Uma tribo de pelo menos 100 mil pessoas – metade disso presente ao Estádio Beira-Rio -, foi dormir nesta quarta-feira, 18, com a alma lavada. Milhares de torcedores viram o Internacional bater o Chivas mexicano por 3 x 2 num jogo de Libertadores da América que teve tudo o que um espetáculo desse tamanho proporciona. O Inter terminou a caminhada da Libertadores bicampeão do torneio e agora vai disputar, no Mundial de Clubes, o maior sonho que um clube pode ter, o de campeão do mundo. Título que o time já tem, conquistado em 2006, quando derrotou o temido Barcelona.
No Beira-Rio, o treinador Celso Roth colocou em campo um time ofensivo, mas a equipe ficou presa atrás – pelo nervosismo da equipe, pela atuação mais organizada do adversário. E tomou o gol antes de ir para o vestiário ao fim do primeiro tempo. O intervalo foi no silêncio da dúvida, repetindo Guadalajara.
Com a massa cantando seus hinos, eles empataram o jogo, com gol do predestinado Rafael Sóbis. E passaram à frente com Leandro Damião. O sensacional Giuliano, pouco mais do que um garoto, fez o terceiro gol. Numa jogada genial, o menino do Inter encarou a zaga, passou pelos mexicanos na raça e, com um toquinho esperto, de quem conhece o jogo de bola, venceu o goleiro. No campo lotado, com a massa em delírio, a cor do sangue, feliz, se espalhou pela América.
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