sexta-feira, 30 de outubro de 2009

FIESTA COMPLETA

Foi uma noite histórica para o Independiente. Depois de dois anos e 10 meses o Rojo voltou a mandar uma partida em seu estádio. O Estádio Libertadores da América (foto), o mais moderno da Argentina, brotou sobre o mesmo terreno onde estava o antigo Doble Visera.

Mesmo ocupando uma colocação intermediária na tabela, a torcida fez a sua parte, encheu o estádio e empurrou a equipe para a vitória de 3 a 2 sobre o Colón. Trinta e cinco mil gargantas, a capacidade máxima, transformaram a noite de Avellaneda num verdadeiro caldeirão. Silvera, aos 12 minutos do primeiro tempo, entrou para a História marcando o primeiro gol da nova cancha.

Quem sabe esse não era o impulso que o Diablo precisava para voltar a trilhar o caminho de glórias, que o fez o maior campeão da Libertadores? Aliás, é por isso que o nome do estádio faz menção à competição sul-americana. Rojo sea bienvenido outra vez a su casa!

La mentira alemana

Enquanto isso, a um quarteirão dali, a festa dava lugar à apreensão. Informações desencontradas, revolta, discussões. O motivo? Lothar Mathaus não viria mais para o Racing. O alemão, que havia acertado tudo com os diretores da Academia através de telefonemas, mudou de ideia. E anunciou da mesma maneira que havia acertado tudo, por telefone, que não viajaria para a Argentina. Sua mulher teria sido o obstáculo? Lothar havia dito que não aceitaria a proposta de sua esposa se recusasse a viver no país. O mais estranho de tudo isso é que o anúncio da recusa foi feito três horas antes do embarque para Buenos Aires. Já havia até comitê de boas-vindas preparado.
Sinceramente, acho que no fim das contas foi melhor para o Racing. Não confio no trabalho de Lothar Mathaus e não acho que seu estilo se encaixaria no futebol argentino. Lembro que ele já tem em seu currículo uma fugaz passagem pelo Atlético Paranaense, sem resultados expressivos.
O Racing, que conseguiu a permanência num milagre feito nas últimas rodadas pelo técnico Caruso Lombardi, não se encontrou neste Apertura. Lombardi foi demitido e o time agora tem que buscar outro milagre, com quem quer que seja o treinador, para melhorar a sua média de pontos. Algo comum ao clube nos últimos anos.

Super sin super

Domingo passado tivemos Super-clássico. Foi um super sem graça, é bem da verdade. No fim das contas o empate em 1 a 1 foi justo. Ok, o River começou melhor, saiu na frente com Gallardo e poderia ter matado o jogo no primeiro tempo. Mas o Boca Juniors soube retomar a partida no segundo tempo, mesmo sem o brilhantismo de seu rival na etapa anterior. O empate veio através de Palermo. Notem que os marcadores desse jogo foram dois veteranos. Além disso o gol de Martin veio de um passe fantástico de Riquelme. De positivo nisso tudo o fato dos dois se abraçarem e comemorarem de maneira intensa o gol. Sinal de que a paz está realmente selada.
Por Raphael Martins

Nenhum comentário: