quinta-feira, 25 de março de 2010

Era hora de mudar

Antes de mais nada, quero deixar claro que sou contra a demissão de treinador, ainda mais em pouco mais de 3 meses de trabalho. Parece que é uma solução simplista para resolver todos os problemas de um time, colocando a culpa em apenas uma pessoa. Mas no caso do Vasco, que ontem demitiu Vágner Mancini, não parecia haver outra medida mais cabível do que esta. A equipe, desde a derrota para o Botafogo na final da Taça Guanabara, não vinha rendendo bem. A torcida já perdera a paciência há muito tempo e o presidente do clube, Roberto Dinamite, também já mostrara sinais de descontentamento, inclusive publicamente. Porém, os últimos resultados que foram determinantes para Mancini deixar o comando cruzmaltino. Ontem o Vasco completou 4 jogos sem vitória. A sequência começou com uma derrota para o Flamengo, quando a equipe nem jogou mal, mas caiu diante do maior rival. A tragédia, no entanto, veio depois. Primeiro um empate sofrido com o ASA, pela Copa do Brasil e, principalmente, as duas derrotas consecutivas para times pequenos no Carioca, algo que só o clube da Colina "conseguiu" no Estadual.

Se ser derrotado para o Olaria já era difícil de engolir, os 3 a 2 sofridos para o Americano, um dos piores times do campeonato, em São Januário, foram a gota d'água. Mais uma vez o Vasco jogou mal, foi envolvido e só ameaçou o gol adversário em jogadas esporádicas. Como desgraça pouca é bobagem, permanece em terceiro lugar no Grupo B da Taça Rio e tem sua classificação para as semifinais seriamente ameaçada, o que seria um desastre de proporções homéricas. O próximo jogo é contra o Fluminense, que vem em boa fase, e novo revés pode desencadear uma crise difícil de ser estancada na Colina.

Para o lugar de Mancini, os nomes de Tite e Celso Roth são os mais cotados. São bons treinadores, mas longe de serem milagreiros. Que a diretoria vascaína não se iluda. A troca no comando era necessária, pois o time não vinha rendendo. O problema, porém, é muito maior e envolve reforços para o elenco, que é bastante limitado. A Série B já passou, esse ano é Série A e o buraco é bem mais embaixo. Acorda, Vasco!

Quanto mais falam...

Não vou entrar numa discussão jornalística sobre o que deve ou não ser publicado sobre vida pessoal de atletas. Acho que muito coisa que saiu deveria ter saído, mas também vi muita palhaçada, com o perdão do termo, estampar capas e páginas de jornais e sites. Mas não deixa de ser curioso como Adriano, Vágner Love e o Flamengo não deixam instalar uma suposta crise que tentam implantar na Gávea.

A cada jogo os dois atacantes mostram que os "problemas" extracampo dizem respeito somente a eles e não influenciam seus desempenhos futebolísticos. A resposta vem em gols. Love tem 11 e Adriano tem 10 no Carioca, os dois artilheiros da competição. No ano são 24 gols da dupla dos 44 que o Rubro-Negro marcou. Parece que os dois ficam cada vez mais motivados com tantas coisas que saem na imprensa. Portanto, continuem criando factóides, que a torcida do Flamengo agradece.

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