quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vai ou não vai?

Às vezes tenho a impressão de que o futebol brasileiro parece a TV Globo. É uma novela atrás da outra. A da vez é a ida (ou não) do atacante Emerson, do Flamengo, para o chamado Mundo Árabe. Há duas semanas, os veículos de imprensa publicaram que o Sheik recebera uma proposta milionária do Al-Ahli, dos Emirados Árabes - cerca de R$12 milhões por dois anos de contrato para o jogador- e que o Rubro-Negro, atolado em dívidas, aceitaria a pequena parte a que teria direito - algo em torno de U$1 milhão.

Emerson, claro, ficou balançado com a quantidade de dinheiro em jogo, com toda a razão. Afinal tem 31 anos, família e não tem mais muito tempo de carreira. Porém, os pedidos para ficar da torcida após a partida diante do Corinthians mexeram com o coração rubro-negro do atacante, que resolveu recusar e continuar na Gávea. Parecia que estava tudo resolvido.

Pois bem, parecia. Não é que os árabes aumentaram ainda mais o valor que iria para a mãos do jogador? Agora as cifras, segundo comentários de colegas da imprensa, chegaram a R$17 milhões, só para ele. É muita grana. E o dinheiro que o Flamengo receberia também seria maior. Novamente de acordo com alguns meios de comunicação, R$5 milhões. Aí o negócio foi dado com certo, fechado. Jornais e sites publicaram que não haveria mais jeito. Emerson estava decidido a sair e o clube carioca decidido a vendê-lo.

Eis que nesta terça, durante o treino no Ninho do Urubu, todos estavam lá esperando ouvir uma palavra do atacante, comunicando sua saída e também explicações e a oficialização do negócio da boca do vice de futebol, Marcos Braz. Na coletiva, porém, um susto. O dirigente simplesmente negou a venda, falou que os valores oferecidos eram muito abaixo do que o Flamengo queria e que para tirar Emerson seria preciso mais. Vocês precisavam ver a cara dos repórteres. Ninguém sabia o que falar, para quem ligar. O que era certo, do nada virou engano. E Marcos Braz ainda comentou que o valor era de cerca de U$2 milhões.

Ou seja, nesta história há muito disse-que-disse e ninguém mais sabe o que vai acontecer. Será que ele sai? Será que fica? Será que os árabes vão oferecer mais para o Flamengo? Será que o Sheik está satisfeito com a recusa do clube? São muitas questões e, no final da noite de terça, até o nome do clube árabe disposto a contratar o atacante mudou. Deixou de ser o Al-Ahli, agora é o Al-Ain.

Aguardem os próximos capítulos.

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