lanús, que vinha no páreo, ficou para trás.

Jogando no José Amalfitani, o Fortín venceu o Newell’s Old Boys por 2 a 0. Maxi Morález e Rodrigo López, artilheiro do time com 10 gols no Clausura, anotaram os tentos da vitória. O Vélez mostra futebol consistente. O time treinado pelo “flaco” Gareca é um relógio. Não mostra o futebol artístico do Huracán, mas é eficiente e seus jogadores parecem saber o momento certo e matar um jogo.

O Huracán, por sua vez, teve um jogo difícil pela frente contra o rival San Lorenzo. Jogando no Nuevo Gasómetro, o time de Angel Cappa venceu. O placar foi 1 a 0, gol de Goltz, de cabeça. Havia oito anos que o Globo não vencia o Cuervo. Este era considerado o jogo chave para saber se o “Los Angeles de Cappa” poderiam dar a volta olímpica, igualando assim o feito do Huracán de 73. Pois venceu e segue na perseguição ao Vélez, um ponto atrás. Ambos só dependem de si, afinal na última rodada eles se enfrentam, em Liniers, casa do Fortín.

O Lanús, por sua vez, foi atropelado pelo Arsenal de Sarandí por 4 a 1, sábado, no Viaducto. O próprio técnico do Granate, Luis Zubeldía, e o artilheiro Sand lamentaram a goleada sofrida e reconheceram que as coisas ficaram mais difíceis quando se fala em título.

Só para constar, o River venceu o Tigre por 3 a 1, no Monumental, dois gols do uruguaio Robert Flores e outro do “Ogro” Fabbiani, que voltou a marcar depois de 15 jogos. Já o Boca foi até o Cilindro de Avellaneda, lotado de torcedores blanquicelestes. E em mais uma mostra de heroísmo, o Racing bateu o Xeneize por 3 a 0. Lucas Castromán, Zuculini e Grazzini fizeram os gols que praticamente salvam o Racing do rebaixamento. O time só depende dele para se manter na Primeira.
Classificação: 1º Vélez 36; Huracán 35; Lanús 34; Colón 31Rebaixamento: 17º Rosário Central 1,161; 18º Gimnasia La Plata 1,116; 19º Gimnasia de Jujuy 1, 036; 20º San Martín 1,028

Obs.: Gimnasia de Jujuy e San Martín de Tucumán já estão rebaixados. Rosário Central e Gimnasia La Plata ainda lutam contra a Promoción, play-off jogado contra dois times da B Nacional valendo mais duas vagas na Primeira A.
Ya son de Primera
Cai um time de Tucumán e sobe outro time de Tucumán. A torcida do San Martín está triste, mas a do Atlético ri a toa com o acesso de sua equipe e com a queda do rival. O outro que garantiu seu retorno à categoria máxima é o Chacarita Juniors.

Lutando pela Promoción está o Belgrano de Córdoba, que precisa de um empate na última rodada, fora de casa, contra o All Boys. A outra vaga está entre Instituto de Córdoba, que enfrenta como visitante o Defensa y Justicia, e o Atlético Rafael, que recebe o Independiente de Mendoza. Ambos tem 59 pontos. Já o Aldosivi, com 57, joga em Mar Del Plata contra o Unión de Santa Fé. Precisa vencer e torcer para derrotas de seus rivais.

O rebaixamento na B Nacional já está quase definido. O Talleres de Córdoba caiu para o Torneio Argentino A. O Almagro já está rebaixado para a B Metropolitana. A CAI de Comodoro Rivadávia jogará a Promo contra um time do Argentino A. Los Andes e Platense ainda lutam para não jogar a Promoción contra um time da B Metropolitana.
Por Raphael Martins