segunda-feira, 8 de junho de 2009

A diferença que o craque faz

Fui trabalhar neste domingo empolgado com o jogo que iria fazer. Fluminense e Botafogo, além de ser um clássico tradicional, jogado num belíssimo estádio (o que para mim é mais um atrativo), tinha tudo para ser um jogo aberto, tenso, disputado até os últimos minutos, já que as duas equipes precisavam da vitória para afastar a crise que as rondava. Ledo engano. Que jogo ruim no Maracanã! Os dois times erraram muitos passes, quase não criaram jogadas e irritaram bastante os (poucos) torcedores presentes. Não fosse o golaço de Fred no final da partida e o jogo terminaria num 0 a 0 sem graça, mas justo. De boa notícia para o Flu, além da vitória, é claro, foi a volta de Leandro Amaral, que nos 20 minutos em que ficou em campo foi bem, sendo, inclusive, o autor da assistência para Fred.

O primeiro tempo foi horroroso. Tirando um chute de Lucio Flavio, que tirou tinta da trave de Ricardo Berna logo no início, e uma boa jogada de Thiago Neves, que Renan conseguiu fechar o ângulo, o resto foi de dar dó. No Fluminense apenas Fred e Conca conseguiam dar sequência às jogadas. Thiago Neves estava muito apagado e chegou a ser até vaiado pelos tricolores. Já o Botafogo... Confesso que tenho uma certa pena do Ney Franco. Já tinha escrito isto aqui, mas é impossível não voltar ao tema. Ele é um bom treinador, porém não faz milagres. O time alvinegro é muito fraco, não tem criação alguma. O único que se destacou ontem foi Eduardo. Para vocês verem o drama: um zagueiro, que no decorrer da partida foi jogar no meio-campo.

Mesmo com suas limitações, o Botafogo foi um pouco melhor (ou menos pior) nos 90 minutos. Mas, como num jogo como este apenas um lampejo de um craque poderia tirar o zero do placar, o Alvinegro foi castigado no fim. Leandro Amaral lançou Fred, que deu um chapéu em Renan e tocou de cabeça para o gol.


Com o resultado o Fluminense subiu para a sétima posição. No entanto, não pode se iludir. O time precisa melhorar e muito. A situação do Botafogo é preocupante, mesmo no início do campeonato. O time ainda não venceu, está em 18º e, se Ney Franco não receber reforços, corre sérios riscos de rebaixamento.

Rapidinhas da rodada:


- Bolívar merece pegar um belo gancho para aprender que não se faz o que ele fez com um colega de profissão. O mesmo se aplica a Nílton, do Vasco, no jogo contra o São Caetano na Série B. Se Juan pegou 30 dias e depois 10 jogos por ameaçar Maicosuel...
- Aliás, que jogo violento no Mineirão! Logo numa partida que envolveu dois candidatos ao título. Sobraram pontapés e faltaram boas jogadas;
- Os clubes paranaenses seguem muito mal. Geninho não aguentou e pediu demissão. O Atlético precisa abrir o olho o mais rápido possível, pois o time é muito fraco. O mesmo serve para o Coritiba. Este, pelo menos, tem Marcelinho Paraíba, que pode desequilibrar;
- Celso Roth, mais uma vez, mostra que sua fama não é justa. Está invicto no comando do Atlético-MG. São 6 jogos, com 4 vitórias e 2 empates. No Brasileiro, o Galo é o vice-líder, com 11 pontos, dois a menos do que o Inter. Lembra o Grêmio do ano passado. Será que tem o mesmo fôlego?
- O que houve com o Flamengo? Quatro gols em menos de 10 minutos... Não é normal. Aliás, uma partida em que Ronaldo Angelim falha três vezes nunca será normal.

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