domingo, 6 de dezembro de 2009

SÓ PODIA SER NO DOMINGO


Olá blogueiros. Domingo, 6 de dezembro de 09, o domingo mais domingo dos últimos 17 anos. Isso mesmo! Esse dia tão especial no calendário romano tem suas características especificas. Rituais e rotinas que fazem parte desse dia, somente desse dia. Domingo não é domingo sem macarronada no almoço, futebol às 17 horas e saudosismo no final do dia.

Queria abordar esse domingo pela ótica do futebol às 17h. Hoje no Maracanã tem jogo do Flamengo, e não é apenas um jogo, é a decisão do Brasileirão. Há 17 anos o time carioca não chega tão perto dessa conquista, a sexta no seu cartel. Toda a expectativa criada em torno desse jogo é muito justificável. A maior torcida do Brasil está prestes de protagonizar a maior festa dos últimos tempos. As pessoas nas ruas, nas lojas, no trânsito, na televisão, todos só falam nessa possibilidade. E para aumentar o drama, o Grêmio é o adversário do Flamengo (o inter precisa da vitória do Grêmio). Esse desfecho de campeonato é o mais coerente com a loucura que foi essa competição.

E o Rubro-Negro foi protagonista nessa loucura. Começando com o primeiro turno ridículo que a equipe fez. Passando pela demissão do Cuca e de toda a cúpula do futebol, as saídas de Íbson, Emerson e as contusões do Kléberson, Léo Moura e Juan, ainda no primeiro turno. No meio desse furacão todo, com um técnico interino/promovido e com mais de sete desfalques a equipe quebrou um tabu de 30 anos sem vitórias na Vila Belmiro. Ali foi um sinal que o trabalho poderia dar certo.

Começou o returno do Brasileirão perdendo as duas primeiras partidas (Cruzeiro e Avaí). Apartir do terceiro jogo (Santo André) a equipe ficou onze jogos invicta (até perder para o Barueri). Isso mesmo, o técnico Andrade recebeu os jogadores que estavam em recuperação e começou a arrumar o time. A diretoria fez sua parte, as contratações do zagueiro Álvaro e do volante Maldonado, foram determinantes. Até hoje eu me pergunto como as diretorias mais laureadas do BRASIL não pensaram nisso antes.

O jeito como o chileno Maldonado arrumou a cozinha do Flamengo foi histórico. A liderança do Álvaro também foi quimicamente perfeita. Foi o perfil ideal para recompor a ausência do capitão Fábio Luciano. Daí em diante o técnico Andrade teve material e segurança para montar sua equipe. E a equipe do Flamengo foi muito bem montada.

Um 4-3-3 muito eficiente. Na defesa a famosa e clássica linha de quatro jogadores. Os dois zagueiros e os laterais mais conservadores. No meio-campo, dois marcadores de qualidade e um meia de ligação. No ataque, um centroavante e dois jogadores bem abertos.
Time base: Bruno, Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan; Airton, Maldonado (Toró) e Petkovic; Willians, Adriano e Zé Roberto.
Esse time deu uma arrancada fenomenal, tirando mais de doze pontos de diferença para o Palmeiras, líder no início da arrancada. Vale destacar a esuberancia do futebol apresentado pela dupla Pet e Adriano. O "gringo" está jogando o fino e foi determinante na melhora do time. Sobre o Imperador, nem preciso escrever muito. É o artilheiro da competição com 19 gols. E tem cada golaço!

Das dezoito vitórias da equipe, onze foram conquistadas no segundo turno. A equipe venceu todos seus concorrentes de forma categórica. São Paulo, Palmeiras, Atlético-MG, sofreram nas mãos do FLAMENGO. E pelo menos dois (Palmeiras e Atlético-MG) perderam o rumo após a derrota. O time outrora desequilibrado e sem preparo para jogos fora do Maracanã, deu aula de como jogar como visitante. No caso de conquistar o hexa, será devido ao aproveitamento fora de casa. Por isso, quando falam que esse será o campeonato mais fácil, campeão de pior aproveitamento na era dos pontos corridos, nivelado por baixo e outras falácias. Eu tenho pena! Tenho pena, porque esse tipo de análise é cega e medíocre. Negar a beleza do imponderável e do equilíbrio positivo de forças é triste. Esse campeonato foi o melhor da história! O mais emocionante, mais equilibrado e mais imprevisível.

Isso devido ao grande número de craques que os times reuniram esse ano. Adriano, Fred, Pet, Diego Souza, Hernanes, Gilberto, Kleber, D´Alessandro, Ronaldo, Fernandão, Iarley, Diego Tardelli. Enfim, todos os times contam com pelo menos um jogador diferente no elenco. E isso faz a diferença. No caso do Flamengo foi exatamente isso que fez o time dar esse salto de qualidade na competição. Jogadores como Adriano, Pet, Maldonado, Léo Moura, Juan, Bruno, Willians e Zé Roberto, são decisivos pela grande qualidade que possuem.

Por isso Rubro-Negro, não se preocupe com o noticiário, com o Grêmio, o Inter, Palmeiras e São Paulo. Se preocupem em torcer e aproveitar esse dia, esse domingo tão especial. Eu vou para o Maracanã. Quero participar desse momento. Quero fazer parte do encerramento do melhor Campeonato Brasileiro da história.

Palpitão: Flamengo 2x0 Grêmio