domingo, 7 de março de 2010

Vitória merecida

Não foi um grande jogo no Maracanã. Mas a vitória do Fluminense sobre o Botafogo por 2 a 1 foi mais do que merecida. Novamente o time de Joel foi inferior, ficou atrás o tempo todo e só tentava chegar na sua única jogada que tem: a bola aérea. E foi assim que o Alvinegro fez 1 a 0. Depois de falta cobrada na área, Jéfferson defendeu e no rebote Maicon fez penalti em Wellington. Herrera bateu e fez.

Isso e mais uma cabeçada de Loco Abreu ainda na primeira etapa. Foi tudo que o Botafogo produziu durante os 90 minutos. Já o Flu foi melhor desde o primeiro minuto. Fred perdeu um gol inacreditável, debaixo da trave, mas se redimiu em grande estilo marcando um golaço de voleio na segunda etapa. O menino Wellington Silva entrou muito bem novamente e foi dele a jogada do gol da virada tricolor, marcado por Mariano. O garoto ainda quase deixou o dele logo depois, mas parou no goleiro botafoguense. Como hoje foi noticiado de que Maicon está quase acertado com o futebol russo, a titularidade de Wellington é iminente.

A derrota mostra que o Botafogo tem uma equipe limitada sim e depende de lances esporádicos de seus atacantes. Nem sempre vai funcionar, como hoje não funcionou. Joel precisa promover logo a entrada dos novos contratados, especialmente Edno, que neste domingo foi ao campo somente aos 38 do segundo tempo. Lucio Flavio não dá mais. Sua presença quase não é notada, a não ser quando é substuído e vaiado pela torcida. O Fluminense, por sua vez, mostrou um bom futebol, especialmente os alas Julio Cesar e Mariano, além, é claro, de Fred, Maicon e Wellington Silva. Mas ainda precisa melhorar o setor defensivo e a saída de bola. Os erros de passe são demasiados, inclusive o gol alvinegro saiu assim.

O ponto negativo do clássico foi mais uma vez o público: 11 mil pagantes e 17 mil presentes. Infelizmente esta é a tônica deste Estadual. Abram os olhos, dirigentes!

Seriedade + qualidade técnica = goleada

Como o Passando a Bola é um blog de esportes e não de fofocas, deixarei de lado os problemas pessoais de Adriano e o tal episódio do baile funk dos jogadores do Flamengo. Falarei de algo muito mais importante, que foi a boa vitória do Rubro-Negro diante do frágil (e igual aos outros pequenos do Rio) Resende por 4 a 0.

Talvez tenha sido a melhor apresentação do Flamengo no ano durante os 90 minutos (no Fla-Flu a atuação de gala foi apenas na segunda etapa). Desde o início da partida os jogadores mostraram seriedade e disposição ofensiva para marcar gols, diferentemente daquele toque de bola lateral, típico do Fla quando tem o adversário sob controle. O primeiro tempo só não terminou com um placar maior do que o 1 a 0, gol de Mezenga, porque o goleiro Cléber fez ótimas defesas - uma delas incrível em uma cabeçada de Fernando. Porém, no segundo tempo, não teve jeito. Jogando de forma rápida e objetiva, o time de Andrade construiu a goleada com gols de Léo Moura (que está virando especialista em cobranças de falta na entrada da área), Vinícius Pacheco e Vagner Love.

A equipe toda foi bem, sem exceção, mas destaco Juan, que enfim mostrou bom futebol, Fernando, firme nos desarmes e com boa visão para sair jogando, e Vágner Love, que mais uma vez mostrou muita vontade, além de ter marcado gol (seu décimo no campeonato) e dado uma assistência. Outras boas notícias foram as entradas de Petkovic e Ramon. Pet conseguiu boas jogadas com Pacheco e é capaz que Andrade escale os dois desde o começo na partida de quarta, contra o Caracas. Já Ramon, novamente, deu mostras de que será bastante importante. Outra vez ele entrou, jogou pouco tempo, mas o suficiente para participar diretamente de um dos gols.

O Flamengo, pelo menos até quarta, deixa de lado o princípio de "crise" que alguns da imprensa insistem em criar para se preparar com mais tranquilidade para a sequência de partidas que terá agora. Fosse eu o Andrade e domingo, diante do Vasco, escalaria uma equipe reserva, já que o objetivo maior é a Libertadores e o elenco rubro-negro tem opções interessantes para formar o time para o clássico sem usar os titulares.