sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pela primeira vez na história, F1 se enfraquece e vê nascer outro campeonato

O que era só ameaças tornou-se uma triste realidade. Pela primeira vez em 60 anos, a Fórmula 1 será dividida em duas, e terá um campeonato paralelo ao seu, graças ao autoritarismo, orgulho e petulância de Max Mosley(foto) , presidente da FIA(Federação Internacional de Automobilismo).



A FOTA(Associação dos Times da Fórmula Um), não encontrou um denominador comum junto a FIA, e rompeu relações com esta entidade. Em 2010, a FOTA organizará um outro campeonato com as equipes Ferrari, McLaren, BMW, Renault, Toyota, Red Bull, Toro Rosso e Brawn, que não concordaram com a imposição do teto orçamentário estimado em £ 40 milhões de libras esterlinas, cerca de R$130 milhões de reais.


A FIA até havia cedido as reclamações da FOTA e colocaria essa sifra na casa de £ 100 milhões de libras, mas voltou atrás e se mostrou teimosa a não atender as recomendações das equipes citadas à cima. Semelhante ao que aconteceu em 1996 com a IRL, em que Tony George não queria ver outra categoria associada ao nome Indy, por ele ser dono do Indianápolis Motor Speedway, a categoria também se dividiu em duas. O que há tempos atrás era inimaginável, infelizmente aconteceu. Como será essa nova Fórmula 1 sem a tradicionalíssima Ferrari? A mídia especializada daria um bom tratamento na cobertura dela? Teria audiência na TV? E a aceitação junto ao público? Os times que não foram incluidos na lista do dia 12 de Junho vão ser agregados, afim de apagar a má imagem da FIA junto ao mundo? A idéia de Max Mosley era de certo modo até boa, se pensarmos que o inglês faria a principal categoria do automobilismo mundial, voltar a alinhar 26 carros no grid desde 1995, se não fosse a controversa história do teto orçamentário.


Das duas uma, ou oito ou oitenta! Ele,(Max Mosley) atendia as reivindicações dos times rebeldes, elevando os custos da categoria a quantias astronômicas em plena crise mundial, ou baixava os gastos a fim de facilitar a entrada de escuderias modestas. Graças a idéias estapafúrdias, carregadas de um certo ar de arrogância e intolerância, Mosley conseguiu destruir para sempre a imagem da F1.


Queimei a língua!

Confesso que substimei o Cruzeiro. E quando falamos de um time da tradição celeste, isto é um erro imperdoável. A equipe de Adílson Batista foi até o Morumbi e venceu com sobras o São Paulo por 2 a 0, garantindo a classificação para a semifinal da Libertadores. Agora, encara o Grêmio por uma vaga na decisão. O primeiro jogo será dia 24, no Mineirão, e a partida de volta dia 2 de julho, no Olímpico. A vantagem é dos gaúchos pela melhor campanha na fase de grupos.

Já o São Paulo segue sua sina de insucessos recentes diante de brasileiros na Libertadores. Nas últimas quatro edições, o Tricolor foi eliminado por conterrâneos: em 2006, na final, pelo Inter; em 2007, nas oitavas, pelo Grêmio; ano passado, nas quartas, pelo Fluminense; e este ano, também nas quartas, pelo Cruzeiro.

A vitória celeste foi incotestável. Apesar da pressão tricolor no começo, os comandados de Muricy não conseguiram criar oportunidades claras de gol, muito pela ótima marcação dos mineiros (jogaram com 3 volantes: Elicarlos, Henrique e Marquinhos Paraná), mas também pela falta de competência de seus jogadores. Tanto é que a melhor chance da primeira etapa foi dos visitantes, em chute de Kléber, que Dênis defendeu. Antes do intervalo o São Paulo ainda sofreu um baque. Eduardo Costa deu uma entrada criminosa em Jonathan na frente do juiz e foi expulso. É o preço que se paga por escalar um brucutu e deixar Hernanes no banco.

Na volta para o segundo tempo, Dagoberto entrou no lugar de Washington e Hernanes na vaga de Junior César, com Richarlyson indo atuar na lateral-esquerda. As mudanças não surtiram efeito e o Tricolor continuou sem assustar a meta de Fábio. O Cruzeiro começou a gostar da partida e aos 20 minutos abriu o placar com uma bomba de Henrique, no ângulo de Dênis. Que golaço! Depois de Kléber quase marcar outro, Bernardo recebeu na entrada da área e chutou. A bola bateu na mão de André Dias e o árbitro argentino Sergio Pezzota assinalou o penalti, além de expulsar o zagueiro. Kléber cobrou bem e sacramentou a classificação celeste.

Vitória merecida de um time que vem jogando um belíssimo futebol, seguro na defesa e saindo com muita velocidade e qualidade nos passes para os contra-ataques. E olha que jogou desfalcado de Ramires! Na semifinal aposto no Cruzeiro diante do Grêmio, apesar da vantagem tricolor de fazer o segundo jogo em casa. Não sei porque, mas o time gaúcho não me convence. É esperar para ver.

Ao São Paulo resta ter tranquilidade para conseguir se recuperar no Brasileiro. Aliás, nos últimos três anos os paulistas curaram a ressaca da Libertadores abocanhando títulos nacionais. Mas este ano terá que melhorar muito se quiser repetir a dose. O time de Muricy ainda não fez uma apresentação sequer este ano que mereceu aplausos.