segunda-feira, 25 de maio de 2009

Presente do futebol argentino é triste, mas o passado........

Amigos do Passando a Bola. Voltei para abrir os olhos de vocês sobre esse futebolzinho medíocre que se pratica hoje em dia. Que coisa horrível essa fase dos clubes argentinos. Os gigantes, Boca e River, estão com times horrorosos. O River foi desclassificado na primeira fase da Libertadores e o Boca caiu nas oitavas para o Defensor, do Uruguai, em plena Bombonera. E não para por ai. No Campeonato Argentino as duas equipes não têm a menor chance de título. Para terminar e comprovar que a fase do futebol argentino é péssima, depois de 11 anos os cinco gigantes do país (Boca Jr, River Plate, Racing, Independiente e San Lorenzo) estão fora da disputa pelo Clausura. Bengala neles!!!!!


Ah! Que saudade dos anos 40 e 50, quando o futebol argentino vivia uma fase sensacional. O River tinha uma equipe fantástica, chamada de “La Máquina”, que era liderada pelo craque Di Stefano. Nos anos 80, o Boca Juniors foi campeão, comandado pelo gênio Diego Maradona. Vamos relembrar essas duas equipes históricas.


No final dos anos 40, o futebol argentino atravessou uma grave crise, assim como nos dias de hoje. Sentindo-se como verdadeira mercadoria nas mãos dos clubes, os jogadores decidiram sindicalizar-se para exigir mais respeito e direitos contratuais. O grande líder do movimento foi o craque Pedernera. Durante 5 meses fizeram greve e não houve futebol na Argentina. Vivia-se um período conturbado e muitos jogadores, os melhores, decidiram emigrar.


Foi a hora de Di Stefano começar a se impor na primeira equipe do River, com apenas 16 anos. Muitos viam nele capacidades para continuar a saga da Máquina. A sua carreira começara aos 12 anos, nas equipes jovens do modesto Los Cardenales, mas aos 15 foi descoberto pelo River Plate. Um ano depois já estava na sua famosa equipe dos anos 40, “La Maquina”, jogando como médio direito, e não como avançado, como ficou célebre. Ao lado dos míticos Labruna e Pedernera, foi campeão em 47, ameaçando construir a nova máquina, onde começou a ser conhecido como La Sieta Rúbia! Entre 45 e 49, La Sieta fez 49 gols pelo River e conquistou dois Campeonatos Argentinos, em 45 e 47.


Saindo do Bairro de Nuñes, região nobre de Buenos Aires, chegamos ao Birro do Caminito, na comunidade de “La Boca”, residência do gigante Boca Juniors. Vamos lembrar da passagem do Diez vestindo a mítica camisa azul e ouro.

Apesar de ter começado no Argentinos Juniors, foi na Bombonera que o mais famoso jogador argentino de todos os tempos assombrou pela primeira vez o mundo com a sua magia. Maradona ingressou no Boca no início de 81. Ele tinha apenas 20 anos. Com o Pibe, o Boca venceu o campeonato de 1981, com 17 gols de Maradona em 28 jogos. Foram tempos inesquecíveis.
A imagem que vem à cabeça de todos os torcedores quando se fala do Boca de 81 é a noite do dia 10 de abril. Foi em La Bombonera e contra o River, que contava com Passarella, Fillol, Tarantini, Kempes, Gallego e Alonso, base da seleção argentina, campeã mundial de 78. O Boca venceu o maior clássico do futebol argentino por 3 a 0, com dois gols de Brindisi e um de Maradona, no qual o camisa 10 passou por toda a defesa do River e pelo goleiro Fillol até fazer o gol. O detalhe é que até o fotógrafo atrás do gol caiu com a ginga do Pibe. Isso sim era futebol de verdade! Mas por hoje é só. Na próxima semana tem mais. Até lá!

3 comentários:

Raphael Martins disse...

Eu ainda coloco neste mesmo nível a Academia, dos anos 60. O Racing de 67 era um "equipazo"!!!!

Seu Almeida disse...

Mais uma bola dentro meu velho. Lembro com saudade da escola argentina. Lembro da final da antiga Liga dos Campeões entre o meu Benfica e o poderoso Real Madrid(do Di Stefano). O encarnado meteu 5 a 3 nos espanhois e foi Bi-Campeão da Europa. Mas o Di Stefano era o um deus no velho continente. Sem dúvida foi muito melhor que Maradona.

Seu Almeida disse...

Esqueci a data Seu Jackson......... temporada 61-62.