terça-feira, 30 de junho de 2009

SE VIVE LA FINAL

Este fim de semana foi sem futebol na Argentina. A data foi destinada às eleições legislativas em todo o país. Logo, o que restou foi falar da final espetacular que teremos no próximo fim de semana. Vélez e Huracán decidirão o título no Estádio José Amalfitani, no bairro de Liniers. A vantagem é do visitante, que precisa de um empate para ser campeão. Isso acontecendo, o Huracán quebra um jejum que vem desde 1973.

O jogo já começou a ser disputado fora de campo. Quem não é hincha do Globo ou do Fortín escolhe o seu lado para torcer. É claro que neste caso, o clube do Parque Patrício está em vantagem. Numa enquete realizada pelo Diário Olé, 81% dos participantes disseram que gostariam de ver o Huracán como campeão deste Torneio Clausura, contra 19% do Vélez Sarsfield.

As línguas mais ácidas dizem que na verdade, apenas 1% dos votos é de torcedores genuínos do Huracán. Os outros 80% são de simpatizantes e de gente que sempre fica ao lado do mais fraco quando este decide com outro maior. Dizem os mesmos “observadores”, que no lado do Vélez todavia, apenas 10% dos votos são de gente fortinera, os outros 9% são de torcedores do San Lorenzo, que possuem uma forte rivalidade histórica com o Huracán. Discussões que só fazem do futebol um esporte fantástico.




Outro assunto que está mexendo com a decisão é a gripe suína. Sim, amigos, nem mesmo o futebol escapou. Isso porque as autoridades de saúde ameaçaram cancelar a rodada do fim de semana por conta do surto da doença. Por se tratar de um espetáculo onde se reúnem aglomerações, o futebol acaba sendo vítima desse maldito vírus.

No entanto, o chefe de gabinete do governo argentino, Sergio Massa, garantiu que a rodada está mantida, uma vez que segundo ele a situação na Capital Federal ainda não é crítica. Mas, o mesmo declarou que desaconselha a ida de pessoas a eventos de grande público. Ah, os políticos... caras de pau em todos os lugares do mundo!


Miércoles del Coco

Alfio Basile finalmente aceitou assumir o comando do Boca Juniors. Depois de se reunir com o presidente Jorge Ameal, Coco anunciou que vai se apresentar nesta quarta-feira na Casa Amarilla. Junto com ele pode chegar um pacotão de reforços.

Alguns são velhos conhecidos da torcida Xeneize e todos defensores: Daniel Díaz, atualmente no Getafe; Insúa, atualmente no América do México; e Fabián Monzón, lateral-esquerdo, revelação que foi vendido na temporada passada ao Hamburgo e foi pouco aproveitado no futebol alemão.

Outro nome especulado com força em La Boca é o de Bolatti, meio-campista habilidoso do Huracán. No entanto, os reforços só virão após a venda de jogadores. Sem dinheiro em caixa, reflexo da eliminação precoce na Libertadores deste ano, o Boca Juniors se vê na eminência de perder jogadores.

Alguns já foram, casos de Figueroa, que não teve seu contrato de empréstimo renovado e voltou para o Genoa; o volante colombiano Fabián Vargas foi vendido ao Almería por um milhão de euros; já o meia Leandro Gracián foi para o Aris Salônica, da Grécia, por 250 mil euros.


Brujería

Esta notícia foi pior que a gripe suína para a torcida pincharata. Verón sentiu um estiramento grau dois na panturrilha esquerda e não vai jogar a segunda partida da semifinal da Libertadores, contra o Nacional, em Montevidéu. O Estudiantes venceu o primeiro jogo por 1 a 0.
A nota encheu de moral os uruguaios e de preocupação os argentinos. Afinal, La Brujita é quem comanda o time em campo. O próprio jogador pediu para ser escalado no sacrifício, mas o técnico Alejandro Sabella descartou tal atitude lembrando que se jogasse frente o Nacional, Verón poderia ter sua participação na final comprometida, caso a equipe se classifique.


Por Raphael Martins

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