sexta-feira, 24 de abril de 2009

FINALMENTE UM TIRO CERTEIRO

Desde a saída de Michael Jordan, após o título da temporada 1997-1998, o Chicago Bulls vive um período figurante na NBA. De time a ser batido, com o melhor jogador de todos os tempos e coadjuvantes do calibre de Scott Pipen, Toni Kukoc, Ron Haper e o folclórico Dennis Rodman, a franquia passou a ser um sparing dos adversários. Além disso, fez escolhas infelizes nos drafts dos anos seguintes, mesmo possuindo posições que dão condições de selecionar bons jogadores vindos das universidades.

Os dirigentes do Bulls começaram a reagir em 2003, quando selecionaram o armador Kirk Hinrich, e a partir de então começaram a acertar a mão, ou o martelo, em suas escolhas nos drafts seguintes, casos de Ben Gordon, Thyrus Thomas, Luol Deng. Isso fez com que o Bulls não chegasse a assustar como na década de 90, mas devolveu ao torcedor da cidade do estado de Illinois, um time que ao menos lutasse em quadra e chegasse aos playoffs.

A sorte parece que voltou a sorrir para Chicago antes da atual temporada. Depois de decepcionar no último campeonato, o Bulls que tinha remotas chances de obter a primeira escolha, acabou sendo "premiado" no sorteio, e teve o privilégio de escolher a futura estrela do basquete americano. Seu nome: Derick Rose (foto).

O jogador, vindo da Universidade de Memphis, terra do Rei Elvis Presley, chegou com moral e mostrando que a escolha desta vez foi mais do que certeira. Colocou os jogadores com mais tempo de casa em sua posição no banco e, apesar de não ter chegado com tanta expectativa como foi no caso de Lebron James no Cleveland, vem mostrando que evoluindo, tem tudo para ser um grande ídolo do Bulls.

Em sua primeira temporada, tem credenciais que fundamentam minha aposta: foi eleito calouro do ano, tem 17 pontos de média e o que toda estrela precisa: personalidade e liderança. Para aquele que gosta de numerologia ou tem seu lado Botafogo de ser (não o chorão, mas sim o da superstição) ele veste a camisa número 1, algo pouco comum no esporte que privilegia e tem nos seus maiores ídolos, números altos como 23, 32, 34. Mas, sinceramente, ele vestindo qualquer camisa, com qualquer numeração, já tem seu destino fadado ao estrelato.

PLAYOFFS:

Depois de muita ansiedade e paciência (porque convenhamos que seja legal ver os jogos da NBA, mas esperar 82 rodadas pra chegar ao mata-mata é um pouco demais) os playoffs começaram e do jeito que eu gosto: surpresas e surpresas. Vamos às analises e favoritos:

LADO LESTE

Cleveland x Detroit

Até agora tudo normal. Os Cavs de Lebron James (alguém duvida que o MVP vá ser dele esse ano?) tem vantagem tranqüila de 2 a 0. Os bad boys já não assustam tanto, mas todo cuidado é pouco. Cleveland passa por 4 a 1

Boston x Chicago

O Bulls vem sendo um adversário duro na queda, inclusive vencendo o primeiro jogo e perdendo o segundo na última bola. Na terceira partida, mesmo jogando no United Center, o Boston teve uma vitória mais folgada e recuperou a vantagem no confronto. A ausência de Kevin Garnett, que pode nem jogar mais este ano, dá sinais que um bi está muito longe do papa títulos da liga. Boston passa por 4 a 3.

Orlando x Philadelphia

Os Sixers também surpreenderam neste início. Venceram o primeiro e venderam caro a vitória do Magic no segundo jogo. Têm a vantagem, mas acredito que Dwight Howard, o melhor defensor da Liga, e seus companheiros vão passar dessa fase. Orlando passa com 4 a 2.

Atlanta x Miami

Duelo equilibrado, tanto que há um empate. Não vou me alongar muito aqui pois nem uma equipe, nem outra, vai chegar ao título. Na verdade só vale falar de Dwayne Wade. Miami passa por 4 a 2.

LADO OESTE

Lakers x Utah

Kobe Bryant e Pau Gasol vêm fazendo mais uma vez aquela dobradinha clássica. Estão enfrentando um Utah Jazz que tem seu valor, mas quando tem Phill Jackson no banco contra a equipe de Salt Lake City, já sabemos quem leva e o placar: Lakers 4 a 2

Denver x New Orleans

O confronto que tinha tudo para ser o mais equilibrado, vem sendo um dos mais tranqüilos. Denver abriu boa vantagem e os Hornets são todo pressão. Pela primeira vez depois de muitos anos, e de não enfrentar o San Antonio Spurs logo de cara, o Nuggets vai avançar. 4 a 1 e dá-lhe Nenê.

San Antonio x Dallas

O Mavericks, o maior cavalo paraguaio da NBA (se é que pode ser considerado assim, já que quem é Dallas Mavericks) dá indício que veio para calar a boca de alguns. Não que vá chegar ao título, mas pode tirar a equipe que nos últimos 10 anos, levou o título em 4 oportunidades. Sem o argentino Manu Ginóbli e com um time bem velho, sei não, acho que aqui vai dar zebra. Mavericks 4 a 3

Portland x Houston

Equilíbrio total. O confronto mais estrangeiro, já que os Blazers e os Rockets têm alguns atletas não americanos. Aqui é até difícil apostar em alguém, Vou jogar a moeda aqui. Ela apontou Houston. O placar 4 a 2.
Por Bernardo Cruz

4 comentários:

Felipe Ribbe disse...

Será que o LeBron é tão barbada assim para o MVP? Olha que tem o Kobe jogando muito e também tem muita gente querendo que o Wade leve o prêmio.

Victor Valente disse...

Por falar em Kobe, ta pintando contrato histórico na mesa do cara. Lakers quer o cara por mais três anos.

lucas disse...

Pra mim, Kobe tbm será o MVP...

quanto a Denver x Hornets: é um pouco arriscado achar q o time de New Orleans será facilmente eliminado pelo Denver... um time q tem Chris Paul e David West não deve ser subestimado... olhe q a virada pode acontecer, hein... não duvido nada

Júnior Maurell disse...

Concordo com o Bernardo Cruz . Lebron ta jogando muito e foi muito mais decisivo que o Kobe...A campanha do Cleveland é muito boa e isso conta muito tb!!!!