sábado, 25 de julho de 2009

Evolução do Botafogo, queda colorada

O Botafogo finalmente vai melhorando. Reforços chegaram, jogadores que estavam machucados estão voltando à sua melhor forma e o principal, a atitude dos jogadores é outra. Por isso, a equipe que até bem pouco tempo atrás estava na zona de rebaixamento, na vice-lanterna, agora soma cinco jogos de invencibilidade (2 vitórias e 3 empates). Neste sábado, a vítima foi o Internacional e o placar foi 3 a 2 para o Alvinegro, no Engenhão. A equipe de Ney Franco chegou aos 15 pontos, na 15ª colocação, lembrando que ainda tem um jogo por realizar da 12ª rodada, diante do Cruzeiro.

O Colorado, por sua vez, segue sua má fase e neste domingo pode, pela primeira vez, terminar uma rodada fora do G-4. O time gaúcho é o 3º com 24 pontos. Os comandados de Tite venceram apenas 3 vezes nos últimos 10 jogos do Brasileirão e a situação do treinador vai, aos poucos, ficando cada vez mais difícil.

Sem contar com Nilmar, vendido ao Villareal-ESP, e Alecssandro, suspenso, Tite optou por um ataque leve, com Bolaños e Taison. No meio, D'Alessandro e Andrezinho seriam os responsáveis pela armação das jogadas. Mas a escolha mostrou-se equivocada, já que o Inter conseguia ter mais posse de bola, mas pouco criava e quando o fazia, sentia a falta justamente de uma referência na área não só para completar os cruzamentos como também para segurar a bola no ataque. O Botafogo, então, sempre mais perigoso e objetivo, abriu o placar logo no começo, com o zagueiro Wellington, aproveitando falha de Michel Alves. Logo depois André Lima ampliou e os cariocas poderiam ter até aumentado a vantagem, tamanha a superioridade. Juninho continuou com o pé calibradíssimo acertando a trave em uma falta quase do meio-campo.

Já o Inter não se encontrou. É impressionante como caiu de produção D'Alessandro em relação ao começo da temporada. O argentino simplesmente é figura nula em campo, sendo notado somente quando reclama do árbitro. Tite percebeu isto e também a falta de um jogador de área. Por isso, mudou no intervalo. O camisa 10 saiu para entrada de Giuliano, que passou a cair pela direita, e Bolaños deu lugar a Leandrão. Taison foi jogar pela esquerda e o Colorado melhorou consideravelmente. Tanto que logo aos 2 minutos, Andrezinho diminuiu de penalti. Depois de Juninho carimbar novamente a trave em cobrança de falta, a tal referência gaúcha que fazia falta se fez presente. Andrezinho levantou na área, a zaga botafoguense parou e Leandrão teve tempo de dominar e tocar na saída de Castillo: 2 a 2.

A torcida alvinegra temeu que mais uma vez a equipe ficaria sem a vitória depois de sair na frente no placar, mas, diferentemente do que vinha acontecendo, a equipe de Ney Franco continuou em cima, em busca do terceiro gol. Reinaldo entrou na vaga de Renato e a pressão deu resultado aos 30, quando Alessandro apareceu livre para deixar o Botafogo novamente em vantagem. A partir daí o Inter bem que tentou o empate, mas o jogo terminou mesmo com vitória justa carioca.

É notória a evolução do Botafogo. Claro que ainda está longe do ideal, mas se formos comparar com o desempenho do início do campeonato, parece outro time. Méritos para Ney Franco, comprovando que é sim um bom treinador. Só não faz milagres.

Rapidinhas do sábado:

- Impressionante a subida de produção do Avaí. Venceu mais uma (a quarta seguida na competição), desta vez o Atlético-PR, fora de casa, por 3 a 1. O mais importante é que desses quatro triunfos, três foram longe de Santa Catarina. A equipe de Silas, antes desta sequência, era a lanterna, com apenas uma vitória. Hoje está na nona posição, com 19 pontos. Se derrotar o Vitória, quinta-feira, o Avaí será o primeiro time a vencer cinco vezes consecutivas neste Brasileirão. Já o Furacão segue mal das pernas. Perdeu outra vez em casa e segue na zona de rebaixamento (18º, com 12 pontos). Para piorar, pode terminar a rodada em último lugar, caso Fluminense e Náutico vençam neste domingo. Ano passado o Atlético se livrou do rebaixamento na última rodada, justamente pelos pontos feitos em casa. Este ano nem isso está acontecendo. Das oito partidas na Arena da Baixada, venceu apenas duas. Abre o olho!

- O Grêmio jogou bem e conseguiu derrotar a bem armada equipe do Santo André, por 3 a 2, no Olímpico. Souza foi o grande nome da partida, marcando um golaço e dando duas assistências para o zagueiro Rafael Marques fazer outros dois. O Tricolor é o sexto colocado, com 21 pontos e vai brigar pelo título. Mas precisa melhorar seu desempenho fora de seus domínios. A equipe do ABC vem fazendo bonito, dentro de suas possibilidades. Quando perde, complica o jogo. Mas para mim sua luta ainda é contra o descenso.

