domingo, 17 de janeiro de 2010

O entrosamento faz a diferença

Confesso que não me surpreendi com o Fluminense. Na análise que fiz do Tricolor esta semana, comentei que apostava na equipe de Cuca neste início de Carioca porque a base vitoriosa do final do ano passado foi mantida e reforçada justamente nas posições mais carentes. Além disso, o treinador não teve problemas com desfalques e pôde escalar sua força máxima. Não deu outra. O Flu não deu chances ao Americano e estreou no Estadual com uma bela vitória por 3 a 0, fora de casa. Está certo de que o adversário é dos mais fracos e tem um treinador que assumiu o time há apenas uma semana, mas o que fica é o domínio tricolor em campo. Dois dos estreantes, além de jogarem bem, também deixaram suas marcas: Éwerton e Júlio César. Maicon fez o outro gol. Mas o grande nome em campo foi Conca. É impressionante a qualidade do argentino. No Troca de Passes, do Sportv, o comentarista Renato Maurício Prado colocou uma questão interessante: será que Maradona tem algum meia hoje jogando tanta bola quanto ele? Será que Conca não merece ao menos uma oportunidade na seleção hermana?

Cuca, como esperado, optou por uma escalação mais cautelosa, no 3-5-2, com Leandro Euzébio na zaga e Willians no banco de reservas. Agradou-me também a opção por escalar apenas Diguinho como volante, deixando o time mais "leve". E o camisa 8 jogou muita bola, tanto na defesa quando no ataque, armando a jogada do terceiro gol. Não à toa saiu ovacionado pela torcida. Agora, o Fluminense recebe o Bangu, quarta-feira, no Maracanã e deve sair com mais uma vitória, pois o Alvirrubro é um dos mais fracos do campeonato.

Flamengo 3 x 2 Duque de Caxias

O Flamengo entrou em campo com apenas 3 titulares da equipe campeã brasileira em 2009: Bruno, Álvaro e Willians. O meio-campo, porém, só atuou por poucos minutos e deixou o gramado com uma torção no tornozelo. Na segunda etapa, o zagueiro foi expulso aos 15 minutos e o Rubro-Negro teve que se aguentar e achar forças para vencer um jogo com um gol no final, com um homem a menos e com um time completamente desfigurado. Diante das circunstâncias, o 3 a 2 tem que comemorado pela torcida, porque o risco de um resultado negativo foi grande.

Andrade tentou manter uma estrutura parecida com a do Brasileirão do ano passado. Deixou Obina isolado no ataque, com Kléberson aberto na esquerda, Fierro na direita e Erick Flores fazendo a função de Petkovic. Mas a opção não deu certo. O atacante pouco participou da primeira etapa, Kléberson e Fierro erraram alguns passes e Erick ficou sumido. Assim, o Duque de Caxias não teve muito trabalho para fazer 1 a 0, gol de Maurinho. No intervalo, o técnico rubro-negro percebeu que faltava mais gente na frente e alterou a equipe. Bruno Mezenga foi formar dupla de ataque com Obina, Vinícius Pacheco entrou na vaga de Erick Flores e Fierro foi recuado para a lateral-direita. Kléberson também passou a atuar numa posição mais parecida com a sua original e rapidamente notou-se a diferença. Em 3 minutos o Flamengo empatou e virou a partida, com gols justamente do pentacampeão e do chileno.

A expulsão de Álvaro, no entanto, deu ares dramáticos ao confronto, com a equipe da Baixada Fluminense partindo em busca do empate. Aí entrou em cena o estreante Fernando. O volante teve papel fundamental neste momento, pois recuou para a zaga e conseguiu dar conta do recado. O Duque de Caxias chegou ao segundo gol, mas o irmão de Carlos Alberto subiu mais que todo mundo em uma cobrança de escanteio e fez belo gol de cabeça, dando a vitória ao atual Tricampeão. Vale destacar também as atuações de Bruno Mezenga, Fierro e Kléberson.

É claro que o Fla ainda tem muito o que melhorar, mas a medida que os titulares forem jogando, esse aumento na qualidade será natural. E quarta-feira, diante do Volta Redonda, a dupla Adriano/Vágner Love pode estrear e aí a história tem tudo para ser diferente.

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