quinta-feira, 23 de abril de 2009

Parreira, dê uma chance para a base do Flu

Desde que a Unimed passou a investir pesado no Fluminense, o Tricolor contou com inúmeros jogadores de muita grife e que pouco fizeram em campo. Nomes como Romário, Edmundo, Petkovic e Felipe não podem ter suas qualidades questionadas, mas também é inquestionável que todos esses renderam bem abaixo do esperado no Flu. Outros nomes, de procedências bem mais duvidosas, chegaram com muita banca e nada.


Pois bem, o Fluminense dos últimos anos se notabilizou por contratar no atacado, pensando primeiro na quantidade, depois na qualidade. Este ano, por exemplo, como já escrevi em um post anterior, foram 14 "reforços" contratados, a maioria deles longe de serem unanimidade. Só Thiago Neves e Fred se encaixam no perfil de jogadores acima da média.


Em contraponto, o Flu sempre se orgulhou de ter uma das melhores categorias de base do Brasil. Os garotos de Xerém cansaram de ganhar títulos nacionais e internacionais. Então vai a grande interrogação: por que o Fluminense não bota essa mulecada pra jogar, ao invés de trazer atletas de outros lugares que, além de não serem sumidades em campo, não têm identificação com o clube?


Vejam o caso do garoto Maicon, destaque absoluto da vitória sobre o Águia de Marabá, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Desde o ano passado, quando entrou na fogueira, com o Fluminense ameaçado de rebaixamento no Brasileiro, que o atacante mostra que tem futebol. É sempre uma ótima opção pelo lado direito, muito veloz, muito forte e tem boa capacidade de finalização. Posso estar enganado, mas puxando pela memória, não lembro de ter visto uma partida em que Maicon tenha jogado mal. O garoto não merecia uma chance no ataque, ao lado de Fred? Ou Éverton Santos é tão melhor do que ele?


O mesmo digo para outras posições. Não há laterais-direito melhores do que Ratinho e Mariano na base? Não há volantes mais capacitados do que Jaílton, Fabinho e Wellington Monteiro? Dando uma relembrada rápida no time da Copa São Paulo de Juniores deste ano, cito o volante Neves, capitão da equipe, que com certeza não fica devendo em nada (a não ser em experiência) para os três citados acima.


Já escrevi anteriormente que, se fosse o Parreira, escalaria Thiago Neves no ataque, ao lado de Fred. Mas como o treinador acha que Thiago é meia, então dê uma chance ao Maicon no lugar do Everton Santos. Dê uma chance para a base tricolor.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não há um tricolor que nunca se tenha feito esta pergunta. É a eterna contradição da vida, do futebol, do Fluminense. Um clube asfixiado financeiramente que, não raro, enfrenta processos milhonários na justiça trabalhista, de jogadores, geralmente, medíocres, que tiveram suas breves passagens marcadas pela falta de futebol e de salários também. Mas quando Xerém deveria ser a solução imediata para compor e reforçar o elenco, surge a figura de empresários os quais o Fluminense ainda não conseguiu se livrar, talvez por uma necessidade excusa de mantê-los, que dificulta todo o processo de profissionalização de jogadores promessas. Montados nas imperfeições da Lei Pelé, empresários transitam livremente nos clubes, enquanto dirigentes ficam a mercê de seus estratagemas não a espera de uma negociação lucrativa, mas a que seja menos pior para o clube.

Júnior Maurell disse...

Boa Vasconça..... está virando especialista em Fluminense..... Tem tanta coisa excusa no reino das Laranjeiras.. Que tem assunto para todos nós participantes do PASSANDO A BOLA!!!