Bobeadas

Numa campanha longa e difícil como a do Vasco na Série B, sempre acontece aquele dia em que quase tudo falha ou dá errado. Como na partida de hoje, contra o Bahia. Ernani e Robinho bobearam ao não aproveitarem suas chances no time titular e fazerem ambos péssima partida. A assistente Ticiane Falcão Martins bobeou ao falhar seguidamente no que provavelmente foi o jogo mais importante da sua carreira, deixando os jogadores dos dois times irritados.

Dorival Júnior bobeou ao não colocar Carlos Alberto antes. E bobeou de novo ao trocar Élton pelo camisa 19, quando poderia ter sido um pouco mais ousado. A defesa, tão elogiada por mim diversas vezes, bobeou duas vezes, permitindo ao Bahia fazer dois gols em cobranças de escanteio, o segundo quando o Vasco tinha um homem a mais. Adriano bobeou, ao perder um gol mais certo que corrupção de político após driblar o goleiro Marcelo, do Bahia.

Quem não bobeou foram Alex Teixeira e Fernando Prass. O primeiro fez o gol do Vasco; o segundo não teve culpa nos gols e voltou a fazer belas defesas. Mas a maior bobeira foi mesmo a do Vasco. Que perdeu após dez partidas e ficou de fora do G4.

Ninguém faz tanta bobagem e sai impunemente.

Por Thiago Teixeira (Acompanhando o Vasco)

FICHA TÉCNICA

BAHIA 2 X 1 VASCO
Estádio: Governador Roberto Santos (Pituaçu), Salvador (BA) Data/hora: 25/7/2009 - 16h10
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL) Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e Ticiana de Lucena Falcão Martins (AL)
Renda/público: R$ 589.675,00//25.376 pagantes
Cartões amarelos: Reinaldo Alagoano, Leandro, Nádson, Nem (BAH); Elton, Ramon, Ernani, Souza, Paulinho (VAS) vCartão vermelho: Leandro, 30'/2ºT (BAH).
Gols: Alex Teixeira, 3'/2ºT (0-1); Nem, 18'/2ºT (1-1); Menezes, 41'/2ºT (2-1).

BAHIA: Marcelo, Nem, Rogério e Menezes; Marcos, Leandro, Elton (Léo Medeiros, 30'/1ºT), Ananias (Evaldo, 33'/2ºT) e Alex Maranhão; Beto (Nádson, 12'/2ºT) e Reinaldo Alagoano. Técnico: Paulo Comelli.
VASCO: Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vilson, Titi e Ramon; Nilton, Ernani (Paulinho, intervalo), Souza e Alex Teixeira; Robinho (Adriano, 14'/2ºT) e Elton (Carlos Alberto, 31'/2ºT). Técnico: Dorival Júnior.

Salve São Cristovão

Amigos do Passando a Bola. Estou em falta com vocês, mas na minha idade a saúde tem que ser prioridade. Meu médico está na minha cola e ainda estou em observação. Assim, me falta tempo e paciência para lembrar das histórias e de acompanhar esse futebolzinho sem graça.

Venho hoje até vocês para fazer uma homenagem ao santo mais importante do catolicismo: São Cristovão. Hoje é o dia dele. Além de ser o padroeiro dos motoristas, viajantes e taxistas, ele deu nome ao melhor time de todos os tempos. O meu São Cristovão. Salve São Cricri!

Como homenagem vou contar, em resumo, a história desse grande homem.

"Cristóvão" significa "aquele que carrega Cristo". São Cristóvão, protetor dos viajantes e dos motoristas. Martirizado no século III, possivelmente viveu na Síria. São Cristóvão é também o padroeiro dos taxistas!

De acordo com algumas das lendas, Cristóvão era um gigante materialista com manias de grandeza. Supondo que o rei a quem servia seria o maior do mundo, Cristóvão servia, sem saber, ao satanás, dentro da presteza; porém, o gigante vivia triste, mal-humorado e imundo!

Através de um ermitão, o gigante descobriu o verdadeiro Rei. Informado, passou a fazer caridade para servir ao novo Senhor; Cristóvão trocou suas manias, e passou a servir seus semelhantes, pregando a nova causa com fé e garra, transformando-a em sua lei.

No rio, passou a baldear as pessoas, vadeando-as com louvor. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao bom gigante e lhe pediu: "É possível tu me transportar para a outra margem do rio?”

Cristóvão pegou o menino nos ombros e seguiu o seu roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o peso do mundo inteiro! Ao observar o espanto de São Cristóvão, o menino lhe falou: "Em teus ombros, levaste mais que o mundo inteiro. Tu carregaste o Senhor do Mundo. Eu sou Jesus, aquele a quem tu serves..."
É por essas e por outras que eu afirmo: São Cristovão é o maior time do mundo!