quarta-feira, 22 de abril de 2009

Novo Palestra Itália deve ampliar receitas no Verdão




Está marcado para a próxima sexta-feira, dia 18 de julho, o início das obras que vão transformar o Palestra Itália em uma arena multiuso de última geração. Com investimento de até R$ 300 milhões por parte da W. Torre, o empreendimento deve ajudar o Palmeiras a se reerguer. De acordo com o diretor de planejamento do Verdão, Luiz Gonzaga Belluzzo, somando a despesa anual – que passará a ser paga pela empresa – e a participação do clube, serão cerca de R$ 20 milhões a mais por ano nos cofres.


EsporteBizz: Quanto o clube fatura com o estádio hoje e quanto poderá arrecadar no futuro, com o novo estádio?


Luiz Gonzaga Belluzzo: Na verdade, temos uma despesa de quase R$ 9 milhões por ano que vai desaparecer, já que a W. Torre vai arcar com ela. E teremos uma participação na renda nos próximos 30 anos. De início, deveremos arrecadar cerca de R$ 12 milhões. Com isso, poderemos lucrar aproximadamente R$ 20 milhões, um aumento importante na arrecadação de um clube do porte do Palmeiras.



EBizz: Ainda existe possibilidade de o Palestra Itália ser aprovado como uma das sedes da Copa de 2014?


LGB: Nós temos certeza de que, pela qualidade do estádio, o Palmeiras poderá sediar alguns jogos do Mundial que serão realizados em São Paulo. O estádio atenderá a todas as especificações da Fifa, como a inclinação dos assentos e a distância das cadeiras. Nós não temos a pretensão de reconstruir o estádio em função dos jogos da Copa, mas como estamos desenvolvendo um projeto estritamente privado, sem nenhum dinheiro público, achamos que a CBF vai se interessar em discutir essa possibilidade.


EBizz: Haverá outros negócios associados à Arena, como hotéis, academias e museu do futebol?



LGB: Temos uma série de serviços associados, como a realização de workshops, congressos, além da abertura de lojas, restaurantes, bares, entre outros empreendimentos comerciais. Há uma outra discussão, mas ainda não avançamos nela, que é sobre a construção de hotéis ao lado do Palestra Itália. Saindo um pouco disso, uma grande vantagem da arena do Palmeiras é que ela terá uma cobertura móvel. Para o futuro, até por conta dessa condição, estamos pensando em ter um gramado especial.



EBizz: As contas do clube tiveram uma melhora de 35% em relação a 2006, o que diminuiu o déficit do Palmeiras, mesmo com a declaração de dívidas com o FGTS. A situação tende a melhorar neste ano?



LGB: Na verdade, nós ainda temos problemas de caixa. Temos compromissos a pagar todos os meses, mas o grau de endividamento é baixo. Podemos citar o programa de sócios remidos, por exemplo, que nos rendeu R$ 2 milhões e a cesta de atletas, que nos deu outros R$ 2,3 milhões. Já o acordo com a Traffic nos poupa investimentos em atletas e estamos tentando reorganizar o projeto sócio-torcedor Onda Verde. Estamos caminhando.

Por Érika Romão (erikar@lancenet.com.br)

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