quinta-feira, 21 de maio de 2009

Timão se impõe no Maraca e elimina o Flu

A torcida fez o seu papel. Quase 65 mil tricolores compareceram ao Maracanã para empurrar o Fluminense, fazendo uma grande festa no estádio. A atitude dos torcedores foi quase que uma resposta às provocações dos corintianos Alessandro e Cristian, que, ao falarem que a torcida não faria pressão, deram à partida contornos de decisão.

Entretanto, dentro de campo o que se viu foi um Fluminense sem padrão tático, desarrumado pelas invenções de Parreira em colocar um lateral-direito na esquerda e um meia como volante. O Corinthians deu uma aula de defesa e contra-ataque no primeiro tempo e com gols de Chicão, em cobrança de falta logo no início do jogo, e Jorge Henrique, em falha da zaga, praticamente enterrou as pretensões tricolores de um bicampeonato da Copa do Brasil.

Com Thiago Neves, Conca e Fred nulos no gramado, e com a equipe atordoada pelos gols corintianos, o Fluminense se via perdido: sem conseguir armar sequer uma boa jogada e errando muitos passes, as chances de fazer ao menos um gol eram mínimas. Quando ela apareceu, caiu nos pés do jogador errado. Edcarlos saiu cara a cara com Felipe, mas na dúvida entre tocar e chutar, não fez nem uma coisa, nem outra.

No segundo tempo, Parreira colocou Alan no lugar de Maicon (completamente fora de sintonia) e corrigiu as laterais, sacando Ratinho, substituído pelo jovem Dieguinho. O time melhorou com as mudanças e, mais na base da vontade e raça do que na técnica, o Flu diminuiu com o próprio Alan, aproveitando bobeira de Felipe. O gol deu confiança ao time que se lançou ao ataque e conseguiu o empate, que àquela altura era merecido, com Thiago Neves. O gol que incendiaria de vez a partida ficou na bela defesa do goleiro alvinegro em cabeçada de Fred.

Daí para frente valeu a experiência do Corinthians, que segurou o ímpeto tricolor e administrou o resultado até o fim do jogo, terminando inclusive sem atacantes. Ao Flu resta agora o Brasileirão e a Sul-Americana. Mas muita coisa terá que mudar no time de Parreira para que o Tricolor aspire algo em ambos os campeonatos.
Por Daniel Gonçalves

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