Azul da cor de Minas...

Temos um campeão em Minas. O campeonato não terminou oficialmente, mas a vitória - ou melhor, o massacre - do Cruzeiro diante do Atlético neste domingo não deixa dúvidas de que será o capitão celeste Fabrício que irá levantar a taça no próximo final de semana. Não é novidade para ninguém que o Cruzeiro tem uma equipe melhor do que o Atlético. São vários os jogadores de qualidade, principalmente do meio para frente. Ramires, Wagner, Thiago Ribeiro e Kleber sabem jogar e se entendem muito bem. Se estiverem em um bom dia (e este domingo foi um deles, infelizmente para o Galo), fica difícil de pará-los.

Talvez por isso Émerson Leão, na ausência do atacante Éder Luis, tenha optado por adiantar o meia Lopes para ser o companheiro de Diego Tardelli no ataque, colocando na equipe mais um volante para marcar os ataques cruzeirenses. Não foi uma boa escolha. Um meio-campo com quatro jogadores que mais destroem do que constroem (Renan, Carlos Alberto, Rafael Miranda e Márcio Araújo) pode até marcar bem – o que não foi o caso -, mas não conseguirá manter a posse de bola e não fará com que o ataque fique em boas condições de gol. Resultado: o Cruzeiro dominou o meio-campo e construiu o placar com tranqüilidade, sem dar chances para o Atlético.

Com a vitória, o jejum do Galo sobre o maior rival aumentou para 11 jogos. O último triunfo atleticano foi no primeiro jogo da decisão do Mineiro de 2007: 4 a 0. Aliás, este é um fato curioso dos últimos três estaduais de Minas. Os primeiros jogos foram sempre vencidos por goleadas. Ano passado o Cruzeiro também fez 5 a 0 no primeiro jogo. Placar este que é a maior goleada celeste diante do Atlético na história do confronto entre os dois clubes.