domingo, 21 de junho de 2009

Caçulas paulistas têm início surpreendente

Quando um Campeonato Brasileiro está para começar, é natural apontarmos favoritos ao título, Libertadores e rebaixamento. E também é natural que figurem na lista de possíveis rebaixados as equipes recém-promovidas à Série A (com pouquíssimas exceções, especialmente os clubes grandes). Indo nesta linha, Santo André, Barueri e Avaí seriam candidatos ao descenso. Continuam sendo, mas é inegável que o começo da dupla paulista é animador.

Curiosamente as equipes estão praticamente idênticas no campeonato. O estreante na Primeira Divisão, Barueri, é o 7º, com 10 pontos, mesma pontuação do time do ABC paulista, que está em 8º. Os dois perderam apenas uma vez em sete rodadas (justamente na 3ª), têm duas vitórias e quatro empates. A única diferença está no ataque: enquanto o Barueri marcou 13 gols, o Santo André fez 12.

Aliás, o grande nome do time baruerense está na linha de frente. É Pedrão, que com os dois gols marcados na vitória de 4 a 2 sobre o Cruzeiro, chegou aos 6 no Brasileirão e assumiu a artilharia. Ele já havia se destacado no Paulista deste ano, quando também foi o artilheiro, com 16 gols. Seu companheiro de ataque, Fernandinho, também tem feito ótimas partidas, com muita habilidade e velocidade nas jogadas pelas pontas. O triunfo no Mineirão foi ainda mais importante, pois representou a queda de uma invencibilidade da equipe celeste no estádio. Desde 14 de setembro do ano passado que o Cruzeiro não perdia em casa. Motivo de sobra para a comemoração do Barueri, apesar dos mineiros terem atuado com um time misto.

O Santo André, em sua segunda participação na elite do futebol brasileiro (a primeira foi em 1984), também tem seu homem-gol. É Nunes, que já balançou as redes adversárias três vezes neste Brasileirão. Os muito experientes Marcelinho Carioca e Fernando dão a cadência necessária no meio-campo da equipe do ABC, que voltou a vencer neste sábado: 2 a 1 no Sport, com um gol aos 48 do segundo tempo, do zagueiro Marcel. E o treinador Sérgio Guedes vem mostrando qualidade no trabalho, ele que já havia levado a Ponte Preta ao vice-campeonato paulista em 2008.

Apesar de ainda estarmos no início do campeonato, chama a atenção a campanha destas equipes, que por enquanto deixam rivais muito mais tradicionais, como Botafogo e São Paulo, para trás. Resta saber se serão apenas fogo de palha ou se terão fôlego para continuar neste ritmo e sonhar até com uma vaguinha na Sul-Americana.

Rapidinhas da Rodada:

- Djalma Beltrami se supera a cada jogo. Desta vez ele encerrou a partida Santos 2 x 3 Atlético-MG por duas vezes. Depois de dar 4 minutos de acréscimo, ele acabou o jogo aos 47. Os santistas reclamaram e ele, simplesmente, reiniciou o confronto. Aos 50 (não eram 4 minutos???), Molina marcou o gol de empate, mas Beltrami anulou, marcando uma falta de Kléber Pereira que só ele viu. E esse tipo de árbitro ainda é escalado. Palmas para a Comissão de Arbitragem.

- O Galo, aliás, segue firme na liderança. Virou o jogo na Vila, com mais uma grande atuação de Diego Tardelli, e chegou aos 17 pontos, três a mais do que o Inter.

- O Colorado, com time misto, tomou uma sapatada do Flamengo no Maracanã. O Rubro-Negro voltou a jogar bem, dominou a partida e contou com belíssima atuação de Adriano, que fez três, sendo os dois primeiros com muita categoria.

- Outro erro grotesco de arbitragem: anularam um gol lindo, de voleio, de Obina, na partida do Palmeiras contra o Atlético-PR, sábado, na Arena da Baixada. Como pode alguém marcar impedimento em lance tão fácil de se enxergar? E logo do simpático atacante baiano...

- Um dado curioso: das 6 partidas do sábado, 5 tiveram seus resultados definidos após os 44 minutos do segundo tempo. Quanta emoção!

- Que chute acertou o Léo Gago! Me.. Me... Meu Deus!

Seleção atropela Itália em 45 minutos


Trinta e nove anos se passaram, mas a Seleção Brasileira continua confirmando sua superioridade em cima dos italianos. No dia do trigésimo nono aniversário da conquista do Tri em 70, o Brasil, assim como no passado, atropelou a Itália e venceu por 3 a 0, com dois gols de Luis Fabiano e Dossena, contra. Tudo isso ainda no primeiro tempo. Com a goleada, a Itália está eliminada da Copa das Confederações. A Azzurra ficou fora no saldo de gols, depois da goleada dos Estados Unidos em cima do Egito também por 3 a 0, que classificou os norte-americanos para as semifinais. A Espanha encara os americanos na quarta-feira às 15h30. O Brasil enfrenta a dona da casa, África do Sul, na quinta-feira, também às 15h30.

OPINIÃO:
O técnico Dunga não foi cabeça-dura e escalou o lateral André Santos e o volante Ramires, que se destacaram na vitória em cima dos Estados Unidos na última quarta-feira. A etapa inicial foi dominada pelo Brasil, que teve 56% da posse de bola, chutou nove vezes, acertou duas na trave e marcou três vezes. A Itália não sofria três gols no primeiro tempo desde 1957, em uma partida contra a Iugoslávia. Com os dois gols, Luis Fabiano divide a artilharia com os espanhóis David Villa e Fernando Torres, todos com três gols marcados.
Mais uma vez o volante Ramires foi muito bem e ajudou muito o lado direito da Seleção, com boas tabelas e muita velocidade. André Santos também foi bem, ajudando principalmente na saída de jogo pelo flanco esquerdo. Parece que o ala-esquerdo do Corinthians ganhou a confiança do técnico Dunga e a vaga do lateral Kleber. Kaká, que enfrentou a Itália pela primeira vez, também foi muito bem, sendo o melhor da partida ao lado do atacante Luis Fabiano. Agora o mundo todo torce para ver o grande confronto entre Brasil e Espanha na final da Copa das Confederações. Mas nada está certo e a zebra pode pintar.