domingo, 5 de julho de 2009

Clássico alvinegro decepciona no Mineirão

Não foi um bom jogo no Mineirão. Diante de 48 mil pessoas, Atlético-MG e Botafogo até que começaram bem, mas depois o jogo ficou muito truncado (foram 59 faltas no total e o tempo de bola parada superou o de bola rolando) e as carências de ambas as equipes vieram à tona. No final, o empate em 1 a 1 foi justo, mas ruim para os dois. O Galo perde a liderança para o Inter e agora é o segundo, com 18 pontos. Já o Botafogo contou com a incompetência do Avaí, que foi goleado em casa pelo Palmeiras, e deixou a lanterna mesmo sem vencer. É o penultimo, com 7 pontos.

Ney Franco decidiu mudar o Botafogo depois de levar oito gols em dois jogos. Deixou de lado o 4-4-2 para escalar o time no 3-6-1. Aproveitou o fato de jogar fora de casa, contra o líder (e favorito) para povoar o meio-campo e tentar conter a velocidade do time mineiro. A ausência de Victor Simões também motivou o treinador alvinegro a escalar somente um atacante (Jean Coral). No Atlético, Celso Roth não contou com Werley, Thiago Feltri e Evandro, os três suspensos. Alex Bruno entrou na zaga, Junior voltou a jogar na lateral-esquerda e Renan Oliveira estreou com a camisa do Galo em 2009, depois de várias lesões.

A tática carioca deu certo nos primeiros 10 minutos. Os seis homens no meio faziam o time de Ney Franco ficar com a posse de bola, mas a falta de criatividade dos jogadores não ajudava e poucas chances foram criadas. Aos poucos o Atlético melhorou e começou a buscar o ataque, principalmente com os avanços de Carlos Alberto pelo lado direito. Aos 13, Welton Felipe, impedido, escorou falta cobrada por Junior e marcou, mas o árbitro Sálvio Spínola anulou corretamente. Um minuto depois, porém, o Galo abriu o placar. Carlos Alberto foi na linha de fundo e cruzou. Éder Luis, com 1,69m, subiu mais do que a zaga e fez 1 a 0.

Depois do gol, o time mineiro inexplicavelmente parou. O Botafogo cresceu na partida, mas só conseguia assustar a meta de Aranha em faltas cobradas de longa distância por Juninho - aliás, a única jogada que parece dar certo na equipe do Rio. E foi exatamente assim que o empate surgiu. O capitão alvinegro acertou um chute com perfeição, sem chances para o goleiro atleticano: 1 a 1. O gol fez os comandados de Ney gostarem da partida e Alessandro perdeu oportunidade incrível, de frente para Aranha. Se os jogadores responsáveis pela criação do Botafogo estivessem jogando bem, talvez a virada pudesse ter ocorrido. Mas Lucio Flavio, Renato e Batista estiveram sumidos, mais uma vez. E o primeiro tempo ficou nisso.

No intervalo, Roth tirou Renan Oliveira, fora de ritmo e mal no jogo, colocando Júlio César em seu lugar. Depois, Marcos Rocha entrou na vaga de Renan e foi jogar na lateral-esquerda, com Junior indo atuar no setor de armação. Ney também tentou deixar a equipe mais ofensiva, com Tony no lugar de Renato. Mas as alterações não surtiram tanto efeito e a partida ficou sem graça, com muitas faltas e passes errados. Nos acréscimos, o Atlético teve chance para marcar o gol da vitória com Tardelli, mas Castillo fechou bem o ângulo. No contra-ataque Alessandro recebeu livre, na marca do penalti, mas conseguiu chutar em cima da zaga.

Na próxima rodada o Atlético faz o clássico contra o Cruzeiro, provavelmente com os reservas, preocupado com a decisão da Libertadores. Já o Botafogo viaja até Florianópolis, onde encara o Avaí, no jogo dos lanternas.

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