domingo, 21 de março de 2010

O clássico do 2 a 2

É impressionante como Flamengo e Botafogo, quando se enfrentam ultimamente, fazem bons jogos. O deste domingo foi mais um deles. Apesar do público baixíssimo (menos de 10 mil presentes), as duas equipes jogaram bem, buscando o ataque e o 2 a 2 foi justo. E emocionante. Adriano empatou a partida aos 48 da segunda etapa, no último lance da partida.

Diferentemente da semifinal da Taça Guanabara, quando, mesmo vencendo, foi dominado pelo Flamengo, o Botafogo jogou de igual pra igual desde o início. Talvez pela ausência de Loco Abreu, que fez com que o time de Joel tivesse que mudar sua característica, passando a jogar mais com a bola no chão. O ataque Caio e Herrera foi bem, os dois muito rápidos e insistentes, deram trabalho à zaga rubro-negra, que por sua vez não teve bom desempenho, como vem acontecendo em 2010. O segundo gol botafoguense saiu em uma falha primária, com o argentino escorando cruzamento, livre, entre Álvaro e Fabrício. Andrade precisa corrigir isto antes que as competições cheguem às suas fases decisivas. A insegurança é constante.

Ainda sobre o Botafogo, é de se destacar a boa partida de Lucio Flavio, como há tempos eu não via. Acertou passes, criou jogadas e, inclusive, mandou uma bola na trave. O ataque rubro-negro também teve desempenho razoável. Vágner Love se movimentou bem, fazendo bem o pivô. Adriano não foi tão ativo durante o jogo, mas na hora que precisou ele foi mais uma vez decisivo, marcando duas vezes, uma delas aos 48 da segunda etapa. Mesmo com todas as polêmicas e os supostos problemas com o peso, são 9 jogos e 9 gols este ano, uma média excelente. Ainda sinto falta, no entanto, de uma maior interação no chamado Império do Amor. Faltam tabelas entre os dois. A maior dificuldade é que ambos têm como característica justamente atuar como pivô, perto do gol. E às vezes a falta de alguém caindo pelas pontas acaba prejudicando. Talvez por isso tanto Love quanto Adriano, especialmente o primeiro, tenham atuado melhor individualmente quando o outro não estava em campo.

No mais, fica como destaque a reclamação infundada de Joel Santana com a arbitragem. O gol de empate foi totalmente legítimo. Houve falta de Danny Morais em Everton Silva e o cronômetro ainda marcava 47 minutos, dentro, portanto, dos 3 minutos de acréscimo prometidos por Wágner do Nascimento.

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