quinta-feira, 16 de julho de 2009

A América é argentina

Nós avisamos na Mesa Redonda de segunda: o Estudiantes não estava morto e a partida no Mineirão seria muito difícil, afinal os argentinos nunca podem ser desprezados na Libertadores. Não deu outra. Os hermanos vieram aqui e abocanharam mais um título, o 22º do país na competição, contra 13 dos brasileiros. Para comprovar nossa sina diante de nossos vizinhos, nas últimas cinco vezes que o título foi decidido entre brasileiros e argentinos, eles levaram a melhor em TODAS. E as equipes do Brasil ainda ostentam um triste jejum: foram vice nas últimas 6 decisões que disputaram contra times de outro país.

Na partida de ontem ficou claro desde os primeiros minutos que o Cruzeiro não estava bem. O time celeste fugiu de suas características (toque de bola e rapidez nos contra-ataques), assim como aconteceu no primeiro jogo, e o Estudiantes foi mais perigoso. Somente quando Henrique abriu o placar, no começo do segundo tempo, que foi possível vislumbrar o caneco indo para a equipe mineira. Porém, a alegria não durou muito, aliás, seis minutos, quando Gastón Fernandez empatou. A partir daí o jogo ficou ainda mais dramático e para desespero dos 65 mil cruzeirenses que lotaram o Mineirão, Boselli subiu livre para escorar escanteio de Verón e virar o marcador. Depois o time de Adílson Batista até que teve chances de empatar, mas o travessão e a falta de pontaria não contribuíram.

Foi o quarto título da Libertadores do Estudiantes e a consagração de Verón, que repetiu o feito do pai, Juan Ramón Verón, tricampeão pelo clube em 1968, 1969 e 1970. Conquista merecida de uma equipe que não sofreu gols quando atuou em casa na competição e soube se impor jogando da maneira que o argentino mais gosta fora de casa: com calma, explorando os erros do adversário para ficar em vantagem.

Ao Cruzeiro resta levantar a cabeça porque ainda tem o Brasileirão e o time tem condições de fazer um bom papel. Mas precisa melhorar bastante sua situação, já que poupou a equipe em inúmeras partidas neste início de campeonato e ficou lá pra trás na tabela (é o 16º, com 10 pontos). A diretoria promete reforços, mas Adílson já tem uma importante perda no elenco: Ramires, que foi vendido ao Benfica e fez sua última partida ontem.

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